São João Evangelista ou Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus e além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (1, 2, e 3) e o livro do Apocalipse.
Há que se destacar aqui a existência de uma controvérsia sobre o verdadeiro autor do Apocalipse, mas uma tradição representada por São Justino e amplamente difundida no século II Ireneu de Lyon, Clemente de Alexandria, Tertuliano, o Cânone Muratori), identifica o autor como sendo o apostolo João, o autor do quarto evangelho.
Mas até o século V as igrejas da Síria, Capadócia e mesmo da palestina não pareciam ter incluído o apocalipse no cânon das escrituras, prova de que não o consideraram como obra do apostolo.
Apresenta inegável parentesco com os escritos joaninos, mas também se distingue claramente deles por sua linguagem, seu estilo e por seus pontos de vista teológicos (referentes, sobretudo à parúsia de Cristo), comentário de introdução ao apocalipse na Bíblia de Jerusalém.
João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de idade à altura do seu chamado por Jesus.
Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida.
Era pescador de profissão, consertava as redes de pesca.
Trabalhava junto com seu irmão Tiago Maior, e em provável sociedade com André e Pedro.
As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade extraordinária.
De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discípulo.
É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.
Índice
1 Relação com Jesus
2 A Missão
3 O exílio
3.1 Morte
3.2 Controvérsia
Relação com Jesus
Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. Jesus chamou-lhe o Filho do Trovão e posteriormente ele foi considerado o “Discípulo Amado”.
Também ele e seu irmão, Tiago, pedem para ficar um ao lado direito, outro ao lado esquerdo de Jesus quando estiverem no céu, além de serem batizados no mesmo batismo de Jesus, tendo por isso sido levemente repreendidos por Jesus e causado certa inveja entre os demais apóstolo.
Segundo os registros do "Novo testamento", João foi o apóstolo que seguiu com Jesus, na noite em que foi preso e foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até à morte na cruz.
A História conta que João esteve presente, e ao alcance de Jesus, até a última hora , e foi-lhe entregue a missão de tomar conta de Maria, a mãe de Jesus.
Na visão Protestante, a Bíblia indica que Jesus não era filho único de Maria Mt 12.46; Mt 13.55, porém seria o mais velho e por isso teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe após a morte de José.
No entanto, no Evangelho Segundo São Mateus está escrito: "Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica" (Mt 20,20), parece claro que esta mãe não é Maria, mãe de Jesus, mas outra pessoa, pois, então, o evangelista não escreveria "a mãe dos filhos de Zebedeu", e sim algo como "sua mãe".
Já a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa sustentam que Cristo não tinha irmãos carnais pois no aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes, devendo ser frisado que Jesus falava aramaico, mas os evangelhos foram escritos em grego, idioma mais rico, o que pode ter gerado esta confusão, no momento da tradução.
Mais tarde João esteve fortemente ligado a Pedro nas atividades iniciais do movimento cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos da Igreja de Jerusalém.
Foi o principal apoio de Pedro, no Dia de Pentecostes.
tradição constante e ininterrupta que pregou na Ásia Menor, especialmente em Éfeso, onde teria encerrado o ministério com morte em idade muito avançada.
A Missão
Depois da morte e martírio de Tiago, o Justo (também conhecido como Irmão do Senhor), João teria se dirigido à Ásia Menor, onde dirigiu a importante e influente comunidade cristã de Éfeso, fundada por Paulo anos antes.
João esteve várias vezes na prisão, foi torturado e exilado para a Ilha de Patmos, por um período de cerca de quatro anos, onde teria escrito o Apocalipse até que o cruel imperador Domiciano foi assassinado e o manso imperador Nerva chegasse ao poder em Roma.
O exílio
Em Patmos, ilha no leste do Mar Egeu, local onde fez o seu exílio, João escreveu o Livro da Revelação do Apocalipse.
Acredita-se que este Livro da Revelação contém os fragmentos que sobreviveram de uma grande revelação, da qual se perderam grandes partes e outras partes foram retiradas, depois que João o escrevera.
Apenas uma parte fragmentada foi preservada.
Por outro lado, alguns teólogos e exegetas afirmam que o caráter fragmentário deste livro resulta de outros dois livros de Apocalipse que foram unidos, resultando no que conhecemos hoje, sendo que um deles já estaria escrito desde o tempo de Nero.
João viajou muito, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-se dirigente das igrejas da Ásia, estabeleceu-se em Éfeso.
Orientou o seu colaborador, Natan, na redação do chamado “evangelho segundo João”, em Éfeso, aproximadamente no ano 90 D.C. .
Morte
De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo.
Ele morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos.
Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso.
Contudo, conta-se que a mesma estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.
Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus mais amava. Ele tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa.
Controvérsia
Controvérsias são suscitadas baseadas nos próprios textos bíblicos que afirmam que este discípulo não passou pela morte, segundo a interpretação de alguns.
Com efeito é possível ler: Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino. (Mateus 16,28)
De outra parte está também escrito nos Evangelhos: Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: "Senhor, quem é o traidor?" Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: "E quanto a este?" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me." Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, "Jesus não dissera que tal discípulo não morreria", mas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" (João 21,18-25)
Interpretações teológicas, contudo, resolvem essa dificuldade bíblica como Jesus afirmando que ele deveria permanecer vivo até a Revelação final do cânon bíblico, o Apocalipse. A partir daí, sua morte ocorrería naturalmente, no tempo devido.
JOÃO, NA ÚLTIMA CEIA,
RECLINOU SUA CABEÇA SOBRE O PEITO DO SENHOR:
QUÃO FELIZ É ESTE APÓSTOLO,
A QUEM FORAM REVELADOS OS MISTÉRIOS CELESTES!
Ó DEUS,
QUE PELO APÓSTOLO SÃO JOÃO
NOS REVELASTES OS MISTÉRIOS DO VOSSO FILHO,
TORNAI-NOS CAPAZES DE CONHECER E AMAR
O QUE ELE NOS ENSINOU DE MODO INCOMPARÁVEL.
POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, VOSSO FILHO,
NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
JOÃO DEU TESTEMUNHO DO QUE VIU,
TESTEMUNHO DE JESUS, VERBO DE DEUS.
NESTE DIA BENZE-SE O VINHO,
OFERECIDO PELOS FIÉIS, EM MEMÓRIA E HONRA DE SÃO JOÃO ,
QUE BEBEU , SEM LHE FAZER MAL,
UMA TAÇA ENVENENADA.
QUANDO JESUS VIU SUA MÃE
E PERTO DELA O DISCÍPULO QUE AMAVA,
DISSE À SUA MÃE:
"MULHER, EIS AÍ TEU FILHO."
DEPOIS DISSE AO DISCÍPULO:
"EIS AÍ TUA MÃE."
JO 19, 26-27
O imperador Nero (56 - 68 d.C.) iniciara a perseguição aos cristãos. São João foi levado à Roma para ser julgado.
Por professar sua fé em Jesus Cristo, ele foi condenado à morte por envenenamento, mas o Senhor o salvou - após beber um cálice de veneno mortal, nada lhe aconteceu.
Ele também saiu ileso de um caldeirão de óleo fervente no qual ele fora jogado pelo torturador.
EU, JOÃO,
VOSSO IRMÃO E COMPANHEIRO NAS TRIBULAÇÕES,
NA REALEZA E NA PACIÊNCIA EM UNIÃO COM JESUS,
ESTAVA NA ILHA DE PATMOS
POR CAUSA DA PALAVRA DE DEUS E DO TESTEMUNHO DE JESUS.
Apo 1, 9
UM DOS DISCÍPULOS, A QUEM JESUS AMAVA,
ESTAVA À MESA RECLINADO AO PEITO DE JESUS.
JO 13, 23
João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente;
mas o Senhor preservou a vida de Seu fiel servo, da mesma maneira como preservara a dos três hebreus na fornalha ardente. Ao serem pronunciadas as palavras:
«Assim pereçam todos os que crêem nesse enganador, Jesus Cristo de Nazaré»,
João declarou:
«Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Ele deu a vida para salvar o mundo. Considero uma honra o ser-me permitido sofrer por Seu amor. Sou um homem pecador e fraco. Cristo era santo, inocente, incontaminado. Não pecou nem se achou engano em Sua boca.»
Estas palavras exerceram sua influência, e João foi retirado do caldeirão pelos mesmos homens que ali o haviam lançado.
O SÍMBOLO DO APÓSTOLO É A ÁGUIA
NUM DOMINGO, FUI ARREBATADO EM ÊXTASE...
Apo 1, 10
ILUSTRAI , SENHOR,
BENIGNAMENTE A VOSSA IGREJA,
PARA QUE ILUMINADA PELOS ENSINAMENTOS DO VOSSO BEM-AVENTURADO APÓSTOLO E EVANGELISTA JOÃO, ALCANCE OS BENS ETERNOS.
POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
JOÃO JUNTO COM MARIA MADALENA FORAM OS ÚNICOS
AO LADO DA VIRGEM MARIA
AOS PÉS DA CRUZ
SÃO JOÃO
, EVANGELISTA E APÓSTOLO A QUEM JESUS AMAVA,
ORAI POR NÓS!
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