domingo, 28 de setembro de 2014

SÃO JERÔNIMO - PADROEIRO DOS QUE ESTUDAM A BÍBLIA, DOS BIBLIOTECÁRIOS, SECRETÁRIOS (AS) - 30 DE SETEMBRO







Imagem de São Jerônimo de Bernini






Doutor da igreja, e um dos maiores especialistas em bíblias de sua época

Ele nasceu em Stridonium perto de Aquiléia, Itália e estudou em Roma. 

Foi batizado na idade de 18 anos, mas foi criado desde pequeno como cristão.

 Filho de Eusébio, da cidade de Estridão, na fronteira entre a Dalmácia e a Panônia, é mais conhecido por sua tradução da Bíblia para o latim (conhecida como Vulgata) e por seus comentários sobre o Evangelho dos Hebreus, mas sua lista de obras é extensa .

Eusébio Sofrônio Jerônimo nasceu em Estridão por volta de 347 , mas só foi batizado entre 360 e 366 quando viajou para Roma com seu amigo Bonoso - que pode ou não ser o mesmo Bonoso que Jerônimo identifica como sendo seu companheiro quando foi viver como eremita numa ilha no Adriático - para continuar seus estudos sobre retórica e filosofia. 

Lá, Jerônimo estudou com o gramático Élio Donato, aprendeu latim e um pouco de grego4 , embora não tenha adquirido a proficiência que, anos depois, alegaria ter obtido como estudante5 .














Ainda como estudante em Roma, Jerônimo se envolveu no comportamento errático dos colegas mais despreocupados, o que lhe provocava depois terríveis ataques de arrependimento.

Para apaziguar a consciência, visitava aos domingos as sepulturas dos mártires e dos apóstolos nas catacumbas, uma experiência que lhe lembrava dos terrores do inferno:

Frequentemente me encontrava entrando naquelas profundas criptas escavadas na terra, com suas paredes de ambos os lados preenchidas com os corpos dos mortos, onde tudo era tão escuro que parecia quase como se as palavras do salmista tivessem se realizado: «Desçam vivos ao Cheol» (Salmos 55:15). Aqui e ali, a luz, não vinda de janelas, mas descendo através das valas, aliviava o horror da escuridão. Mas novamente, tão logo você se via caminhando cuidadosamente adiante, a noite escura se fechava a sua volta e vinha-me à mente o verso de Virgílio: "Horror ubique animos, simul ipsa silentia terrent"
 
— Jerônimo, Commentarius in Ezzechielem .


Jerônimo utilizou de uma passagem de Virgílio — "Por todos os lados o horror se espalhava; o profundo silêncio inspirava o terror na minh'alma" — para descrever o horror do inferno. 

No início de sua carreira, ele utilizava termos de autores clássicos para descrever conceitos cristãos (como "Cheol", um termo para o inferno) , um indicativo de sua educação clássica. 

Embora inicialmente cético em relação ao cristianismo, no fim acabou se convertendo . 

Depois de muitos anos na capital imperial, Jerônimo viajou com Bonoso para a Gália e se assentou em Augusta Treveroro (moderna Trier, na Alemanha), onde é possível que tenha primeiro se dedicado aos seus estudos teológicos e, depois, a copiar para seu amigo Tirânio Rufino o comentário de Hilário sobre os "Salmos" e o tratado "De Synodis". 

Depois disso, Jerônimo viveu vários meses (pelo menos) ou, possivelmente, anos, com Rufino em Aquileia, onde fez muitos amigos cristãos.

Alguns deles o acompanharam quando ele partiu, por volta de 373, numa viagem através da Trácia e da Ásia Menor até o norte da Síria. Em Antioquia, onde ficou por mais tempo, dois de seus companheiros morreram e ele próprio ficou seriamente doente mais de uma vez. 

Durante uma destas enfermidades (perto do inverno de 373-374), Jerônimo teve uma visão que levou-a a abandonar seus estudos seculares para dedicar-se completamente a Deus.













Ele parece ter trocado uma grande quantidade de tempo que dispendia no estudo dos clássicos para estudar a Bíblia, dirigido por Apolinário de Laodiceia, que na época ensinava em Antioquia e ainda não dava sinais de sua futura condenação por heresia (vide apolinarismo).

Tomando por um súbito desejo de viver em penitência asceta, Jerônimo passou um tempo no deserto de Cálcis, para o sudoeste de Antioquia, uma região conhecida como "Tebaida Síria", onde moravam numerosos eremitas. 

Durante este período, ele parece ter encontrado tempo para estudar e escrever. Lá também dedicou-se a aprender pela primeira vez o hebraico, sob a tutela de um judeu convertido e é possível que ele tenha mantido correspondência com os judeo-cristãos de Antioquia. 

Por volta desta época, Jerônimo contratou uma cópia de um "Evangelho Hebreu", do qual fragmentos foram preservados em suas notas e que é hoje conhecido como "Evangelho dos Hebreus", considerado o verdadeiro Evangelho de Mateus pelos nazarenos. Depois disso, ele próprio traduziu partes da obra para o grego.

De volta em Antioquia em 378 ou 379, foi ordenado pelo bispo Paulino de Antioquia, aparentemente contra sua vontade e sob a condição de poder continuar sua vida asceta. 

Logo depois, viajou para Constantinopla para continuar seus estudos sobre as Escrituras com Gregório Nazianzeno. 

Ele passou por volta de uns dois anos por lá e partiu novamente para Roma, onde passou os três anos seguintes (382-385) na corte do papa Dâmaso I e a liderança cristã da cidade.







A penitência de São Jerônimo








O motivo da viagem foi um convite para que participasse do concílio de 382 realizado para acabar com o cisma na Igreja de Antioquia, que na época tinha mais de um patriarca alegando ser o verdadeiro. Acompanhando um deles, Paulino, pretendia apoiá-lo nos trabalhos, acabou se destacando junto ao papa e passou a exercer um importante papel durante seus concílios.

Jerônimo então recebeu diversos encargos em Roma e realizou ali uma revisão da Bíblia Latina (Vetus Latina) baseando-se em manuscritos gregos do Novo Testamento. 

Ele também atualizou o saltério contendo o "Livro dos Salmos" que era na época utilizado em Roma baseando-se na Septuaginta grega. 

Embora não tenha ficado claro para ele na ocasião, a tradução de muito do que depois se tornaria a Vulgata latina demoraria ainda muitos anos e tornar-se-ia seu mais importante legado.

Em Roma, Jerônimo estava rodeado por um círculo de mulheres bem-nascidas e bem-educadas, incluindo algumas oriundas das mais nobres famílias patrícias romanas, como as viúvas Leia, Marcela e Paula, com suas filhas Blesila e Eustóquia.









Quadro A conversão de Paula









 Como resultado da crescente inclinação destas mulheres pela vida monástica, da indulgente lascividade que imperava em Roma e mais a crítica feroz de Jerônimo ao clero secular, que não poupava ninguém, logo irrompeu um conflito contra o clero romano e seus aliados. 

Depois da morte de Dâmaso, seu patrono (10 de dezembro de 384), Jerônimo foi forçado a abdicar de suas funções em Roma quando um inquérito foi aberto pelos seus inimigos para investigar uma suposta relação inapropriada entre ele e Paula.

Além disso, sua condenação ao estilo de vida hedonista de Blesila levou-a a adotar práticas ascetas que acabaram afetando sua saúde e a tornaram tão fraca fisicamente que ela morreu apenas quatro meses depois de começar a seguir suas instruções. 

A maior parte da população romana ficou enfurecida com Jerônimo, acusando-o de causar a morte prematura de uma jovem tão altiva.

Para piorar, sua insistência de que Paula não deveria lamentar a morte dela e suas reclamações de que o luto por ela era excessivo foram vistos como cruéis e polarizaram ainda mais a opinião pública contra ele.


 Uma rica viúva, Paula deu condições para que Jerônimo pudesse viver sem preocupações financeiras e se dedicasse aos estudos. Ela seguiu-o depois para Belém e morreu com ele na Terra Santa.


Em agosto de 385, Jerônimo abandonou Roma definitivamente e voltou para Antioquia com seu irmão Pauliniano e diversos amigos; logo depois vieram Paula e Eustóquia, decididas a terminar suas vidas na Terra Santa.










São jerônimo com Santa Paula e Santa Eustóquia















No inverno do mesmo ano, Jerônimo viajou com elas na função de conselheiro espiritual. O grupo, acompanhado do bispo Paulino de Antioquia, peregrinou por Jerusalém, Belém e os lugares santos da Galileia antes de seguir para o Egito, onde viviam os heróis da vida asceta, os monges do deserto.

Na Escola Catequética de Alexandria, Jerônimo ouviu Dídimo, o Cego, ensinar sobre o profeta Oseias e contar o que se lembrava de Santo Antão, que morrera trinta anos antes. 

Depois, passou algum tempo na Nítria admirando a disciplinada vida comunitária dos numerosos habitantes da "cidade do Senhor", percebendo que, mesmo ali, "serpentes escondidas", ou seja, a influência do polêmico teólogo alexandrino Orígenes. 

No final do verão de 388, voltou para a Terra Santa e passou o resto de sua vida numa cela eremítica perto de Belém rodeado por uns poucos amigos, homens e mulheres (incluindo Santa Paula e Eustóquia), a quem ele atendia como sacerdote e professor.

Com recursos financeiros suficientes providenciados pela rica Paula, que investia também em aumentar sua biblioteca, Jerônimo passou a levar uma vida de incessante produção literária.

 A estes últimos trinta e quatro anos de sua carreira pertencem suas mais importantes obras; sua versão do Antigo Testamento traduzida do original hebraico, o melhor de seus comentários sobre as Escrituras, seu catálogo de autores cristãos (De Viris Illustribus) e o seu diálogo contra os pelagianos, de perfeição reconhecida até pelos seus adversários. 

A este período também pertence a maior parte de suas polêmicas, obras que o distinguem dos demais Padres da Igreja da época, incluindo tratados contra o origenismo (crença que seria depois anatemizada) do bispo João II de Jerusalém e de seu antigo amigo Rufino.

Em 416, como consequência de suas obras contra o pelagianismo, partidários inflamados da crença invadiram os edifícios monásticos perto de onde vivia, atearam-lhes fogo, atacaram os moradores e mataram um diácono, forçando Jerônimo a se refugiar numa fortaleza nas imediações.

Jerônimo morreu perto de Belém em 30 de setembro de 420, uma data que aparece na "Crônica" de Próspero da Aquitânia. 

Diz-se que seus restos, originalmente enterrados em Belém, foram trasladados para a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, embora outros locais no ocidente também reivindiquem a posse de alguma relíquia relacionada ao santo.


Ele morreu em 30 de setembro após longa doença. 






Funeral de São Jerônimo







Ele é honrado com sendo um dos primeiros estudiosos do início da Igreja e um gênio que deu uma grande contribuição para a área escolástica bíblica.

Na arte litúrgica ele mostrado as vezes como um cardeal atendido por um leão ou ainda como um eremita. Outras vezes como um escolástico.

Padroeiro dos bibliotecários e das secretárias.









Porque do leão ?

O Leão e São Jerônimo

Em Vita Divi Hieronymi (Migne. P.L., XXII, c. 209ff.) traduzido para o Inglês por Helen Waddell em "Beasts and Saints" (NY: Henry Holtand Co., 1934), você encontrará as razões pelas quais São Jerônimo é pintado geralmente com um leão ao seu lado.









" Uma tarde São Jerônimo sentou-se com seus amigos monges no seu monastério em Jerusalém ouvindo a lição do dia quando um gigantesco leão aproximou-se andando em três patas, com a quarta pata levantada. Imaginem o caos que se seguiu quando todos os monges correram, cada um para um lado, mas São Jerônimo calmamente levantou-se e foi se encontrar com o hospede não convidado. Naturalmente o leão não podia falar, mas ofereceu a sua pata ferida ao bom padre.













 Jerônimo examinou a pata e pediu a um monge menos medroso, um balde com água e lavou a pata ferida do leão. Aí Jerônimo notou que a pata estava perfurada por espinhos. Jerônimo retirou com cuidados os espinhos e aplicou uma pomada e o ferimento rapidamente sarou. 

O gentil cuidado amansou o leão que ia e vinha pacificamente onde estava São Jerônimo como se fosse um animal doméstico.












Deste episódio Jerônimo disse "Pensem sobre isto e vocês encontrarão varias respostas. Eu creio que não foi tanto para a cura de sua pata que Deus o enviou, pois Ele curaria a pata sem a nossa ajuda, mas enviou o leão para mostrar quanto Ele estava ansioso para prover o que necessitamos para o nosso bem."

Os irmãos sugeriram que o leão poderia ser usado para acompanhar e proteger o jumento que carregava a lenha para o monastério. E assim foi por muito tempo. O leão guardava o jumento enquanto este ia e vinha. Um dia entretanto, o leão ficou cansado de dormiu enquanto o jumento pastava. Mercadores de óleos egípcios levaram o jumento.

O leão lá pelas tantas acordou e passou a procurar o jumento.Com incrível ansiedade procurou todo o dia.

 No final do dia voltou e ficou no portão do monastério parado e consciente de sua culpa o leão não tinha mais o seu andar orgulhoso que ele fazia ao lado o burrico.

Quando outros monges o viram concluíram que o leão tinha na verdade comido o jumento. E eles recusaram a alimentar o leão e o enviaram de volta para comer o resto da sua matança. Mas ainda havia uma certa dúvida se o leão havia ou não matado o jumento e assim Jerônimo mandou que eles procurassem pela carcaça do jumento e não a encontraram, e nem sinal de violência.

Os monges levaram a noticia para São Jerônimo que disse " Eu fico triste pela perda do asno, mas não façam isto com o leão. Tratem dele como antes dêem comida a ele, e ele fará o serviço do jumento.Façam com que ele traga em seu lombo algumas das peças de lenha." E assim aconteceu.












O leão regularmente fazia a sua tarefa, mas continuava a procurar o seu velho companheiro. Um dia ele subiu uma colina e viu na estrada homens montados em camelos e um montado em um jumento. Ele então foi de encontro a eles. Ao se aproximar ele reconheceu o seu amigo e começou a rugir. Os mercadores assustados correram como puderam deixando o jumento e os camelos e sua carga para atras.

O leão conduziu os animais para o mosteiro .Quando os monges o viram aquela parada inusitada de um leão liderando um jumento e camelos correram para Jerônimo e ele foi lá, abriu os portões e disse: "Tirem a carga dos camelos e do jumento, lavem suas patas e dêem comida a eles e esperem para ver o que Deus tinha em mente para mostrar a este seu servo quando nos deu o leão".

Quando sua instruções foram seguidas o leão começou a rugir de novo e a balançar o seu rabo alegremente. Os irmãos com remorso da calúnia que haviam pensado do pobre leão disseram uns aos outros "Irmão confie na sua ovelha mesmo se por um tempo ela pareça um ganancioso rufião e Deus fará um milagre para curar o seu caráter".

Neste meio tempo Jerônimo sabendo o que viria disse: "Meus iramos fiquem preparados e preparem refrescos porque novos hóspedes virão e deverão ser tratados sem embaraços’.

Assim os irmãos preparam para receber as visitas e em breve os mercadores estavam no portão.

Foram bem-vindos, mas eles prostraram aos pés de São Jerônimo e pediram perdão pelas sua falhas.

Gentilmente Jerônimo disse "dêem os refrescos a eles e deixem partir com os seu camelos e suas cargas. Os mercadores ofereceram metade do óleo que os seus camelos carregavam para as lâmpadas do mosteiro e mais alguns alimentos para os monges.

O chefe dos mercadores estão disse "Nós daremos todo óleo que vocês precisarem durante todo ano e nossos filhos e netos serão instruídos de seguirem esta ordem, e ainda nada de sua propriedade será jamais tocada por qualquer de nós ".

São Jerônimo aceitou e os mercadores de sua parte aceitaram os refrescos e partiram com benção e voltaram alegres para o seu povo.

São Jerônimo então disse "vejam meus irmãos o que Deus tinha em mente quando nos mandou o seu leão"!



São Jerônimo é reconhecido como santo pelos católicos, ortodoxos, luteranos e anglicanos.















 Traduções e comentários

Jerônimo foi um acadêmico numa época que o título implicava em fluência no grego, mas ele sabia também alguma coisa de hebraico quando começou seu projeto de tradução. 

Para reforçar seus conhecimentos, mudou-se para Jerusalém estudando os comentários judaicos sobre as Escrituras. 

Paula, a rica aristocrata romana que era uma de suas seguidoras, financiou sua estadia num mosteiro em Belém onde ele pôde concluir sua tradução. 

O trabalho começou em 382, com a correção da versão latina do Novo Testamento utilizada na época, a Vetus Latina. 

Em 390, iniciou a tradução da Bíblia Hebraica a partir do original, tendo já traduzido algumas partes utilizando a Septuaginta grega originária de Alexandria. 












Jerônimo acreditava que o Concílio de Jâmnia - da corrente principal do judaísmo rabínico - havia rejeitado a Septuaginta como versão válida das Escrituras judaicas por conta do que ele aferiu serem erros de tradução e elementos heréticos helenísticos. O trabalho terminou em 405.

Antes da Vulgata de Jerônimo, todas as traduções do Antigo Testamento eram baseadas na Septuaginta e não na Bíblia Hebraica. 

Porém, a decisão de utilizar esta ao invés daquela, que era também uma tradução do hebraico, como fonte foi contrária às recomendações da maioria dos cristãos de seu tempo, incluindo Santo Agostinho, que considerava a Septuaginta inspirada. 

O consenso acadêmico moderno, porém, tem lançado dúvidas sobre o quanto Jerônimo de fato conhecia de hebraico e muitos acreditam que, na realidade, a "Hexapla" grega teria sido a principal fonte para a tradução "iuxta Hebraeos" de Jerônimo do Antigo Testamento.

Seus comentários patrísticos se alinham de forma muito próxima à tradição judaica e ele se entrega às sutilezas alegóricas e místicas no estilo de Fílon e da "Escola de Alexandria". 

Ao contrário de seus contemporâneos, Jerônimo enfatizava a diferença entre os apócrifos da Bíblia Hebraica e os livros protocanônicos da Hebraica veritas ("verdeira [Bíblia] Hebraica"). Evidências disso aparecem em suas introduções para os apócrifos salomônicos (como os "Salmos de Salomão") e os livros de Tobias e Judite. Mais notável, porém, é sua afirmação na introdução de seu comentário aos Livros de Samuel:

Este prefácio às Escrituras podem servir como uma introdução defensiva para todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim, para que possamos estar seguros que o que ficou de fora deve ser deixado de lado como obras apócrifas.
 
— Jerônimo, Comentários sobre Samuel.

Os comentários de Jerônimo se dividem em três grupos principais:

Suas traduções ou versões de textos gregos de outros autores, incluindo quatorze homilias sobre o Livro de Jeremias e um mesmo número sobre o Livro de Ezequiel de Orígenes (traduzidas por volta de 380 em Constantinopla); duas homílias de Orígenes sobre os Salmos de Salomão (em Roma, ca. 383); e trinta e nove sobre o Evangelho de Lucas (ca. 389 em Belém). 

As nove homilias de Orígenes sobre o Livro de Isaías incluídas entre suas obras não são de sua autoria. Deve-se mencionar aqui também, como uma importante contribuição para o estudo da topografia de Israel, sua obra "De situ et nominibus locorum Hebraeorum", uma tradução com algumas adições e algumas infelizes omissões do "Onomasticon" de Eusébio.

 Ao mesmo período (ca. 390) pertence também a "Liber interpretationis nominum Hebraicorum", baseada numa obra que supostamente remontaria à época de Fílon e que foi expandida por Orígenes.
Comentários originais sobre o Antigo Testamento. Ao período anterior de sua mudança para Belém e aos cinco anos depois disso pertencem uma série de curtos estudos sobre o Antigo Testamento: "De seraphim", "De voce Osanna", "De tribus quaestionibus veteris legis" (geralmente incluído entre suas epístolas, as de número 18, 20 e 36); "Quaestiones hebraicae in Genesim"; "Commentarius in Ecclesiasten"; "Tractatus septem in Psalmos 10-16" (perdida); "Explanationes in Michaeam", "Sophoniam", "Nahum", "Habacuc", "Aggaeum".

Depois de 395, ele compôs uma série de comentários mais longos e num tom mais derrogatório: primeiro sobre Jonas e Obadias (396), depois sobre Isaías (ca. 395 - ca. 400), Zacarias, Malaquias, Oseias, Joel e Amós (a partir de 406), sobre Daniel (ca. 407), Ezequiel (entre 410 e 415) e Jeremias (depois de 415 e não terminado).

Comentários sobre o Novo Testamento. Entre eles sobre as epístolas a Filêmon, Gálatas, Efésios e Tito (escrita apressadamente entre 387 e 388); sobre Mateus (ditada numa quinzena em 398), Marcos, passagens selecionadas de Lucas, do Apocalipse e do prólogo do João.













Obras

Obras históricas e hagiográficas

Jerônimo também é conhecido como historiador. Uma de suas primeiras obras sobre o tema foi sua "Crônica" (ou "Chronicon" ou ainda "Temporum liber"), escrita por volta de 380 quando ele estava em Constantinopla. 

É uma tradução para o latim das tabelas cronológicas da segunda parte da "Chronicon" de Eusébio de Cesareia com um suplemento cobrindo o período entre 325 e 379. 

Apesar dos diversos erros, alguns herdados de Eusébio e outros próprios, trata-se de uma obra valiosa, menos pelo conteúdo e mais pelo impulso que proporcionou para cronistas posteriores como Próspero, Cassiodoro e Vítor de Tunnuna, que continuaram complementando os anais.

Importante também foi sua "De Viris Illustribus", escrita em Belém em 392, com título e arranjo emprestados da "Vida dos Doze Césares" de Suetônio. 

Ela contém breves notas biográficas e lista de obras de 135 autores cristãos, de São Pedro até o próprio Jerônimo. 

Para os primeiros setenta e oito, a "História Eclesiástica" de Eusébio é a fonte principal; no segundo grupo, começando com Arnóbio e Lactâncio, Jerônimo incluiu uma boa quantidade de informações independentes, especialmente para os autores ocidentais.












Jerônimo escreveu ainda quatro obras de natureza hagiográfica (biografias de santos):

A "Vita Pauli monachi", escrita durante sua primeira passagem por Antioquia (ca. 376), na qual o material lendário deriva da tradição monástica egípcia;

A "Vitae Patrum (Vita Pauli primi eremitae)", uma hagiografia de São Paulo de Tebas;

A "Vita Malchi monachi captivi" (ca. 391), provavelmente baseada num trabalho anterior, apesar de se propor derivar das conversas com o idoso asceta Malco com o próprio Jerônimo no deserto de Cálcis;

A "Vita Hilarionis" (ca. 391), contendo informações históricas mais confiáveis que as anteriores e baseada parcialmente na biografia de Epifânio e parcialmente na tradição oral.

O chamado "Martyrologium Hieronymianum" ("Martirológio de Jerônimo") é espúrio; ele foi aparentemente composto por um monge ocidental no final do século VI ou início do século VII e faz referência a uma expressão de Jerônimo do primeiro capítulo da "Vita Malchi", na qual ele fala de sua intenção de escrever uma história dos santos e mártires da era apostólica.
















Epístolas

As epístolas de Jerônimo formam uma importante porção do que restou de suas obras literárias, tanto pela enorme variedade de temas quanto pela qualidade estilística. Independente de estar discutindo os problemas do ensino acadêmico ou argumentando em casos de consciência, reconfortando os aflitos ou apenas fazendo elogios aos amigos, atacando os vícios e corrupções de sua época ou a imoralidade sexual no clero , exortando à vida asceta e a renúncia do mundo ou se digladiando com seus adversários, Jerônimo apresenta uma imagem vívida não apenas de sua mente, mas de sua época com características peculiares. 

Como não existia naquele tempo uma distinção entre documentos pessoais e públicos, frequentemente encontramos em suas cartas tanto confidências pessoais quanto tratados direcionados a terceiros lado a lado18 .

As mais frequentemente republicadas ou citadas são as exortativas, como "Ad Heliodorum de laude vitae solitariae" (Ep. 14), "Ad Eustochium de custodia virginitatis" (Ep. 22), "Ad Nepotianum de vita clericorum et monachorum" (Ep. 52), uma espécie de epítome de teologia pastoral do ponto de vista ascético, "Ad Paulinum de studio scripturarum" (Ep. 53), de mesmo objetivo, De institutione monachi (Ep. 57), "Ad Magnum de scriptoribus ecclesiasticis" (Ep. 70) e "Ad Laetam de institutione filiae" (Ep. 107).





Imagem de São Jerônimo, de uma igreja nos Estados Unidos



Obras teológicas

Praticamente todas as obras de Jerônimo no campo do dogma tem um caráter polêmico de tom mais ou menos veemente, direcionadas principalmente contra os defensores de doutrinas contrárias às ortodoxas. Até mesmo a tradução de um tratado de Dídimo, o Cego, sobre o Espírito Santo para o latim (iniciada em Roma em 384 e completada em Belém) revela uma tendência apologética contra os arianos e os pneumatomachoi. O mesmo vale para sua versão para "De principiis", de Orígenes (ca. 399), cujo objetivo era sobrepujar a tradução incorreta de Rufino. 

Obras mais polêmicas, stricto sensu, foram escritas em todos os períodos de sua vida, em diferentes contextos. 

Durante suas passagens por Constantinopla e Antioquia, por exemplo, Jerônimo estava mais preocupado com a controvérsia ariana e, especialmente, com o cisma em Antioquia protagonizado por Melécio de Antioquia e Lúcifer Calaritano. Duas cartas ao papa Dâmaso (Ep. 15 & 16) trazem reclamações a ambos os partidos em disputa, os melecianos e os paulinianos, que tentavam atraí-lo para a controvérsia sobre a relação entre Deus Pai e Deus Filho na Trindade e, mais especificamente, à aplicação de termos como ousia (substância) e hipóstase a esta relação. 

Na mesma época ou pouco depois (373), ele compôs sua "Liber Contra Luciferianos", na qual ele utiliza o diálogo de forma bastante inteligente para combater os princípios da facção dos calaritanos, principalmente sua rejeição ao batismo realizado por heréticos (uma tese de cunho donatista, já rejeitada antes).

Em Roma (por volta de 383), Jerônimo escreveu uma apaixonada resposta aos ensinamentos de Helvídio defendendo a doutrina da virgindade perpétua de Maria e da superioridade da castidade sobre o matrimônio. Um adversário de natureza similar foi Joviniano, com quem debateu em 392 ("Adversus Jovinianum" e a defesa desta obra endereçada ao seu amigo Pamáquio - Ep. 48). 

Em 406, uma vez mais Jerônimo defendeu as práticas piedosas católicas e sua própria ética asceta contra o presbítero gaulês Vigilâncio, que era contrário à veneração dos mártires e das relíquias, ao voto de pobreza e ao celibato clerical. Em paralelo, participou ainda da controvérsia com João II de Jerusalém e Rufino sobre a ortodoxia do origenismo. 

A este período pertencem algumas de suas mais apaixonadas e completas obras polêmicas: a "Contra Joannem Hierosolymitanum" (398 ou 399); duas obras intimamente relacionadas, "Apologiae contra Rufinum" (402) e sua "última palavra", escrita poucos meses depois, "Liber tertius seu ultima responsio adversus scripta Rufini".

A última obra polêmica de Jerônimo foi sua "Dialogus contra Pelagianos" (415), contra a heresia do pelagianismo.








Legado

Jerônimo é o segundo autor mais prolífico do cristianismo antigo tardio (depois de Santo Agostinho).

Na Igreja Católica, ele é reconhecido como santo padroeiro dos tradutores, bibliotecários e enciclopedistas .




Arte

A Bíblia de Gutenberg da Biblioteca Pública de Nova Iorque, uma das edições da Vulgata, a obra-prima de Jerônimo.

Na arte, Jerônimo geralmente aparece representado como um dos quatro doutores latinos, juntamente com Santo Agostinho, Santo Ambrósio e São Gregório Magno. Como um membro proeminente do clero romano, ele foi muitas vezes representado - anacronisticamente - com o hábito vermelho de cardeal. 

Mesmo quando ele aparece representado como um anacoreta semi-nu, com a cruz, a caveira (símbolo da mortalidade) e a Bíblia como únicas mobílias de sua cela, o chapéu cardinalício ou outro indicativo de sua posição de cardeal aparece, via de regra, em algum lugar da obra.

Jerônimo é também geralmente representado na companhia de um leão, uma referência a uma conhecida lenda de como ele teria domado um leão ao curar um ferimento em sua pata. A origem da história, quase idêntica à contada sobre São Gerásimo, foi possivelmente uma confusão entre os nomes em latim dos dois santos, "Gerasimus" e "Geronimus".

 Hagiografias de Jerônimo contam que ele passou muitos anos nos desertos da Síria romana e diversos artistas intitularam sua obras "São Jerônimo no Deserto", entre eles Pietro Perugino e Lambert Sustris20 .

Ele é por vezes também representado com uma coruja, o símbolo da sabedoria e da erudição .

 Finalmente, a iconografia de São Jerônimo inclui ainda materiais de escrita (pena, tinteiro, papel etc.) e a trombeta do Juízo Final.














Oração

Ó Deus,
 que destes ao presbítero São Jerônimo 
profundo amor pela Sagrada Escritura, 
concedei ao vosso povo alimentar-se cada vez mais da vossa palavra
 e nela encontrar a fonte da vida. 
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
na unidade do Espírito Santo.
Amém







Ó Deus, criador do universo,
 que vos revelastes aos homens, através dos séculos, pela Sagrada Escritura, 
e levastes a vosso servo São Jerônimo a dedicar a sua vida ao estudo e à meditação da Bíblia, 
dai-me a graça de compreender com clareza a vossa palavra quando leio a Bíblia.
Por Cristo Senhor Nosso.
Amém





Do Prólogo ao Comentário sobre o Profeta Isaías, de São Jerônimo, presbítero
(Nn.1.2: CCL 73,1-3)                 (Séc.V)

Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo
Pago o que devo, obediente aos preceitos de Cristo que diz: Perscrutai as Escrituras (Jo 5,39); e: Buscai e achareis (Mt 7,7). Assim que não me aconteça ouvir com os judeus: Errais, sem conhecer as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22,29). Se, conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e sua sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo. 
Daí que eu imite o pai de família que de seu tesouro tira coisas novas e antigas. E a esposa, no Cântico dos Cânticos, que diz: Coisas novas e antigas, irmãozinho meu, guardei para ti (cf. Ct 7,14 Vulg.). E explicarei Isaías ensinando a vê-lo não só como profeta, mas ainda como evangelista e apóstolo. Ele próprio falou de si e dos outros evangelistas: Como são belos os pés daqueles que evangelizam boas novas, que evangelizam a paz (Is 52,7). E também Deus lhe fala como a um apóstolo: Quem enviarei, e quem irá a este povo? E ele respondeu: Eis-me aqui, envia-me (cf. Is 6,8). 
Ninguém pense que desejo resumir em breves palavras o conteúdo deste livro,pois esta escritura contém todos os mistérios do Senhor, falando do Emanuel, o nascido da Virgem, o realizador de obras e sinais estupendos, o morto e sepultado, o ressurgido dos infernos e o salvador de todos os povos. Que direi de física, ética e lógica? Tudo o que há nas santas Escrituras, tudo o que a língua humana pode proferir e uma inteligência mortal receber, está contido neste livro. Atesta esses mistérios quem escreveu: Será para vós a visão de todas as coisas como as palavras de um livro selado; se é dado a alguém que saiba ler, dizendo-lhe: Lê isto, ele responderá: Não posso, está selado. E se for dado a quem não sabe ler e se lhe disser: Lê, responderá: Não sei ler (Is 29,11-12). 
E se alguém parecer fraco, ouça as palavras do mesmo Apóstolo: Dois ou três profetas falem e os outros julguem; mas se a outro que está sentado algo for revelado, que se cale o primeiro (1Cor 14,32). Como podem guardar silêncio, se está ao arbítrio do Espírito, que fala pelos profetas, o calar-se e o falar? Se na verdade compreendiam aquilo que diziam, tudo está repleto de sabedoria e de inteligência. Não era apenas o ar movido pela voz que chegava a seus ouvidos, mas Deus falava no íntimo dos profetas, segundo outro Profeta diz: O anjo que falava a mim (cf. Zc 1,9), e: Clamando em nossos corações, Abba, Pai (Gl 4,6), e: Ouvirei o que o Senhor Deus disser em mim (Sl 84,9).























quarta-feira, 24 de setembro de 2014

SÃO CLÉOFAS OU ALFEU, TIO DE JESUS, PAI DOS IRMÃOS DO SENHOR - 25 DE SETEMBRO












Cléofas (ou Cleopas) é um dos dois discípulos que, no dia da Ressurreição de Jesus, voltavam para Emaús, no final das celebrações da Páscoa quando, num certo momento, o Ressuscitado a eles se juntou na estrada e começou a acompanhá-los. Jesus só foi reconhecido por Seus discípulos após partir o pão, quando estes O convidaram para permanecer com eles.

“Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado. Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles. Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram.










Perguntou-lhes, então: ‘De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?’ 
Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: ‘És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?’ Perguntou-lhes ele: ‘Que foi?’ Disseram: ‘A respeito de Jesus de Nazaré... Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo. Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam.’”
 (Lc 24, 13-21)

As palavras que os dois discípulos dirigem ao desconhecido são como o eco de uma profunda decepção, comum a todos apóstolos nesta hora de provação: 

“‘É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol; e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo.’” (Lc 24,22-23)

A partir deste raio de esperança, o desconhecido faz penetrar a luz da Boa Nova, explicando-lhes as Escrituras e, em seguida, aceitou o convite deles: “Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante. 

Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles.

 Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho. Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram... Mas ele desapareceu.” (Lc 24,28-31)  














Alfeu e Cléofas seriam transcrição e pronúncia do mesmo nome hebraico Halphai ou dois nomes trazidos pela mesma pessoa. Alfeu Cléofas, presumivelmente, porque ele é o pai de Tiago, o Menor, e de José, primos de Jesus. No Evangelho de João, Maria, mãe de Tiago e José, é chamada “a mulher de Cléofas” e irmã, em maior ou menor precisão, de Maria, a Mãe de Jesus.








Santa Maria de Cléofas com seus filhos: Tiago, o Menor, José,  Simão e  Judas Tadeu, que são primos do Senhor. 






Segundo alguns historiadores, a vida de são Cléofas esteve sempre muito ligada à de Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. 








A família de São Cléofas ou Alfeu









A Maria , mãe de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de Jesus Cristo.












De acordo com Eusébio e São Jerônimo, Cléofas era um nativo de Emaús onde, segundo antiga tradição, ele seria uma testemunha da Ressurreição e teria sido morto por seus companheiros de aldeia, intolerantes com o seu zelo e sua fé no Messias Ressuscitado.


Cléofas foi perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado. Segundo são Jerônimo, o grande doutor da Igreja, o martírio de são Cléofas aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente pregação cristã.

Já no século IV, a casa de são Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.







Oração de São Cléofas: 

São Cléofas, 
que tivestes a felicidade de ter três de seus filhos apóstolos de Jesus
 e serdes casado com uma santa mulher que vos era unidade em santidade, 
olhai por nossos filhos, jovens do mundo inteiro para que fugindo do caminho das trevas,
 sejam conduzidos à luz do Divino Mestre.
 Por Cristo Nosso Senhor.
 Amém.





Dai-nos, Senhor, 
pela intercessão de São Cléofas, vosso discípulo, 
a graça de vos reconhecer no sacramento da Eucaristia 
e na caridade para com o próximo, afim de alcançarmos, um dia,
 a graça da Bem-aventurança eterna.
Por Cristo Nosso Senhor.
 Amém








FONTES:

http://hagiosdatrindade.blogspot.com.br/2010/09/sao-cleofas-discipulo-de-jesus-seculo-i.html
http://www.santoprotetor.com/sao-cleofas/
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=456