terça-feira, 30 de novembro de 2010

SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO








Santo André (em grego: 'Ανδρέας, transl. Andreas; século I d.C.), conhecido na tradição ortodoxa como Protocletos (o "primeiro [a ser] chamado"), é um apóstolo cristão, irmão de São Pedro.

 O nome "André" (do grego "ανδρεία", andreía, "hombridade" ou "coragem"), como diversos outros nomes gregos, parece ter sido comum entre os judeus dos séculos II ou III a.C.. Não se tem registro de qualquer nome hebraico ou aramaico seu.



O Novo Testamento registra que Santo André era irmão de São Pedro, do que se pode concluir que ele também era filho de Jonas, ou João (Mateus 16:17; João 1:42).

Nasceu em Betsaida, às margens do Mar da Galileia (João 1:44).

Tanto ele quanto seu irmão Pedro eram pescadores, por profissão, e segundo a tradição Jesus teria lhes chamado para serem seus discípulos dizendo que faria deles "pescadores de homens" (em grego: ἁλιείς ἀνθρώπων, transl. halieís anthrópon).









 André também teria ocupado a mesma casa que Jesus, no início da vida pública deste, em Cafarnaum. (Marcos 1:21-29) .
O Evangelho segundo João conta que André era um discípulo de João Batista, cujo testemunho levou o próprio André e João, o Evangelista, a seguirem Jesus (João 1:35-40).

 André imediatamente reconheceu Jesus como o Messias, e apressou-se a apresentá-lo a seu irmão (João 1:41).








A partir daí os dois irmãos se tornaram discípulos fiéis de Jesus.

Numa ocasião posterior, antes do derradeiro chamado ao apostolado, passaram a ser companheiros mais íntimos, e abandonaram todos os seus pertences para seguir Jesus (Lucas 5:11; Mateus 4:19-20; Marcos 1:17-18.

 
André é mencionado nos evangelhos como estando presente em diversas ocasiões de importância, como um dos discípulos mais próximos de Jesus (Marcos 13:3; João 6:8, João 12:22);



os Atos dos Apóstolos apenas o mencionam uma única vez (Atos 1:13).
Eusébio de Cesareia, citando Orígenes, conta que André pregou na Ásia Menor e na Cítia, ao longo do mar Negro, chegando até o rio Volga e Kiev - daí que se tenha tornado padroeiro da Romênia e da Rússia. De acordo com a tradição, teria fundado a sede de Bizâncio (Constantinopla), em 38 d.C.,[2] e instaurado Estácio como bispo.

Esta diocese iria posteriormente se transformar no Patriarcado de Constantinopla, do qual André é reconhecido como santo padroeiro.
André teria sofrido o martírio através da crucifixão, em Patras (Patrae), na Aquéia.








Embora os textos mais antigos, como os Atos de André, mencionados por Gregório de Tours, descrevem que ele teria sido atado, e não pregado, a uma cruz latina, desenvolveu-se uma tradição de que André teria sido crucificado numa cruz do tipo conhecido como Crux decussata ("cruz em forma de 'x'"), comumente conhecida como "cruz de Santo André", e que isto teria sido feito a pedido dele próprio, que se julgava indigno de ser crucificado no mesmo tipo de cruz que havia sido usada para crucificar Cristo.

 A iconografia familiar de seu martírio, que mostra o apóstolo atado à cruz em forma de 'x', não parece ter sido padronizada até o fim da Idade Média.
O destino de suas relíquias varia de acordo com as diversas tradições de sua lenda; seus ossos, inicialmente em Patras, cidade da qual Santo André é o patrono, teriam sido levados para Constantinopla, por decreto imperial, onde foram exibidas num triunfo magnífico em 3 de março de 357, quando chegaram à capital do Império Romano do Oriente, até seu lugar de repouso final, na Igreja dos Apóstolos.

Durante a Quarta Cruzada (1203/1204) foram roubadas pelos cruzados - supostamente para protegê-los dos turcos.

A cabeça do santo, considerada um dos tesouros da Basílica de São Pedro, seria um presente do déspota bizantino Tomás Paleólogo ao papa Pio II, em 1461.

Recentemente, por decisão do papa Paulo VI, em 1964, as relíquias que ainda eram mantidas no Vaticano, que consistiam de um dedo, parte do topo do crânio e pequenos pedaços da cruz, foram enviadas de volta a Patras - onde são mantidas na Igreja de Santo André, num santuário especial, e reverenciados anualmente a 30 de novembro - gesto que foi visto como um gesto de reaproximação entre as igrejas Romana e Ortodoxa.




RELICÁRIO EM PATRAS




Uma tradição escocesa afirma que as relíquias teriam sido levadas para o país, mais especificamente a cidade que leva o seu nome, Saint Andrews; a bandeira da Escócia apresentaria a sua cruz, que, após a união da Escócia com a Inglaterra, também passaria a fazer parte da bandeira do Reino Unido.



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SANTA CATARINA VIRGEM E MÁRTIR DE ALEXANDRIA - PADROEIRA DOS ESTUDANTES, FILÓSOFOS E CONTRA ACIDENTES - 25 DE NOVEMBRO


PADROEIRA DOS ESTUDANTES, FILÓSOFOS, DOS QUE TRABALHAM COM RODAS, CONTRA ACIDENTES DE TRABALHO, E DAS MÃES QUE AMAMENTAM, UMA DOS 14 SANTOS AUXILIARES DA IDADE MÉDIA.









Catarina de Alexandria nasceu, no Egito por volta do final do século IV. De família nobre selêucida.









 
 Conversão

Em uma visão, Catarina foi transportada para o céu, encontrou-se com o menino Jesus e a Virgem Maria e, em êstase, casou-se misticamente com Cristo, convertendo-se ao Cristianismo. Ela tinha , na época, 18 anos de idade.


A Condenação

Foi então à "presença do imperador romano Maximino Trácio, que perseguia violentamente os cristãos, censurando-o por sua crueldade.

Apontou a limitação do imperador, por crer em falsos deuses, e afirmou que seu Deus era o único realmente vivo e o seu Rei era Jesus Cristo".

O imperador mandou prende-la no cárcere, até que viessem os 50 maiores sábios do mundo, e a humilhassem quanto à sua argumentação aparentemente simples.

Quando chegaram, os sábios riram-se do imperador, por tê-los convocado para contra-argumentar com uma simples garota.

Porém o imperador os advertiu que, se conseguissem convencê-la, ele os presentearia com os melhores bens do mundo, mas se não conseguissem, ele os condenaria à morte.

 Catarina foi tão plenamente sábia nas suas colocações e argumentos que mesmo diante desta ameaça, os sábios não conseguiram convertê-la aos ídolos.

Pelo contrário, vencidos pela eloqüência de Catarina, converteram-se ao cristianismo.

Frustrado, o imperador mandou prender e torturar Catarina na masmorra.







Visitada na prisão pela esposa do imperador e pelo chefe de sua guarda, Catarina os converteu, fazendo o mesmo com inúmeros soldados.

Mais enfurecido ainda, o imperador mandou assassinar os sábios e sua esposa, lançou os guardas aos leões no Coliseu" e condenou a Santa à morte lenta na roda (instrumento de tortura que mutilava e causava grande sofrimento.









Mas quando foram amarrar Catarina na roda, Catarina fez o sinal da cruz e a roda quebrou.

Ao determinar sua execução, apareceu-lhe o Arcanjo Miguel para conforta-la e Catarina rezava suplicando que em nome do seu martírio Deus ouvisse as orações de todos aqueles que a ele recorressem e tudo obtivessem por sua intercessão.

 Por fim, Catarina de Alexandria morreu decapitada mas ao invés de sangue saiu leite e por isso as mães que amamentam recorrem também a sua intercessão.






O corpo de Catarina desapareceu milagrosamente, sendo transportado por anjos para o topo de Jebel Katerina, o pico mais alto da península do Sinai.

Três séculos mais tarde, o seu corpo, incorrupto, foi encontrado por monges e levado para o Mosteiro da Transfiguração, onde algumas das suas relíquias e o seu nome ficaram até hoje.








 

Foi ouvindo a voz de Santa Catarina que Joana d'Arc encontrou a espada, que usaria em sua missão e mudaria a história da França. Junto de Santa Margarida e do Arcanjo São Miguel, era uma das vozes que falavam com ela e a instruíram na sua missão de salvar a França.









Santa Catarina é considerada padroeira dos estudantes, filósofos e professores e também invocada pelos que trabalham com rodas e contra acidentes de trabalho.

No Brasil, é a padroeira principal do Estado e da Ilha de Santa Catarina e co-padroeira da Catedral metropolitana de Florianópolis.


Em 1969, a Igreja Católica eliminou do Calendário Litúrgico Universal a celebração do dia 25 de novembro, em memória de seu martírio, em função da falta de evidências históricas de sua existência.

Essa retirada foi mal interpretada como uma cassação, pois Santa Catarina de Alexandria continua a ser legitimamente venerada nos calendários particulares das dioceses e paróquias.

As razões da atual revisão histórica são:

a) a descoberta de afrescos dos séculos IX e VIII, em Roma e Nápolis, com a identificação de seu nome Ekaterina;

b) diante dessa descoberta hoje não é mais possível afirmar que seu culto começou apenas à época dos cruzados;

 c) devemos salientar o princípio de que não é o documento que está na origem do culto e que não parece científico negar sua historicidade a partir do argumento de escassez documental;

 d) devemos também frisar a distinção hermanêutica entre o núcleo histórico e legendário nas narrativas;

e) por fim, é mister refletir que entre as mártires de historicidade comprovada na perseguição de Maximino, a Tradição cristã, por circunstâncias não bem esclarecidas, pouco a pouco declinou o nome Catarina.

 Recentemente o Papa Bento XVI recolocou sua memória no calendário litúrgico, mas como memória facultativa.











SANTA BÁRBARA E SANTA CATARINA
ESSAS SANTAS ERAM MUITO INVOCADAS
NA IDADE MÉDIA,
PELA QUANTIDADE DE MILAGRES
QUE LHE ATRIBUÍAM.




AOS PÉS DE SANTA CATARINA ,
UM HOMEM REPRESENTA
SUA VITÓRIA SOBRE O PAGANISMO
E OS FILÓSOFOS
QUE TENTAVAM VENCÊ-LA EM DISPUTA.






Ó DEUS,
ATENDEI NOSSA ORAÇÃO PARA QUE,
RECORDANDO AS VIRTUDES DA VIRGEM E MÁRTIR
SANTACATARINA,
MEREÇAMOS PERMANECER E CRESCER
SEMPRE MAIS NO VOSSO AMOR.











Proteção contra acidentes



Ó Santa Catarina,
vós quebrastes a roda da engrenagem das mãos dos torturadores
 e por isto sois invocada como protetora contra os acidentes;
eu vos peço, protegei-me de todo e qualquer acidente.

Acidentes de trânsito, acidentes com arma de fogo,
acidentes de quedas e tombos, acidentes a pé e a cavalo,
 acidentes com instrumentos de trabalho,
acidentes com venenos e agrotóxicos,
 acidentes com máquinas e explosivos,
acidentes de mordidas de cobras ou aranhas,
acidentes em casa, na estrada, na roça,
no campo ou no mato.

Protegei meu corpo de todo e qualquer perigo
que a cada instante estou sujeito a enfrentar.
 Defendei também a minha alma
contra os perigos espirituais, que são tantos, em toda parte.

 Santa Catarina,
protegei-me e salvai-me.

Amém !



Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai









Auxílio aos estudantes


Santa Catarina de Alexandria,
 que tivestes uma inteligência abençoada por Deus,
abre a minha inteligência,
faze entrar na minha cabeça as matérias de aula,
dá-me clareza e calma na hora dos exames,
 para que possa ser aprovado(a).

Eu quero aprender sempre mais,
não por vaidade,
nem só para agradar aos meus familiares e professores,
mas para ser útil a mim mesmo, a minha família,
 à sociedade e à minha Pátria.

Santa Catarina de Alexandria, conto contigo.
Conta também tu comigo.
 Eu quero ser um(a) bom(a) cristão(a)
 para merecer a tua proteção.
Amém



CATARINA REPRESENTADA
NA CENA DO JUÍZO FINAL
NA CAPELA SISTINA





CATARINA ERA UMA JOVEM CRISTÃ DE 18 ANOS,
MUITO BEM INSTRUÍDA NAS COISAS DA FILOSOFIA E DA RELIGIÃO.


Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela.
 Esta segunda condição embargou
que se apresentasse qualquer pretendente.



"Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado",
disse-lhe o ermitã
o Ananias, que tinha revelações.
Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão.

"Gostas tu d'Ele?", perguntou Maria.

 -"Oh, sim".

-"E tu, Jesus, gostas dela?"

 -"Não gosto, é muito feia".
Catarina foi logo ter com Ananias:

"Ele acha que sou feia", disse chorando.

 -"Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada",
 respondeu o eremita.








Este instruiu-a sobre as verdades da fé,
 batizou-a
e tornou-a humilde;








Depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela,
a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo;

 foi isto que se ficou chamando desde então
o "casamento místico de Santa Catarina".






CENA DO CASAMENTO MÍSTICO DE CATARINA




A DISPUTA DE SANTA CATARINA
COM OS FILÓSOFOS. 




SANTA CATARINA REFUTA OS ÍDOLOS
NA DISPUTA COM OS FILÓSOFOS.






SANTA CATARINA SENDO TORTURADA
NA MASMORRA








Visitada na prisão pela esposa do imperador
 e pelo chefe de sua guarda,
Catarina os converteu,
fazendo o mesmo com inúmeros soldados.











Conta a lenda ,
 que após sua morte, 
o corpo de Catarina desapareceu milagrosamente,
sendo transportado por anjos
 para o topo de Jebel Katerina,
 o pico mais alto da península do Sinai.








Ó DEUS,
QUE DESTES A LEI A MOISÉS NO ALTO DO MONTE SINAI,
E QUE MILAGROSAMENTE
COLOCASTES NESSE MESMO LUGAR,
POR INTERMÉDIO DOS ANJOS,
 O CORPO DA BEM-AVENTURADA CATARINA,

FAZEI QUE,
PELOS SEUS MERECIMENTOS E INTERCESSÃO,
POSSAMOS SUBIR TAMBÉM ÀQUELE MONTE QUE É JESUS CRISTO,
QUE CONVOSCO VIVE E REINA.





ADOREMOS O CORDEIRO
A QUEM AS VIRGENS SEMPRE SEGUEM.




A VIRGEM FIEL,
HÓSTIA PURA OFERTADA,
JÁ SEGUE O CORDEIRO POR NÓS IMOLADO.






OUVI NOSSAS ORAÇÕES,
SENHOR,
E PELA INTERCESSÃO DA VOSSA BEM-AVENTURADA
VIRGEM E MÁRTIR CATARINA,
TENHAMOS ASSEGURADO ETERNAMENTE
A VOSSA PROTEÇÃO.
POR NOSSO SENHOR.


 



Ó VIRGEM SÁBIA E VIGILANTE,
JÁ BRILHAIS NA ETERNA GLÓRIA COM JESUS,
 O ETERNO VERBO,
VOSSO ESPOSO IMACULADO.







SENHOR,
DAI-NOS PROTEÇÃO CONTÍNUA
CONTRA TODOS OS ACIDENTES,
NÓS VOS PEDIMOS,
NA FESTA DA VOSSA BEM-AVENTURADA
VIRGEM E MÁRTIR CATARINA,
QUE PELO PODER DA ORAÇÃO DESTRUIU A RODA DE NAVALHAS,
E PELA QUAL
ESPERAMOS SER PROTEGIDOS.
POR CRISTO SENHOR NOSSO.






ÍCONE REPRESENTANDO A VIDA DE CATARINA MÁRTIR.





SANTA CATARINA, LIVRAI-NOS DOS ACIDENTES!
SANTA CATARINA, ILUMINAI A NOSSA MENTE!
SANTA CATARINA, PROTEGEI AS MÃES QUE AMAMENTAM!
SANTA CATARINA, ORAI POR TODOS NÓS!






























terça-feira, 23 de novembro de 2010

NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO- 21 DE NOVEMBRO



Nossa Senhora da Apresentação é uma das denominações dadas a Nossa Senhora.

Essa denominação foi criada em 1571, quando foi instituída a Festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo de Jerusalém, através de seus pais, Joaquim e Ana.








Tudo que sabemos da apresentação de Nossa Senhora no templo, sabemo-lo por lendas e informações extra-bíblicas (principalmente pelo proto-Evangelho de Tiago), o que não quer dizer que o assunto da festa careça de probabilidade histórica.

 Segundo uma piedosa lenda, Maria Santíssima, tendo apenas três anos de idade, foi pelos pais, em cumprimento de uma promessa, levada ao templo, para ali, com outras meninas, receber educação adequada à sua idade e posição.

Num dia 21 de Novembro, seus pais a levaram para ser educada no Templo de Jerusalém, conforme uma promessa de Ana, mesmo que não morasse com outras meninas e se alimentasse com uma comida trazida pelos Anjos. Conta-se que para subir ao templo haviam 15 degraus, que ela subiu sem ajuda de ninguém.








A Igreja oriental distinguiu este fato com as honras de uma festa litúrgica.

A Igreja ocidental conhece a comemoração da Apresentação de Nossa Senhora desde o século VIII.

Estabelecida primeiramente pelo Papa Gregório XI, em 1372, só para a corte papal, em Avignon, em 1585, Sixto V ordenou que fosse celebrada em toda a Igreja.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.







A PADROEIRA DA CAPITAL DO RIO GRANDE DO NORTE,  NATAL.



Nossa Senhora da Apresentação é a denominação dada a Nossa Senhora do Rosário na cidade de Natal. Ela é a santa padroeira da cidade. Recebeu esse nome por ter sido encontrada nas águas do Rio Potenji no dia da Apresentação de Maria ao Templo de Jerusalém.

Em 21 de novembro de 1753, um grupo de pescadores encontrou um caixote de madeira encalhado em umas rochas na margem direita do Rio Potengi, na frente da Igreja do Rosário, na atual Pedra do Rosário, em Natal, no Rio Grande do Norte.

Dentro do caixote, havia uma imagem de Nossa Senhora do Rosário e uma mensagem: Aonde esta imagem aportar nenhuma desgraça acontecerá.






Pedra do Rosário
Trata-se do local onde encalhou um caixote contendo a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira de Natal, no dia 21 de novembro de 1753. Localiza-se às margens do Rio Potengi, e bem próximo encontra-se a igreja de Nossa Senhora do Rosário. É o templo mais antigo da cidade. Apesar disso, ela não sofreu grandes alterações ao longo do tempo. As paredes internas do templo foram, há poucos anos, revestidas por uma barra de azulejos.







 Os pescadores avisaram sobre a descoberta ao Vigário da Paróquia, Pe. Manoel Correia Gomes, que se dirigiu ao local e logo reconheceu que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora do Rosário.

Porém, como o dia 21 de novembro é o dia da Apresentação de Maria ao Templo de Jerusalém, a santa foi batizada como Nossa Senhora da Apresentação e proclamada Padroeira da Cidade de Natal.















 
A antiga Catedral de Natal, atual Igreja de Nossa Senhora da Apresentação, localiza-se na Praça André de Albuquerque. Lá, no dia 25 de dezembro de 1599, foi celebrada a primeira missa na cidade, pelo padre Gaspar Moperes.

Letra

Tu quiseste um dia trazer alegria ao nosso cantar. / E vieste Maria com Jesus nos braços, nas ondas do mar... / Pescadores te acharam, com amor te acolheram, Ó Mãe sem igual! / Entre o Potengi e as águas tranqüilas do mar de Natal!


Escolhestes, por amor, nossa terra prá aqui, vir morar... / Virgem Mãe do Senhor a teus pés nós viemos rezar.


Vinte e um de novembro, o dia feliz de tua aparição, / e nós te festejamos, ó Nossa Senhora da Apresentação. / Hoje a felicidade traz toda a cidade à tua Catedral. / Prá louvar-te Maria, que escolheste um dia teu trono em Natal.


Escolhestes, por amor, nossa terra prá aqui, vir morar... / Virgem Mãe do Senhor a teus pés nós viemos rezar.


Tens na fronte a coroa, Rainha da Paz do amor e do perdão... / És a Mãe terna e boa, / Rainha que reina com o terço na mão. / Teu olhar de bondade, onde a serenidade, nos dá proteção. / Tens Jesus em teus braços, és Nossa Senhora da Apresentação.


Escolhestes, por amor, nossa terra prá aqui, vir morar... / Virgem Mãe do Senhor a teus pés nós viemos rezar.








 













SANTA ISABEL DA HUNGRIA





Santa Isabel da Hungria e da Turíngia, OFS (Pressburgo(?), 7 de Julho de 1207 - Marburgo, 17 de Novembro de 1231), filha de André II da Hungria e da rainha Gertrudes de Andechs-Meran, descendente da família dos condes de Andechs-Meran.

 
Do lado materno, era sobrinha de Santa Edwiges, tia das santas Cunegundes (Kinga) e Margarida da Hungria e tia-avó de Santa Isabel de Portugal e do lado paterno prima de Santa Inês de Praga.

Casara-se com o Duque Ludwig da Turíngia, filho do Landgrave Hermano I e de Sofia da Bavária, soberano de um dos feudos mais ricos do Sacro Império Romano-Germânico.

O noivado foi realizado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, capital do Ducado da Turíngia, quando Isabel tinha apenas 4 anos e Luís 11.
Os dois príncipes tiveram três filhos e realmente se apaixonaram e viveram uma grande e intensa história de amor, num matrimônio exemplar, que atraiu sobre Isabel os ciúmes de sua sogra, a duquesa Sofia e demais parentes do esposo.

Foi fortemente influenciada pela espiritualidade franciscana, cuja ordem surgiu naquela época.

Quis viver uma pobreza voluntária total, no que foi desaconselhada pelo seu diretor espiritual, Conrado de Marburgo, que a aconselhou a viver as virtudes do seu estado.
Dela conta-se que certa vez, quando levava algumas provisões para os pobres nas dobras de seu manto, encontrou-se com seu marido, que voltava da caça.

Espantado por vê-la curvada ao peso de sua carga, ele abriu o manto que ela apertava contra o corpo e nada mais achou do que belas rosas vermelhas e brancas, embora não fosse época de flores. Dizendo-lhe que prosseguisse seu caminho, apanhou uma das rosas, que guardou pelo resto de sua vida.






 
Em outra situação, avisado pela mãe de que a esposa havia acolhido um leproso sobre o próprio leito, Ludwig correu para lá, mas os olhos de sua alma se abriram e ele contemplou uma imagem de Cristo Crucificado.










Ludwig apaoiava e auxiliava a amada esposa em suas grandes obras de caridade.

 Porém, tamanha prodigalidade para com os pobres irritava os seus cunhados, os príncipes Henrique e Conrado da Turíngia.
Ao partir para as cruzadas acompanhando o imperador Frederico II, Ludwig faleceu de peste em Otranto, o que causou enorme dor em Santa Isabel, que recebera a notícia da morte em outubro, após o nascimento da terceira filha, Gertrudes.

Esta dor, entretanto, foi ainda acrescida de maiores agruras, quando seus cunhados, livres do temor que nutriam pelo irmão mais velho, expulsaram-na do castelo com seus filhos, em pleno inverno, sem dinheiro e sem mantimentos e ainda proibindo o povo de agasalhá-la e a seus filhos.
Resgatada mais tarde por sua tia Matilda, Abadessa do Convento Cisterciense de Ktizingen, Isabel preferiu confiar a seus parentes a educação dos três filhos - Hermano, Sofia e Gertrudes - e quis tomar o hábito da Ordem Terceira de São Francisco, junto de suas duas fiéis damas de companhia Jutta e Isentrude.

Seu confessor, Mestre Algum tempo depois, entretanto, os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque da Turíngia à cruzada voltaram, trazendo seu corpo.

Corajosamente enfrentaram os Príncipes, irmãos do duque falecido e exprobaram-lhes a crueldade praticada contra a viúva de seu próprio irmão e contra seus sobrinhos.









Os príncipes não resistiram às palavras dos cavaleiros e pediram perdão a Santa Isabel e a restauraram em seus bens e propriedades.
Mestre Conrado de Marburgo a orientou numa vida de renúncia (não sem ele mesmo impor-lhe uma rígida e sufocante disciplina que precisou da intervenção dos amigos para ser abrandada) e ela usou parte de sua fortuna para construir um Hospital em honra a São Francisco de Assis em Marburgo.

Nesta época de sua vida, a santidade de Isabel manifestou-se de forma extraordinária e seu nome tornou-se famoso em todas as montanhas da Alemanha.

Dizia-se que São João Batista vinha lhe trazer pessoalmente a comunhão e que inúmeras vezes ela foi visitada pelo próprio Jesus Cristo e pela Virgem Maria, que a consolavam em seus sofrimentos.

Uma de suas amigas depôs no processo de canonização que surpreendeu várias vezes a santa elevada no ar a mais de um metro do chão, enquanto contemplava o Santíssimo Sacramento absorta em êxtase contemplativo.









Perguntada certa vez sobre que fim queria dar à herança que lhe pertencia disse: "Minha herança é Jesus Cristo!"
Henrique ficou como Regente de ducado durante a menoridade do sobrinho mais velho, o novo Duque soberano, porém Isabel preferiu viver na pobreza absoluta, o que muito desejava, retirou-se primeiro para Eisenach, depois para o Castelo de Pottenstein e, finalmente para uma modesta residência em Marburgo onde às suas expensas mandou construir o Hospital de Marburgo, ingressou na Ordem Terceira Franciscana e aí, em Marburgo prestou assistência direta aos pobres e doentes, onde veio a falecer poucos anos depois, em 1231, com apenas 24 anos.

 Foi sepultada com grandes honras.








Na Alemanha, também seu marido Ludwig e sua filha Gertrudes são honrados como santos.
Dela disse o Cardeal Ratzinger Arcebispo de Munique, actual Papa Bento XVI:

O que fez foi realmente viver com os pobres. Desempenhava pessoalmente os serviços mais elementares do cuidado com os doentes:

lavava-os, ajudava-os precisamente nas suas necessidades mais básicas, vestia-os, tecia-lhes roupas, compartilhava a sua vida e o seu destino e, nos últimos anos, teve de sustentar-se apenas com o trabalho das suas próprias mãos.(…)
Deus era real para ela. Aceitou-o como realidade e por isso lhe dedicava uma parte do seu tempo, permitia que Ele e sua presença lhe custassem alguma coisa.

E como tinha descoberto realmente a Deus, e Cristo não era para ela uma figura distante, mas o Senhor e o Irmão da sua vida, encontrou a partir de Deus o ser humano, imagem de Deus. Essa é também a razão por que quis e pôde levar aos homens a justiça e o amor divinos. Só quem encontra a Deus pode também ser autenticamente humano.

(Da homilia na igreja de Santa Isabel da Hungria de Munique, em 2 de dezembro de 1981).







 

Foi canonizada pelo Papa Gregório IX em 1235. Por ocasião do VII Centenário do seu nascimento (20 de novembro de 2007) a Cidade do Vaticano fez uma emissão extraordinária de selo comemorativo do evento com 300.000 séries completas, com 10 selos por folha, no valor de €0,65 (65 cêntimos de Euro) por selo.

 
É padroeira da Ordem Franciscana Secular.

 
Sua festa litúrgica é celebrada dia 17 de Novembro.