segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SÃO GENARO OU SÃO JANUÁRIO - 19 DE SETEMBRO



 

São Genaro viveu no Século II. Sua piedade e ciência elevaram-no ao trono episcopal de Benevento (a uns 100 Km de Nápoles), ao qual ele aceitou somente sob ordem do Papa.

No tempo da perseguição de Diocleciano, São Genaro se multiplicava para sustentar a coragem dos cristãos e, ao mesmo tempo, exortá-los a enfrentar o martírio, se preciso fosse.

O prefeito daquela província ficou sabendo disso e o fez comparecer ao seu tribunal: “Ofereça incenso aos ídolos ou renuncie à vida”, disse-lhe ele.

Genaro respondeu: “Eu não posso imolar vítimas ao demônio”, respondeu o santo, eu que tenho a honra de sacrificar todos os dias ao verdadeiro Deus.”

Genaro passou do interrogatório à fornalha, de onde saiu são e salvo.

 Depois veio o suplício com os “unhas de ferro” (ou pregos), deixando o corpo do mártir em farrapos de carne e pele. Foi em seguida lançado na prisão:

Coragem”, disse ele aos seus companheiros, “combatamos generosamente contra o demônio. O Senhor me reuniu a vocês para que o pastor não seja mais separado de seu rebanho.”

No dia seguinte, Genaro e os outros mártires foram expostos às feras no anfiteatro de Pozzolo, na presença de uma multidão de gente.

Todos esses heróis de Cristo se muniam do sinal da Cruz; cantavam hinos, esperando que as presas dos leões permitissem às suas almas voarem para o Céu.

 As feras se acovardaram. Um prodígio! Leões e tigres se deitavam como cordeiros aos pés das vítimas e acariciavam aqueles que deviam devorar.










Genaro e seus companheiros foram, então, condenados a terem suas cabeças decepadas.

O suplício foi acompanhado por grandes milagres.








A um cristão idoso que lhe pedia um pedaço de sua veste como relíquia, ele prometeu o tecido que deveria servir para vendar-lhe os olhos; e como, após sua morte, o carrasco pisoteava a bandagem ensangüentada, dizendo ao mártir decapitado: “Leve esta bandagem àquele a quem você a prometeu”, a vítima obedeceu, e a bandagem, para o espanto de todos, surgiu entre as mãos do cristão idoso.

A história das relíquias de São Genaro é ainda mais extraordinária do que a da sua vida.

Pela intercessão de São Genaro, Nápoles foi libertada da peste, nos anos de 1497 e 1529; um menino foi ressuscitado ao ser tocado pela imagem do glorioso mártir; a cidade napolitana foi preservada inúmeras vezes de erupções do Vesúvio.




 Mas um milagre que se renova diversas vezes todos os anos, em épocas fixas é o célebre milagre da liquefação e da ebulição do sangue de São Genaro.





Este sangue é a grande celebridade de Nápoles, que o invoca como seu poderoso protetor.





MAIS UM POUCO SOBRE SÃO GENARO:


No Brasil, quando se fala em São Januário, se pensa logo no conhecido estádio de futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama. Seu nome oficial é Estádio Vasco da Gama, mas ficou conhecido como São Januário, por ter parte dele na rua São Januário. É o maior estádio de futebol privado do Rio de Janeiro.


Nós aqui, porém, vamos falar de São Januário ou San Gennaro.

Ele foi bispo de Benevento e é mártir tanto para a Igreja Católica Romana como para as Igrejas Católicas Ortodoxas.




Célebre patrono da cidade italiana de Nápoles, onde é conhecido como San Gennaro.

É festejado todos os 19 de setembro, quando se repete o milagre da transubstanciação (transformação) de seu sangue, armazenado num relicário.


O milagre de São Januário (San Gennaro)


São Januário nasceu em Nápoles, no ano 270 d.C. Nada se sabe ao certo sobre os primeiros anos de sua vida. Em 302 foi ordenado sacerdote, e por sua piedade e virtude foi escolhido, pouco depois, para Bispo de Benevento.

Sua caridade, infatigável zelo e solicitude pastoral desterraram de sua diocese a indigência, tendo ele socorrido a todos os necessitados e aflitos.


Quando em 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou em todo o Império cruel perseguição contra o Cristianismo, obrigando os fiéis a oferecer sacrifícios às divindades pagãs, nosso santo teve muitas ocasiões de manifestar o valor de seu zelo, socorrendo os cristãos, não só nos limites de sua diocese, mas em todas as cidades circunvizinhas.

Penetrava nos cárceres, estimulando seus irmãos na fé e perseverança final, alcançando também, naquela ocasião, grande número de conversões.

O êxito de seu apostolado não tardou a despertar atenção de Dracônio, governador da Campânia, que o mandou prender.


Diante do tribunal, São Januário foi reprovado pelo pró-consul Timóteo, que lhe apresentou a seguinte alternativa:


— “Ou ofereces incenso aos deuses, ou renuncias à vida”.


— “Não posso imolar aos demônios, pois tenho a honra de sacrificar todos os dias ao verdadeiro Deus” - respondeu com altaneria o santo, referindo-se à celebração eucarística.


Irado, o pró-consul ordenou que o santo Bispo fosse lançado imediatamente numa fornalha ardente.

Mas Deus quis renovar em favor de seu fiel servo o milagre dos três jovens israelitas, atirados também nas chamas, de que fala o Antigo Testamento.

São Januário saiu desta prova do fogo ileso, para grande surpresa dos pagãos.






O tirano, atribuindo o prodígio a artes mágicas, ordenou que São Januário e mais seis outros cristãos fossem conduzidos a Puzzoles, onde seriam lançados às feras na arena.


No dia marcado para o suplicio, o povo lotou o anfiteatro da cidade. No centro da arena.

São Januário encorajava os companheiros: “Ânimo, irmãos, este é o dia do nosso triunfo, combatamos com valor nosso sangue por Aquele Senhor, a quem devemos a vida”.






Mal terminara de falar foram libertados leões, tigres e leopardos famintos, que correram em direção às vítimas.

Mas, em lugar de despedaçá-las, prostraram-se diante do Bispo de Benevento e começaram a lamber-lhes os pés.







Ouviu-se então um grande murmúrio no anfiteatro, que reconhecia não existir outro verdadeiro Deus senão o dos cristãos.

Muitos pediram clemência.

 Mas o pró-consul, cego de ódio, mandou decapitar aqueles cristãos, sendo executada a ordem na praça Vulcânia, no dia 19 de setembro de 305.


Os corpos dos mártires foram conduzidos pelos fiéis às suas respectivas cidades.








Segundo relataram as crônicas, uma piedosa mulher recolheu em duas ampolas o sangue que escorria do corpo de São Januário, quando este era transportado para Benavento.


Os restos mortais do Bispo mártir foram transladados para sua cidade nata — Nápoles — em 432.

 No ano 820 voltaram para Benavento.

Em 1497 retornaram definitivamente para Nápoles, onde repousam até hoje, em majestosa Catedral gótica.

Aí se realiza o perpétuo sangue, que se dá duas vezes por ano, no sábado que antecede o primeiro domingo de maio aniversário da primeira transladação, e a 19 de setembro, festa do martírio do santo e no dia 16 de dezembro (dia em que Nápoles foi protegido da erupção do Vesúvio).

As datas da liquefação do sangue de São Januário são celebradas com grande pompa e esplendor.









As relíquias são expostas ao público, e se a liquefação não se verifica imediatamente, iniciam-se preces coletivas.
















Se o milagre tarda, os fiéis compenetram-se de que a demora se deve a seus pecados.

Rezam então orações penitenciais, como o salmo “Miserere”, composto pelo Santo Rei Davi.


Quando o milagre ocorre, o Clero entoa solene Te Deum, a multidão prorrompe em vivas. os sinos repicam e toda a cidade se rejubila.


Entretanto, sempre que nas datas costumeiras o sangue não se liquefaz, Isso significa o aviso de tristes acontecimentos vindouros, segundo uma antiga tradição nunca desmentida.


O sangue de São Januário está recolhido em duas ampolas de vidro, hermeticamente fechadas, protegido por duas lâminas de cristal transparente.








A ampola maior possui 60 cm cúbicos de volume; a menor tem capacidade de 25 cm cúbicos.

Em geral, o sangue endurecido ocupa até a metade da ampola maior; na menor, encontra-se disperso em fragmentos.









A liquefação do sangue produz-se espontaneamente, sob as mais variadas circunstâncias, independentemente da temperatura ou do movimento, o sangue passa do estado pastoso ao fluido e, até, fluidíssimo.

A liquefação ocorre da periferia para o centro e vice-versa.


Algumas vezes, o sangue liquefaz-se instantânea e inteiramente, ou, por vezes, permanece um denso coágulo em meio ao resto liquefeito.

 Alterar-se o colorido: desde o vermelho mais escuro até o rubro mais vivo.

Não poucas vezes surgem bolhas e sangue fresco e espumante sobe rapidamente até o topo da ampola maior.


Trata-se verdadeiramente de sangue humano, comprovado por análises espectroscópicas.


Há algumas peculiaridades, que constituem outros milagres dentro do milagre liquefação, há uma variação do volume: algumas vezes diminui e outras vezes aumenta até o dobro.

Varia também quanto à massa e quanto ao peso.


Em janeiro de 1991, o prof. G. Sperindeo utilizando-se, com o máximo cuidado, de aparelhos de alta precisão, encontrou uma variação de cerca de 25 gramas.

O peso aumentava enquanto o volume diminuía. Esse acréscimo de peso contraria frontalmente o princípio da conservação da massa (uma das leis fundamentais da Física) e é absolutamente inexplicável, pois as ampolas encontram-se hermeticamente fechadas, sem possibilidade de receber acréscimo de substâncias do exterior.


A notícia escrita mais antiga e segura do milagre consta de uma crônica do século XIV.

Desde 1659, estão rigorosamente anotadas todas as liquefações, que já perfazem mais de dez mil!


A relíquia de São Januário tem protegido Nápoles eficazmente contra a peste e as erupções do Vesúvio, distante da cidade apenas duas léguas e meia.

 Por ocasião de uma erupção em 1707, que ameaçava destruir Nápoles, o povo levou as ampolas em solene procissão até o sopé do vulcão; imediatamente a erupção cessou!


Em 1944, o Vesúvio expeliu lavas, cinzas, pedras e uma poeira arenosa, que alcançou grande altura.

 Foi sua última erupção. O vento levou essa poeira através do Mediterrâneo, a qual chegou a atingir a Grécia, a Turquia, a Espanha e o Marrocos. Nápoles permaneceu imune.


Supliquemos na data de hoje a este grande Santo Protetor, que salve não apenas Nápoles, mas a Itália e o mundo inteiro de um incêndio mil vezes pior do que o produzido por erupções vulcânicas.




















CATACUMBA DE SÃO GENARO


PINTURA NA CATACUMBA DE SÃO GENARO





PUSESTE-LHE , SENHOR, NA CABEÇA
UMA COROA DE PEDRAS PRECIOSAS:
PEDIU-VOS A VIDA,
E VÓS LHA CONCEDESTES, ALELUIA
SL 20, 4-5


OREMOS:
FAZEI , Ó DEUS ONIPOTENTE, QUE , PELA INTERCESSÃO
DO VOSSO BEM-AVENTURADO MÁRTIR SÃO GENARO,
SEJAMOS LIVRES DE TODAS AS CONTRARIEDADES NO CORPO ,
E PURIFICADOS NA ALMA DOS MAUS PENSAMENTOS.
POR CRISTO, NOSSO SENHOR.
AMÉM









RELICÁRIO DO SANGUE DE SÃO GENARO





Ó DEUS, QUE NOS CONCEDEIS A GRAÇA DE HONRARMOS O NASCIMENTO PARA O CÉU DOS VOSSOS SANTOS MÁRTIRES  GENARO E SEUS COMPANHEIROS,
SÓCIO,PRÓCULO, EUTÍQUIO E ACÚCIO, FAZEI COM QUE GOZEMOS DA SUA COMPANHIA NA ETERNA BEM-AVENTURANÇA.
POR NOSSO SENHOR.
AMÉM






SÃO GENARO, PROTETOR DE NÁPOLES, ORAI POR NÓS!







O MARTIROLÓGIO COMEMORA,
COMO SEUS COMPANHEIROS DE MARTÍRIO,
SÓCIO,PRÓCULO, EUTÍQUIO E ACÚCIO.







SÃO GENARO INTERCEDE PELA CESSAÇÃO DA PESTE EM 1656




QUEM DESPREZA A VIDA NESTE MUNDO
GUARDA-A PARA A ETERNIDADE.
JO. 12,25





MARTÍRIO DE SÃO GENARO



AMPOLA DO MILAGRE DE SÃO GENARO








































































































































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