quinta-feira, 2 de junho de 2011

SANTA CLOTILDE -Padroeira dos filhos adotivos, de seus pais, e contra maridos infiéis - 03 DE JUNHO



















Santa Clotilde (◊ 477 † 3 de Junho de 546), rainha dos francos, nasceu provavelmente em Lyons, e morreu em Tours.

 Filha do rei burgúndio Chilperico, foi esposa de Clóvis I.

Após morte do rei Gundovico, o reino da Borgonha foi dividido entre seus quatro filhos, com Chilperico reinando em Lyons, Gondebado em Viena, Godegisil em Genebra e Gondemar, cuja capital não é mencionada.

Chilperico e provavelmente Godegisil eram católicos, enquanto Gondebado professava o arianismo.






Clotilda foi educada religiosamente por sua mãe, Carretena, que, de acordo com Sidônio Apolinário e Fortunato de Poitiers, era uma mulher extraordinária.










Após a morte de Chilperico, Caretena parece ter fixado residência com Godegisil em Genebra, onde sua irmã, Sedeleuba (ou Crona), fundou a igreja de São Vítor, e tornou-se freira.

Foi logo depois da morte de Chilperico que Clóvis pediu e obteve a mão de Clotilde.



Do sexto século em diante, o casamento de Clóvis e Clotilde tornou-se tema de narrativas épicas, nas quais os fatos reais foram alterados e as várias versões encontradas estão entre os trabalhos de diferentes cronistas francos, como Gregório de Tours, Fredegar e no Liber Historiae.

Estas narrativas têm a característica comum a todos os poemas nupciais da poesia épica primitiva encontrada entre muitos povos germânicos.

Aqui bastará resumir as lendas e adicionar um breve relato dos fatos históricos.

Os poemas populares substituíram o rei Godegisil, tio e protetor de Clotilde, por seu irmão Gondebado, que era representado como perseguidor da jovem princesa.

Gondebado supostamente assassina Chilperico, atira sua esposa num poço com uma pedra amarrada ao pescoço, e exila suas duas filhas.

 Clóvis, ao ouvir sobre a beleza da jovem Clotilde, envia seu amigo Aureliano, disfarçado de mendigo, para visitá-la em segredo, dando-lhe um anel de ouro enviado por seu mestre.

 Ele então pede a mão da princesa a Gondebado.

Gondebado, temendo o poderoso rei dos francos, não ousa recusar o pedido, e Clotilde então acompanha Aureliano e sua escolta na sua jornada de retorno.

Eles se apressam para chegar a território franco, por Clotilde temer que Arédio, o dedicado conselheiro de Gondebado, no seu retorno de Constantinopla, para onde havia sido enviado em missão, influenciasse seu mestre a cancelar sua promessa.

Seus temores eram justificados.

Pouco tempo depois da partida da princesa, Arédio retornou e motivou Gondebado a se arrepender.

Tropas foram enviadas para trazer Clotilde de volta, mas era tarde: ela já se encontrava em solo franco.

 Os detalhes dessa narração são pura lenda. Comprova-se historicamente que a morte de Chilperico foi lamentada por Gondebado, e que Caretena viveu até 506: ela morreu "cheia de dias", diz seu epitáfio, tendo a alegria de ver suas crianças serem educadas na religião católica.

Aureliano e Arédio são personagens históricos, mas pouco se conhece deles.



Índice

1 Casamento

2 Pós-casamento

3 OUTRA NARRATIVA




Casamento




Clotilde, como esposa de Clóvis, logo adquiriu uma grande ascendência sobre ele, o que a ajudou a encorajá-lo a adotar a fé católica.






 Por muito tempo seus esforços foram inúteis, apesar do rei ter permitido o batismo de Ingomir, seu primeiro filho.

A criança morreu na sua infância, o que parece ter dado a Clóvis um argumento contra o Deus de Clotilde.

Mas apesar disso, a jovem rainha novamente obteve o consentimento de seu marido para o batismo do segundo filho, Clodomiro.

Assim o futuro do catolicismo já estava assegurado no reino franco.










Clóvis logo depois foi convertido sob circunstâncias altamente dramáticas, sedo batizado em Reims por são Remígio em 496.












Clotilde dessa forma se tornou o instrumento na conversão de toda uma nação, que foi por séculos líder da civilização católica.

 Clotilde deu à luz cinco filhos de Clóvis - Ingomir, que morreu na infância, os reis Clodomiro, Childeberto e Clotário e uma filha, também chamada Clotilde como sua mãe.

Pouco mais se conhece da rainha Clotilde durante a vida de seu marido, mas pode-se supor que ela intercedeu com ele, na época da sua intervenção na disputa entre os reis burgúndios, levando-o a apoiar a causa de Godegisil contra Gondebado.

A moderação mostrada por Clóvis nessa luta, onde, apesar de vencedor, ele não procurou usar a vitória em benefício próprio, assim como a aliança selada depois com Gondebado, foram sem dúvida devidas à influência de Clotilde, que deve ter visto a luta fraticida horrorizada.



 Pós-casamento




Clóvis morreu em Paris em 511, e Clotilde o sepultou no que era então Mons Lucotetius, na igreja dos apóstolos (depois de Santa Genoveva), que eles haviam construído juntos para servir de mausoléu.











 A posição de viúva dessa nobre mulher foi entristecida por experiências cruéis.

Seu filho Clodomiro, genro de Gondebado, entrou em guerra contra seu primo Sigismundo, que havia sucedido Gondebado no trono da Borgonha, capturou-o, e o assassinou com sua esposa e filhos em Coulmiers, perto de Orleães.

 Clodomiro foi vencido e morto na batalha de Veseruntia (Vezeronce), em 524, por Godomar, irmão de Sigismundo.

Clotilde tomou sob seus cuidados os três filhos ainda crianças de Clodomiro, Teodoaldo, Gunther e Clodoaldo.

Childeberto e Clotário, no entanto, que dividiram entre eles a herançado seu irmão mais velho, não desejavam que as crianças vivessem, a quem eles depois teriam que prestar contas.

Através de um ardil eles retiraram as crianças da vigilância cuidadosa de sua mãe e assassinaram os dois mais velhos, com o terceiro escapando e se internando num mosteiro.



A tristeza de Clotilde era tão grande que Paris se tornou insuportável para ela, que se retirou para Tours, onde perto da tumba de São Martinho, de quem ela muito devota, ela passou o resto de sua vida em preces e boas ações.

Mas ainda havia experiências por viver.

 Sua filha Clotilde, esposa de Amalarico, rei visigodo, era cruelmente maltratada por seu marido, apelou pela ajuda de seu irmão Childeberto.

Ele foi resgatá-la e derrotou Amalarico em batalha, na qual Amalarico foi morto.

 Clotilde a filha, no entanto, morreu na jornada de retorno, exaurida pelos sofrimentos a ela impostos.

Finalmente, como se para coroar o longo martírio de Clotilde, seus dois filhos sobreviventes, Childeberto e Clotário, iniciaram uma disputa, e entraram em guerra.

Clotário, perseguido por Childeberto, que havia se unido a Teodeberto I, filho de Teodorico I, se refugiou nas florestas de Brotonne, na Normandia, onde ele temeu que seu exército seria exterminado pelas forças superiores de seus adversários.






Então, segundo Gregório de Tours, Clotilde se prostou de joelhos diante da tumba de São Martinho, suplicando-lhe durante toda uma noite que não permitisse outro fraticídio à aflita família de Clóvis.











Repentinamente uma tempestade horrorizante apareceu e dispersou os dois exércitos que estavam a ponto de entrar em batalha; Assim, ainda segundo o cronista, o santo respondeu às preces da mãe aflita.

Rica em virtudes e boas ações, após uma viuvez de trinta e quatro anos, durante os quais ela viveu mais como religiosa que como rainha, ela morreu e foi sepultada em Paris, na igreja dos apóstolos, ao lado de seu marido e filhos.



OUTRA NARRATIVA:
 
 
 
 
 
 
Nasceu em Lion na França em 474 e foi a matriarca de uma família de santos.
 
 Sua bisneta foi Santa Bertha e seu neto foi São Clodoaldo e ela converteu seu marido o Rei Clovis ao cristianismo.











Ela era neta do Rei Chilperic de Burgundy e nasceu quando da queda do império romano.

 Toda a Europa ocidental estava tomada pelos bárbaros e as catedrais e monastérios eram a única influencia da civilização ainda existente.

Cerca dos anos 492, Clotilde casou-se com Clovis, Rei dos Francos que foi atraído pela sua beleza e sabedoria.

De acordo com São Gregório de Tours, ela foi o elo para levar o seu marido para o cristianismo, e expandir a influencia o cristianismo na época.

Mas quando o seu primeiro filho morreu logo após o batismo, o Rei Clovis fez uma indevida conexão entre o batismo e a sua morte e foi preciso grande luta e sabedoria de Santa Clotilde para convence-lo do contrário.

Finalmente ele foi convencido, quando ela fez com que ele orasse antes da difícil batalha de Alemanni, a qual ele venceu com facilidade.






Após a vitoria, ele cumpriu a promessa feita a Clotilde de ser batizado.

Após o batismo de Clovis, no natal de 496, segundo o Bispo São Remigio, a igreja católica pôde olhar para o norte e oeste.








Mais tarde Clovis e Clotilde juntos, construíram a Igreja dos Apóstolos hoje chamada de Igreja de Saint Genevieve (Santa Genoveva) em Paris, onde Santa Clotilde foi enterrada.

De maneira incrível suas relíquias sobreviveram a revolução francesa e podem ainda serem encontradas na igreja de Saint-Leu em Paris.








 igreja de Saint-Leu em Paris e Igreja de Saint Genevieve abaixo. 































Após a morte de seu marido, o Rei Clovis, ela colocou seu filho no monastério em Versailhes e se retirou para Saint Martin de Tours.
Lá ela passou o resto de sua vida a cuidar dos pobres e dos doentes e construiu igrejas, capelas, monastérios e hospitais para pobres.








A tradição diz que as igrejas de Laon, Andelys e Rouen teriam sido construídas por ela.






Segundo a tradição, Santa Clotilde faleceu no dia 3 de junho de 545, na presença de seus dois filhos.

Quando veio a falecer, uma luz brilhante e um perfume forte de incenso encheram o quarto.

Seu túmulo passou a ser local de romaria e vários milagres são creditados a sua intercessão.

Na arte litúrgica da Igreja, Santa Clotilde é mostrada com as roupas de rainha com um escudo com as flores de lys.

Ela é ainda mostrada batizando o Rei Clovis ou como suplicante no Santuário de São Martin ( Saint Martin é o santo mais famoso e com mais devotos da França), ou ainda segurando uma torre.

Ela é padroeira dos filhos adotivos, dos pais de filhos adotivos e contra maridos infiéis.



Sua festa é celebrada no dia 3 de junho.




 
 


ALTAR DA BASÍLICA DE SANTA CLOTILDE, NA FRANÇA.





CATEDRAL DE REIMS,
ONDE CLOVIS FOI BATIZADO POR SÃO REMÍGIO

EM PRESENÇA DE CLOTILDE



PLACA NA CATEDRAL
COMEMORANDO O LUGAR ONDE CLOVIS FOI BATIZADO










CLOTILDE AJUDANDO POBRES






CLOTILDE REZANDO
 DIANTE DO TÚMULO DE  SÃO MARTINHO



BATISMO DE CLOVIS




CLOTILDE DANDO ESMOLAS




EM ORAÇÃO


BATISMO
















Oração a Santa Clotilde
Para afastar dificuldades, aflições e situações embaraçosas ou perigosas

Em nome do Pai + do Filho + do Espírito Santo.
Meu Deus e meu Pai, depois de haverdes inflamado o coração de Santa Clotilde no zelo pela propagação da fé em Jesus Cristo, concedestes a essa santa rainha de França o poder de com suas orações praticar milagres.
Pelos méritos de Santa Clotilde, concedei-nos, Senhor o consolo e o remédio a todos nossos males, aflições, tristezas, embaraços e perigos.
Dignai-Vos confirmar-nos, na Vossa Fé, até ao fim de nossa existência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Assim seja.

















BATISMO DE CLOVIS


A VISÃO DE CLOVIS



BASÍLICA DE SANTA CLOTILDE, FRANÇA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 











































2 comentários:

  1. Também me chamo Clotilde, e tenho 2 filhos adotivos.Só mais tarde vim a saber que ela é padroeira dos mesmos!

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  2. Também me chamo Clotilde, e tenho 2 filhos adotivos.Só mais tarde vim a saber que ela é padroeira dos mesmos!

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