Primeiro mártir dominicano, também conhecido como Pedro Mártir
O dia de sua festa, pelo que pesquisei, em alguns calendários é 06 de abril, em outos 29 de abril.
No domingo, 5 de abril de 1252, ( essa data é muito variá el, já li textos que dizem que foi no dia 29, outros no dia 6 de abril, o que não sei com certeza) dois frades dominicanos viajavam pela estrada que liga as cidade de Como e Milão, na Itália.
Enquanto
caminhavam, iam rezando o Saltério.
De repente, saindo da mata, dois
homens os atacaram, desferindo sobre um deles terrível golpe de maça.
O
frade caiu por terra e, lentamente, molhando dois dedos no próprio
sangue, escreveu no chão: “CREDO”.
Mal tinha acabado a escrita, cravaram-lhe um punhal no coração.
Morto o grande inimigo de sua seita – seita dos cátaros ou maniqueus – os dois hereges lançaram-se sobre o outro dominicano que, de joelhos, rezava, matando-o no mesmo instante.
Esses frades assassinados tão
barbaramente eram dois filhos espirituais de São Domingos.
Um deles,
Pedro de Verona, o Inquisidor-mor de toda a Itália, era tão grande
pregador e polemista, que os hereges tinham sido obrigados a proibir
seus correligionários de ouvi-lo devido ao número de conversões; o
outro, era seu companheiro, Frei Domingos.
São
Pedro de Verona tinha tal fama de santidade, que foi canonizado no
mesmo ano de sua morte.
Sua festa era comemorada no dia 4 de abril, atualmente dia 6 de abril.
Sua festa era comemorada no dia 4 de abril, atualmente dia 6 de abril.
Nada
pode ser mais favorável para a formação de um Santo do que um lar
verdadeiramente cristão, pois de uma árvore má não pode sair um bom
fruto. Mas a Providência pode abrir exceções a essa regra, e muitas
vezes abre. Foi o que sucedeu com São Pedro de Verona, filho de pais
hereges maniqueus.
Como
nota um biógrafo seu, “parece que havia nascido com uma aversão natural
pelas máximas desta abominável seita e a todos que pretendiam
encaminhá-lo a ela. Prevenido por uma graça
oculta, igualmente desprezava, mesmo antes do uso da razão, os afagos,
carícias, solicitações bem como as ameaças, golpes e maus tratos dos que
desejavam, com a maior ânsia, instruí-lo desde cedo nos elementos de
sua heresia”.
Como os hereges não tinham escolas na cidade, o pai enviou-o a
um professor católico para aprender as primeiras letras.
Este semeou no coração do pequeno Pedro, ávido das verdades eternas, os fundamentos da única Religião verdadeira, a católica.
Certo dia, um tio herege dos mais fanáticos, encontrou-se com o menino que voltava
das aulas, e o interrogou sobre o que estava aprendendo.
Pedro
inflamou-se então na explicação do Símbolo dos Apóstolos (o Credo), que
refuta o erro fundamental daqueles hereges. Por mais que o tio
argumentasse, o menino defendia com ardor o que aprendera.
Preocupado,
o herege foi procurar o irmão e alertou-o no sentido de que, caso não
impedisse o menino de continuar a freqüentar as aulas, este estaria
perdido para a seita.
O pai de Pedro, seja por não ser dos mais
fanáticos maniqueus, supondo talvez que depois de adulto, ser-lhe-ia
mais fácil convencê-lo, deixou-o com o professor. E, mais tarde,
enviou-o à Universidade de Bolonha.
"Era
lastimável a corrupção de costumes que reinava entre a juventude
daquela Universidade. E é verossímil que isto mesmo movesse o pai de
Pedro a enviá-lo para lá, parecendo-lhe que, uma vez que a
licenciosidade de costumes lhe estragasse o coração, seria então fácil
apagar dele as impressões da doutrina católica”.
Foi
em Bolonha que Pedro tomou conhecimento de uma nova ordem de frades
pregadores e de seu fundador, Domingos de Gusmão, em cujo hábito, negro e
branco, estão refletidas as duas virtudes que ele mais amava: a
humildade e a pureza.
Apesar de ter apenas 16 anos, o adolescente
apresentou-se a São Domingos, que o admitiu incontinenti no noviciado.
O
noviço julgou seu dever domar de vez todas as más inclinações, triste
herança dos pobres filhos de Eva, por uma mortificação espantosa.
Praticamente não comia, pouco dormia, e retalhava o corpo com flagelações.
Em pouco tempo seu organismo ressentiu-se e ele foi atacado
por mortal doença. Mas uma milagrosa intervenção divina salvou-lhe a
vida.
Após sua profissão religiosa, Frei Pedro dedicou-se com afinco
aos estudos, tornando-se capaz de, em pouco tempo, receber a ordenação
sacerdotal e “de subir no púlpito, de atacar os hereges, e de parecer
nas mais belas ocasiões para a defesa e sustentáculo da Igreja. Ele se
comportava com tanto zelo que, segundo os termos de Santo Antonino,
todas suas ações pareciam animadas de uma muito viva fé e ardente
caridade”.
Desde sua ordenação, Frei Pedro pedia sempre no Santo Sacrifício da Missa a graça de derramar seu sangue pela Fé.
Começou então a parte verdadeiramente extraordinária de sua vida, que tem poucas similares na História da Igreja.
Com um dom especial para mover os corações mesmo dos pecadores mais endurecidos e dos hereges, sua pregação era acompanhada de
milagres portentosos. O que convertia muitos, para desespero do inimigo
infernal que procurava de todos os modos impedi-lo de falar.
Certa
vez pregava ele na praça do mercado de Florença, pois não havia igreja
suficientemente grande na cidade para conter a multidão que fora
ouvi-lo.
De repente, surgiu um enorme corcel negro, correndo a toda brida em direção aos ouvintes, parecendo disposto a esmagar tudo que encontrasse pela frente.
O Santo, com o Sinal da Cruz, dissipou como fumaça esse fantasma feito pelo demônio.
De repente, surgiu um enorme corcel negro, correndo a toda brida em direção aos ouvintes, parecendo disposto a esmagar tudo que encontrasse pela frente.
O Santo, com o Sinal da Cruz, dissipou como fumaça esse fantasma feito pelo demônio.
De outra feita, depois de uma pregação, um rapaz pediu para se confessar.
Acusou-se de ter dado um pontapé em sua mãe.
Frei Pedro repreendeu-o severamente, dizendo-lhe que por esse ato ele merecia ter o pé decepado.
O infeliz ficou compungido, mas interpretou mal a admoestação do Santo, pois chegando em casa, cortou o pé. Houve um vozerio contra Frei Pedro, acusado de imprudência.
Este foi até a casa do penitente, pegou-lhe o pé decepado, e com uma bênção juntou-o de novo à perna!
Frei Pedro repreendeu-o severamente, dizendo-lhe que por esse ato ele merecia ter o pé decepado.
O infeliz ficou compungido, mas interpretou mal a admoestação do Santo, pois chegando em casa, cortou o pé. Houve um vozerio contra Frei Pedro, acusado de imprudência.
Este foi até a casa do penitente, pegou-lhe o pé decepado, e com uma bênção juntou-o de novo à perna!
Como
os líderes dos hereges estavam desesperados pelas perdas que sofriam,
um deles resolveu “desmascarar” o Santo.
“Eu vou, disse ele aos seus, fingir-me de doente, e aproximar-me-ei dele com a multidão; ele impor-me-á as mãos e dir-me-á que eu estou curado. Então eu declararei sua impostura”.
E fez isso. Frei Pedro, no entanto, disse-lhe: “Se estás doente, sejas curado; se não, fiques doente”.
No mesmo momento, o homem foi atacado por uma terrível febre, que o levou a um estado desesperador.
Confessando sua falta, pediu ao Santo que tivesse pena de sua alma e de seu corpo. Fez uma abjuração de seus erros e foi curado.
“Eu vou, disse ele aos seus, fingir-me de doente, e aproximar-me-ei dele com a multidão; ele impor-me-á as mãos e dir-me-á que eu estou curado. Então eu declararei sua impostura”.
E fez isso. Frei Pedro, no entanto, disse-lhe: “Se estás doente, sejas curado; se não, fiques doente”.
No mesmo momento, o homem foi atacado por uma terrível febre, que o levou a um estado desesperador.
Confessando sua falta, pediu ao Santo que tivesse pena de sua alma e de seu corpo. Fez uma abjuração de seus erros e foi curado.
Numa
outra ocasião um pseudo-bispo dos maniqueus desafiou o Santo para um
debate público.
Como o sol estava abrasador e ele não conseguia refutar os argumentos do Santo, para provocá-lo e desviar o assunto, disse-lhe: “Por que não pedes ao teu Deus que nos envie uma nuvem para nos proteger?”.
- “Fá-lo-ei da melhor vontade, respondeu o servo de Deus sem hesitar, se me prometeres abjurar tua heresia, caso vejas a oração ouvida”.
Isto foi aceito; então disse Frei Pedro: “Para conhecerdes todos, e confessardes à uma, que o nosso Deus, único onipotente é o criador das coisas visíveis e invisíveis, peço-Lhe, em nome de seu Filho Jesus Cristo, que nos envie uma nuvem para nos defender dos raios do sol”.
E ao fazer o sinal da Cruz, imediatamente apareceu no céu sereno uma nuvem amena que aliviou a todos.
Como o sol estava abrasador e ele não conseguia refutar os argumentos do Santo, para provocá-lo e desviar o assunto, disse-lhe: “Por que não pedes ao teu Deus que nos envie uma nuvem para nos proteger?”.
- “Fá-lo-ei da melhor vontade, respondeu o servo de Deus sem hesitar, se me prometeres abjurar tua heresia, caso vejas a oração ouvida”.
Isto foi aceito; então disse Frei Pedro: “Para conhecerdes todos, e confessardes à uma, que o nosso Deus, único onipotente é o criador das coisas visíveis e invisíveis, peço-Lhe, em nome de seu Filho Jesus Cristo, que nos envie uma nuvem para nos defender dos raios do sol”.
E ao fazer o sinal da Cruz, imediatamente apareceu no céu sereno uma nuvem amena que aliviou a todos.
A fama do grande taumaturgo precedia-o nas cidades, sendo ele
acolhido com o repicar dos sinos das igrejas.
Todos queriam receber sua bênção, vê-lo de perto, tocá-lo.
Foi mesmo necessário, em Milão, preparar uma cadeira portátil fechada, para protegê-lo da multidão em seus deslocamentos de um lugar para outro.
Mártir, apresentando ao centro cena de sua canonização, realizada na cidade de Perugia, em 1253, por Inocêncio IV - Basílica de São Estórgio, Capela Portinari, Milão (Milão)
Todos queriam receber sua bênção, vê-lo de perto, tocá-lo.
Foi mesmo necessário, em Milão, preparar uma cadeira portátil fechada, para protegê-lo da multidão em seus deslocamentos de um lugar para outro.
Mártir, apresentando ao centro cena de sua canonização, realizada na cidade de Perugia, em 1253, por Inocêncio IV - Basílica de São Estórgio, Capela Portinari, Milão (Milão)
São Pedro de Verona foi muito favorecido com visões celestes.
As virgens e mártires Santa Catarina, Santa Inês e Santa Cecília freqüentemente lhe apareciam, e tinham com ele familiar entretenimento.
Isso foi-lhe causa de uma grande provação, pois um dia um frade ouviu aquelas vozes femininas na cela do santo, e comunicou ao Superior.
Este, no capítulo, repreendeu Frei Pedro, que em vez de se defender, disse apenas: “Sou um grande pecador”, pois, em sua humildade, não queria que soubessem dos favores celestes que recebia.
Foi então relegado a um convento distante, com a proibição de sair e de pregar.
Certo dia, nessa reclusão forçada, Frei Pedro lamentou-se amorosamente diante de um Crucifixo, dizendo:
“E, então, meu Deus! Vós, que conheceis minha inocência, como podeis sofrer que eu permaneça tanto tempo na infâmia?”.
Nosso Senhor respondeu-lhe: “E eu, Pedro, não era inocente? Merecia os opróbrios e as dores com que fui acabrunhado no curso de minha Paixão? Aprende assim de mim a sofrer com alegria as maiores penas, sem ter cometido os crimes que te são imputados”.
Mas os superiores deram-se conta de seu erro e chamaram de volta o grande pregador.
“E, então, meu Deus! Vós, que conheceis minha inocência, como podeis sofrer que eu permaneça tanto tempo na infâmia?”.
Nosso Senhor respondeu-lhe: “E eu, Pedro, não era inocente? Merecia os opróbrios e as dores com que fui acabrunhado no curso de minha Paixão? Aprende assim de mim a sofrer com alegria as maiores penas, sem ter cometido os crimes que te são imputados”.
Mas os superiores deram-se conta de seu erro e chamaram de volta o grande pregador.
Em
1232 o Papa Gregório IX, que conhecia o zelo e a pureza de doutrina de
Pedro de Verona, nomeou-o Inquisidor-Geral da Fé.
Foi enviado então a Florença para examinar uma Ordem religiosa que estava surgindo, fundada por sete varões daquela cidade.
Graças a seu testemunho favorável, a Ordem dos Servos de Maria foi confirmada.
Foi enviado então a Florença para examinar uma Ordem religiosa que estava surgindo, fundada por sete varões daquela cidade.
Graças a seu testemunho favorável, a Ordem dos Servos de Maria foi confirmada.
Frei Pedro de Verona não combatia a heresia só com palavras mas “persuadiu
os católicos a se coligarem em uma espécie de cruzada para expulsar do
país todos os hereges; e, em menos de seis anos, logrou ver católica a
Toscana inteira”.
Ardor apostólico coroado com o martírio
|
Os hereges não se conformavam com o deperecimento de sua seita.
Assim, coligaram-se para exterminar aquele que tantos estragos fazia.
Por uma luz sobrenatural, São Pedro
conheceu que o momento de seu tão desejado martírio estava próximo.
E o disse a muita gente, por exemplo, a uma multidão de 10 mil pessoas que o ouviam em Milão, no Domingo de Ramos.
E o disse a muita gente, por exemplo, a uma multidão de 10 mil pessoas que o ouviam em Milão, no Domingo de Ramos.
No
sábado seguinte à Páscoa, como vimos, dirigia-se de Como, onde era
Prior, para Milão, quando foi martirizado aos 46 anos.
Como foi o primeiro mártir da Ordem Dominicana, é também conhecido como São Pedro Mártir, e foi imortalizado por seu irmão de hábito, o célebre Beato Fra Angélico, em várias pinturas.
Como foi o primeiro mártir da Ordem Dominicana, é também conhecido como São Pedro Mártir, e foi imortalizado por seu irmão de hábito, o célebre Beato Fra Angélico, em várias pinturas.
TÚMULO DE SÃO PEDRO MÁRTIR
DEUS ONIPOTENTE E MISERICORDIOSO,
DESTES A SÃO PEDRO DE VERONA SUPERAR AS TORTURAS DO MARTÍRIO. CONCEDEI QUE, CELEBRANDO O DIA DE SEU TRIUNFO, PASSEMOS INVICTOS POR ENTRE AS CILADAS DO INIMIGO, GRAÇAS À VOSSA PROTEÇÃO.
POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
VOSSO FILHO,
NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
AMÉM
Ó MARTIR DE DEUS, QUE SEGUINDO
O FILHO DIVINO, COM AMOR,
VENCESTE O PODER INIMIGO
E GOZAS NO CÉU VENCEDOR,
ROGAI POR NÓS!
"QUIS PERDER TODAS AS COISAS, PARA O CRISTO CONQUISTAR
E PARTILHAR SEUS SOFRIMENTOS, SENDO IGUAL NA MORTE A ELE."
Fl 3, 8-10
SÃO PEDRO PROTEGENDO UMA DEVOTA
SÃO TOMÁS DE AQUINO, SÃO FLAVIANO,
SÃO PEDRO MÁRTIR E SÃO VITO
SÃO NICOLAU DE BARI,
SÃO PEDRO MÁRTIR, AO CENTRO,
E SÃO BENTO.
SÃO TOMÁS DE AQUINO , SÃO PIO, SENTADO,
E SÃO PEDRO MÁRTIR