Senti verdadeira dificuldade em entender qual Santo se comemora hoje.
Há dois São Nicéforos , um foi mártir amigo do sacerdote Saprício, o outro foi Patriarca de Constantinopla, também considerado mártir.
Encontrei um site ,que afirma que a festa do mártir amigo de Saprício é 09 de março, mas muitos afirmam que é 13 de março, memsa data que encontrei mencionando Nicéforo , Patriarca de Constantinopla.
Na dúvida , colocarei aqui , a história dos dois:
SÃO NICÉFORO, PATRIARCA DE CONSTANTINOPLA:
Nicéforo I de Constantinopla (em grego: Νικηφόρος Α΄ - Nikēphoros I ) foi um escritor cristão durante do Império Bizantino e o patriarca de Constantinopla entre 12 de abril de 806 até 13 de março de 815.
Biografia
Nicéforo nasceu em Constantinopla e era filho de Teodoro e Eudóxia, uma família estritamente ortodoxa e que já havia sofrido antes durante o iconoclasma.
Seu pai, um dos secretários do imperador bizantino Constantino Coprônimo, já havia sido açoitado e banido para Niceia por seu apoio aos iconódulos e seu filho herdou todas as convicções religiosas dele.
Ainda assim, Nicéforo prestou serviços ao império, se tornando um secretário do gabinete e, sob a imperatriz Irene, tomou parte no sínodo de 787 como um comissário imperial.
Ele então se retirou para um claustro que havia sido fundado às margens do Propontis até ser designado como diretor da maior casa de abrigo para os pobres de Constantinopla por volta de 802 d.C.
Seu pai, um dos secretários do imperador bizantino Constantino Coprônimo, já havia sido açoitado e banido para Niceia por seu apoio aos iconódulos e seu filho herdou todas as convicções religiosas dele.
Ainda assim, Nicéforo prestou serviços ao império, se tornando um secretário do gabinete e, sob a imperatriz Irene, tomou parte no sínodo de 787 como um comissário imperial.
Ele então se retirou para um claustro que havia sido fundado às margens do Propontis até ser designado como diretor da maior casa de abrigo para os pobres de Constantinopla por volta de 802 d.C.
Com a morte do patriarca Tarásio e mesmo sendo ainda um leigo, ele foi escolhido como patriarca por desejo do imperador (na Páscoa, 12 de abril de 806).
A escolha incomum foi recebida com oposição pelo grupo estritamente clerical dos estuditas (do influente mosteiro de Stoudios) e ela se intensificou até se transformar num rompimento completo quando Nicéforo, em tudo um moralista muito rígido, se mostrou complacente às vontades do imperador ao reinstalar o excomungado padre José.
A escolha incomum foi recebida com oposição pelo grupo estritamente clerical dos estuditas (do influente mosteiro de Stoudios) e ela se intensificou até se transformar num rompimento completo quando Nicéforo, em tudo um moralista muito rígido, se mostrou complacente às vontades do imperador ao reinstalar o excomungado padre José.
Após algumas vãs disputas teológicas, em dezembro de 814 d.C., se
seguiram insultos pessoais. A primeira resposta de Nicéforo às
tentativas de derrubá-lo foi a excomunhão, mas ele acabou obrigado a
ceder à força e foi levado a um dos claustros que ele mesmo havia
fundado, o Tou Agathou, e depois para um outro chamado Tou Hagiou Theodorou.
De lá, ele iniciou uma polêmica literária pela causa dos iconódulos contra o sínodo de 815.
Quando houve a troca dos imperadores, em 820 d.C., ele novamente foi apresentado como candidato ao patriarcado, que, embora não tenha tido sucesso, ao menos conseguiu obter uma promessa de tolerância.
De lá, ele iniciou uma polêmica literária pela causa dos iconódulos contra o sínodo de 815.
Quando houve a troca dos imperadores, em 820 d.C., ele novamente foi apresentado como candidato ao patriarcado, que, embora não tenha tido sucesso, ao menos conseguiu obter uma promessa de tolerância.
Ele morreu no mosteiro de São Teodoro (Hagios Theodoros, atual Mesquita Vefa Kilise), reverenciado como confessor.
Seus restos mortais foram solenemente levados de volta para Constantinopla pelo patriarca Metódio I em 13 de março de 847 e enterrados na Igreja dos Santos Apóstolos, onde eles foram objeto de devoção imperial anual.
Sua festa é celebrada neste dia tanto na Igreja Ortodoxa quanto na Católica.
Os gregos observam ainda o dia 2 de junho como sendo o dia de sua morte.
Seus restos mortais foram solenemente levados de volta para Constantinopla pelo patriarca Metódio I em 13 de março de 847 e enterrados na Igreja dos Santos Apóstolos, onde eles foram objeto de devoção imperial anual.
Sua festa é celebrada neste dia tanto na Igreja Ortodoxa quanto na Católica.
Os gregos observam ainda o dia 2 de junho como sendo o dia de sua morte.
São Nicéforo, à esquerda.
Obras
Comparado com Teodoro Estudita, Nicéforo parece ser mais favorável à conciliação, conhecedor da patrística,
mais inclinado a tomar uma postura defensiva ao invés de uma ofensiva e
detentor de um estilo de vida comparativamente casto e simples. Ele era
moderado em suas regras monásticas e eclesiásticas e apartidário em seu
tratamento histórico do período entre 602 e 769 d.C. (Historia syntomos, breviarium), na qual ele se utilizou da crônica de Trajano, o Patrício.
As principais obras do patriarca foram seus três textos contra o iconoclasma:
- Apologeticus minor, provavelmente composto em 814 d.C., uma obra explicatória para leigos sobre a tradição a a primeira fase do movimento iconoclasta.
- Apologeticus major com os três Antirrhetici contra Constantino Coprônimo, uma obra completa sobre os dogmas da iconodulia, com uma extensa discussão e a refutação de todas as objeções feitas em obras adversárias, além de outras colhidas das obras dos Padres da Igreja;
- A terceira é uma refutação do sínodo iconoclasta de 815, publicado em Paris em 1904 (ed. Serruys)
Nicéforo segue o caminho de João Damasceno. Seu mérito é a profundidade e a meticulosidade com que ele traçou todas as provas literárias e tradicionais contra a veneração de imagens.
Suas detalhadas refutações tiveram muito uso pelo extenso conhecimento
que elas conferiam sobre os textos citados pelos adversários e da
literatura patrística.
Esticometria de Nicéforo
Suas tabelas da história universal (Chronographikon syntomon), com passagens extensas e contínuas, encontraram grande apreço entre os bizantinos e circularam também fora do império numa versão latina feita por Anastácio Bibliotecário, além de uma versão em eslavônico. A Chronographikon apresenta uma história universal desde o tempo de Adão e Eva até os dias de Nicéforo. Ele também acrescentou nela um apêndice com uma lista do cânon bíblico (que não incluiu o Apocalipse). A lista de livros aceitos do Antigo e Novo Testamento é seguida dos chamados antilegomena (que inclui o Apocalipse) e os apócrifos. Ao lado de cada um dos livros está a contagem de linhas, sua esticometria,
contra a qual podemos hoje em dia comparar os textos aceitos e julgar o
quanto eles foram alterados, por adição ou omissão, principalmente os
apócrifos dos quais dispomos apenas de versões muito fragmentadas.
SÃO NICÉFORO, MÁRTIR:
Quando Valeriano e Galieno eram imperadores, viviam em Antioquia o
sacerdote Saprício e seu amigo íntimo Nicéforo.
O
inimigo de todo o bem semeou cizânia, a amizade dos dois
transformou-se em inimizade acérrima.
Algum tempo depois
Nicéforo, caindo em si, procurou aproximar-se de
Saprício, porém não lhe quis perdoar; uma segunda
tentativa, feita por intermédio de outros amigos, não
teve melhor resultado.
Ainda pela terceira e quarta vez Nicéforo
procurou o ex-amigo, chegando a prostrar-se diante dele, dizendo:
“Pai! Perdoai-me pelo amor de Deus!” Inútil
esperança!
Saprício, esquecendo-se por completo do dever de cristão
e sacerdote, fechou o coração aos sentimentos de
perdão.
Aconteceu que ao mesmo tempo rebentasse em Antioquia uma
terrível perseguição da religião
cristã.
Os cárceres enchiam-se de prisioneiros, cujo
único crime consistia em serem cristãos e muitos tiveram
a morte gloriosa do martírio.
Também Saprício foi
preso e levado à presença do governador, o qual fez o
seguinte inquérito: “Como te chamas?” –
“Chamo-me Saprício”. – “Tua
profissão, qual é?” – “Sou
cristão”. – “Não és
sacerdote?” – “Sou” – “Eis a ordem
dos imperadores Valeriano e Galieno, segundo a qual todos aqueles que
se dizem cristãos, devem sacrificar aos deuses imortais. Quem se
negar a prestar esta homenagem, será condenado a torturas e
multas e, se não ceder, será morto”.
Saprício responde: “Nosso Rei é Cristo. Só
ele é o Deus verdadeiro, Criador do céu, da terra e do
mar. Os deuses dos pagãos, porém são
ídolos, que devem desaparecer do mundo, pois nenhum poder
têm, visto serem feitos por mão humana”.
Em paga desta confissão, Saprício foi cruelmente
torturado.
O Mártir, porém, ficou firme na fé e
disse ao governador: “Tens apenas poder sobre minha carne; minha
alma está nas mãos de Jesus Cristo, daquele que a
formou”.
O governador, vendo que nada conseguia com torturas,
condenou Saprício à morte pela espada.
O sentenciado foi
levado imediatamente ao lugar da execução.
Nicéforo, sabendo o que acontecera, veio de encontro a
Saprício, lançou-se-lhe aos pés, dizendo:
“Mártir de Cristo, perdoe-me o que contra vós
fiz!”
Saprício nada respondeu.
Nicéforo reiterou o
pedido:
“Mártir de Cristo – assim falou a
Saprício – perdoai-me o que em humana fraqueza contra
vós fiz. Eis a coroa que Cristo vos oferece, em recompensa da
fé, que corajosamente confessastes, em presença de muitas
pessoas”.
Saprício ficou inflexível e da boca
não lhe saiu a palavra do perdão.
Aconteceu então
o que era de esperar: Deus, vendo seu preceito desatendido pelo seu
ministro, retirou-lhe a graça e assistência na hora da
morte.
Quando chegaram ao lugar do suplício, Saprício
recebeu ordem de ajoelhar-se. “Porque devo ajoelhar-me?”
perguntou aos algozes. – “Para levar a efeito a
execução”, responderam. – “Que fiz eu,
para que deva morrer?” – “Porque negaste sacrificar
aos deuses, conforme ordenam os imperadores.” –
“Não quero morrer. Farei o que me mandarem e prestarei
homenagem aos deuses”.
Imediatamente foi posto em liberdade.
Outra vez apareceu Nicéforo e vendo o grande escândalo que
Saprício acabava de dar, dirigiu-se-lhe dizendo:
“Não peques, meu irmão, negando a Nosso Senhor
Jesus Cristo. Peço-te não o abandones para que não
percas a coroa, que já tinhas segura, como recompensa da tua
fidelidade no martírio”.
Saprício ficou
insensível ainda diante deste último apelo.
Para reparar
a infidelidade de Saprício, Nicéforo apresentou-se
dizendo:
“Sou cristão e creio em Jesus Cristo, cujo nome
Saprício acaba de negar. Eis-me aqui, pronto para morrer em seu
lugar”.
Todos os circunstantes se admiraram da coragem de
Nicéforo.
Os algozes não se atreveram a pôr-lhe a
mão, sem autorização do governador.
Esta
não se fez esperar e poucos minutos depois, rolou a
cabeça de Nicéforo na arena, aos pés de
Saprício e
dos algozes e sua alma, aureolada com a glória do martírio,
voou para o céu, para fazer parte do glorioso exército dos Mártires e
cantar louvor ao Rei eterno, Jesus Cristo.
SENHOR DEUS,
NÓS VOS BENDIZEMOS PELA VIDA DE VOSSOS SERVOS E PEDIMOS QUE SAIBAMOS IMITAR SEUS EXEMPLOS E VIRTUDES, LUTANO PELA JUSTIÇA E PELA GLÓRIA DE VOSSO NOME.
ASSIM SEJA.
PELA INTERCESSÃO DE VOSSO SERVO, SÃO NICÉFORO MÁRTIR,
LIVRAI-NOS DAS INIMIZADES E QUERELAS.
PELA INTERCESSÃO DE VOSSO SERVO, SÃO NICÉFORO, PATRIARCA DE CONSTANTINOPLA,
PROTEGEI A VOSSA IGREJA
E FORTALECEI SEUS SACERDOTES.
FONTES:
http://ecclesia.com.br/synaxarion/?p=3350
http://www.aascj.org.br/home/2010/02/09/9-de-fevereiro-sao-niceforo-martir/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nic%C3%A9foro_I_de_Constantinopla
http://www.saintandrewgoc.org/blog/2012/2/9/daily-message-on-humbleness-and-patience.html
http://www.stjosephmelkitecatholicchurch.org/menaion_for_june/index.album/p-alignleftbijune-2-commemoration-of-our-father-among-the-saints-nicephorus-the-confessor-archbishop-of-constantinople?i=2
http://www.saintandrewgoc.org/blog/2012/2/9/daily-message-on-humbleness-and-patience.html
http://www.stjosephmelkitecatholicchurch.org/menaion_for_june/index.album/p-alignleftbijune-2-commemoration-of-our-father-among-the-saints-nicephorus-the-confessor-archbishop-of-constantinople?i=2
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