Ludgero nasceu no ano 742 em Zuilen,
Friesland, atual Holanda, e foi um dos grandes evangelizadores do seu
tempo.
Era descendente de família nobre e, dedicado aos estudos
religiosos desde pequeno.
Ordenou-se sacerdote em 777, em Colônia, na
Alemanha.
Seu trabalho de apóstolo teve início em sua terra natal, pois
começou a trabalhar justamente nas regiões pagãs da Holanda, Suécia,
Dinamarca, ponto alto da missão de São Bonifácio, que teve como
discípulos São Gregório e Alcuíno de York, dos quais foi seguidor também
Ludgero.
Mais tarde, foi chamado pelo imperador
Carlos Magno para evangelizar as terras que dominava.
Entretanto, este
empregava métodos de conversão junto aos povos conquistados, não
condizentes com os princípios do cristianismo.
Logo de início, por
exemplo, obrigava os soldados vencidos a se converterem pela força, sob
pena de serem condenados à morte se não se batizassem.
Como conseqüência dessa atitude
autoritária estourou a revolta de Widukindo e Ludgero teve que fugir,
seguindo para Roma.
Depois foi para Montecassino, onde aprimorou seus
estudos sobre o catolicismo e vestiu o hábito de monge, sem contudo
emitir os votos.
A revolta de Widukindo foi a muito custo
dominada em 784 e o próprio Carlos Magno foi a Montecassino pedir que
Ludgero retornasse para seu trabalho evangelizador, que então produziu
muitos frutos.
Pregou o evangelho na Saxônia e em Vestfália.
Carlos
Magno ofereceu-lhe o bispado de Treves, mas ele recusou.
Ludgero emitiu
os votos tomando o hábito definitivo de monge e fundou um mosteiro, ao
redor do qual cresceu a cidade de Muester , cujo significado,
literalmente, é mosteiro, e da qual foi eleito o primeiro bispo.
Ludgero não parou mais, fundou várias
igrejas e escolas, criou novas paróquias e as entregou aos sacerdotes
que ele mesmo formara.
Ainda encontrou tempo para retomar a
evangelização na Frísia, realizando o seu sonho de contribuir para a
conversão de sua pátria, a Holanda, e fundar outro mosteiro, este
beneditino, em Werden, antes de morrer, que ocorreu no dia 26 de março
de 809.
O corpo de Ludgero foi sepultado na
capela do mosteiro de Werden.
Os fiéis tornaram o local mais uma meta de
peregrinação pedindo a sua intercessão para muitas graças e milagres,
que passaram a ocorrer em abundância.
O culto à São Ludgero, que ocorre
neste dia é muito intenso especialmente na Holanda, Suécia, Bélgica,
Dinamarca, Alemanha, Itália, países cujo solo pisou durante seu
ministério.
MAIS UM POUCO SOBRE SÃO LUDGERO
São Ludgero nasceu em Frisia por volta de 743.
Seu pai, que era de
família nobre, ao pedido da própria criança, entregou-o muito novo ao
cuidado de São Gregorio, discíplo de São Bonifacio, e seu sucessor no
governo de Utrecht.
Ludgero teve a alegria de ter conhecido esse santo
martir holy, e recebido dele impressões fortes de virtude.
Gregorio
educou-o em seu mosteiro, e, admirando seu progresso na aprendizagem e
no piedade, deu-lhe a tonsura clerical.
Ludgero, desejoso de crescer
sempre mais, vai para a Inglaterra, e gasta quatro anos e meio com
Alcuino, que era reitor de uma escola famosa em York.
Tinha cuidado para
empregar seu tempo inteiro nos exercícios do piedade e no estudo das
escrituras e dos santos padres.
Em 773 retornou para casa, e São Gregorio morrendo em 776, seu
sucessor, Alberico, ordenou-o sacerdote, e deixou por diversos anos
ensinando a palavra de Deus na Frísia, onde converteu grandes números de
pessoas, entre os pagãos e os cristãos impuros, fundou diversos
mosteiros, e construiu muitas igrejas.
Este era o estado das coisas quando os pagãos Saxons,
devastaram o país, e o obrigaram a deixar a Frísia.
Viajou a Roma para
consultar o papa Adriano II que curso tomar, e o que Deus tem requerido
dele.
Retirou-se então por três anos e meio em Monte Cassino, onde
vestiu o hábito da ordem, e conformou-se à prática das regras durante
sua estadia, mas não se fêz nenhum voto religioso.
Em 787, Carlos Magno lutou contra os Saxons e conquistou A
Frísia e a costa do oceano germanico até Dinamarca.
Ludgero, ouvindo que
por esta revolução a missão foi aberta outra vez, retornou a leste da
Frísia, onde converteu o Saxons à fé; como fêz também na província de
Sudergou, chamada agora Westphalia.
Fundou o mosteiro de Werden, 1 no
condado de La Mark, vinte milhas de Colónia. Seu velho mestre, Alcuino,
estando na França, fêz seu mérito chegar ao conhecimento do Imperador
Carlos Magno.
Em 802, Hildebald, arcebispo de Colónia, ordenou-o bispo de
Mimigardeford (ou ford do rio Mimigard), uma cidade que mudou mais tarde
este nome para Munster, por causa do grande mosteiro dos canons
regulares que São Ludgero construiu lá, para ser sua catedral.
Juntou a
sua diocese cinco regiões da Frisia que tinha convertido, e fundou
também o mosteiro de Helmstad, chamado mais tarde Ludgero-Clooster, ou
Claustro de Ludgero, no Duque de Brunsvique.
Era muito instruído nas sagradas escrituras, e lia diariamente
a seus disciples.
Jejuava e prestava atenção a tudo, e desgastou sempre
uma cabelo-camisa, mas secretamente, de modo que ninguém soubessem dela
até um pouco antes de sua morte.
Comeu alguma carne, por vezes, para
conformar-se principalmente aos outros, mas sempre observando uma
estrita temperança.
Quando convidado para algum divertimento, seu
discurso era o tempo inteiro em assuntos religiosos, e retirava-se
imediatamente depois.
Aos pobres era afável e cortêz, mas firme e
resoluto com os ricos e orgulhosos.
Exerceu um vigor episcopal contra os
pecadores impenitentes, e recusou toda a maneira de presentes de uma
senhora incestuosa, e no comprimento da lei excomungou-a.
Exceto o que era absolutamente necessário para sua
subsistencia, empregava os rendimentos de sua própria propriedade, e
aqueles de seu salário como bispo, em caridade.
Foi acusado ao imperador
Carlos Magno, entre outras coisas, de desperdiçar sua renda, e de
negligenciar a manutenção das igrejas dentro de sua jurisdição; e este
príncipe, que amou ver as igrejas magníficas, dando a ouvidos à
informação, requisitaram-lhe para aparecer na corte.
Pela manhã após sua
chegada, o oficial do imperador trouxe-lhe a palavra que seu
comparecimento era obrigatório.
O santo, estando então em suas orações,
disse ao oficial que o seguiria assim que as terminasse. Foi chamado por
três vezes antes que estivesse pronto, e o emperador, perguntou-lhe
porque tinha demorado tanto, embora tinha emitido para que ele se
apresentasse rapidamente.
O bispo respondeu, embora tivesse o respeito o
mais profundo por sua majestade, contudo Deus estava infinitamente
acima dele; que as vezes nós estamos ocupados com ele, e é nosso dever
deixar tudo o mais para tráz; e isso que julgou ter obedecido a Deus do
que negligenciado as ordens de sua majestade, que, quando fora escolhido
como bispo, lhe tinham recomendado sempre preferir o serviço de Deus
àquele dos homens.
Esta resposta fêz tal impressão no imperador em favor
do santo que olhou para ele como uma justificação completa de sua
conduta a respeito de cada detalhe que tinha sido colocado; demitiu-o
conformemente com honra, e desonrou seu acusadores.
São Ludgero foi favorecido com o dom dos milagres e da
profecia.
SEGUNDO AS LENDAS, SÃO LUDGERO RESTITUI A VISTA A MUITOS CEGOS.
Seu grande zelo o inclinava a ir ensinar a fé a nações do
norte, mas o rei não permitiria.
Apesar de sua última doença ser embora violenta, não
deixou de continuar suas funções até o último dia de sua vida, que foi o
domingo da paixão, quando levantou muito cedo, rezou a missa , e outra
vez antes da noite, rezou missa com homilia.
Disse aqueles que estavam
com ele que morreria nesta noite, e deveriam preparar um lugar na parte
de cima do seu mosteiro de Werden, onde escolheu ser enterrado.
Morreu,
conforme previu, em 26 março, à meia-noite.
Suas reliquias são mantidos
ainda em Werden.
No Brasil, a devoção a São Ludgero é pouco conhecida.
Os
alemães provenientes da região da Westfalia trouxeram para o Brasil
esta devoção, mas foi pouco difundida.
No sul de Santa Catarina temos
uma paróquia dedicada a ele na cidade do mesmo nome: São Ludgero.
FOI SACERDOTE, GUIA E MESTRE
DO POVO SANTO DO SENHOR.
COMO PRELADO E COMO SÁBIO,
DA VIDA O DOM LHE PREPAROU.
Ó DEUS,
QUE AOS VOSSOS PASTORES ASSOSCIASTES
SÃO LUDGERO,
ANIMADO DE ARDENTE CARIDADE
E DA FÉ QUE VENCE O MUNDO,
DAI-NOS POR SUA INTERCESSÃO,
PERSEVERAR NA CARIDADE E NA FÉ,
PARA PARTICIPARMOS DE SUA GLÓRIA.
POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
VOSSO FILHO ,
NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
AMÉM
RELICÁRIO DE SÃO LUDGERO
OUTRO RELICÁRIO DE SÃO LUDGERO
Procurei em vários sites,
o significado dos gansos na iconografia deste santo,
mas não encontrei nenhuma lenda para esclarecer o porque dessa representação.
Se algum visitante souber, deixe comentário.
NÃO TE ESQUEÇAS PEDE A DEUS,
TU QUE AO CÉU FOSTE ELEVADO:
QUE AS OVELHAS BUSQUEM TODAS
DO PASTOR O VERDE PRADO.
CLARO ESPELHO DE VIRTUDE,
HOMEM SANTO, BOM PASTOR,
OUVE O HINO QUE, EM TI, LOUVA
OS PRODÍGIOS DO SENHOR.
"OS QUE EXERCEM POSIÇÃO DE MINISTÉRIO,RECEBEM UMA POSIÇÃO DE ESTIMA E MUITA LIBERDADE PARA FALAR DA FÉ EM CRISTO JESUS."
I Tm 3,13
BEM- AVENTURADO, SÃO LUDGERO,
ORAI POR NÓS!
FONTES:
http://www.paroquiasaoludgero.com.br/pages/padroeiro.php
http://ecclesia.com.br/synaxarion/?p=5139
http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Os%20Santos%20do%20Dia/Santos%20do%20M%C3%AAs%20de%20Mar%C3%A7o/26.03%20Santo%20Ludgero,%20Bispo%20e%20Confessor%20.htm
http://www.diocesedeanapolis.org.br/2012/palavra-do-bispo/1704.html
http://www.museumimgoldschmiedehaus.de/ausstellung_ludgerus.htm
http://kirchensite.de/aktuelles/news-aktuelles/datum/2010/05/29/wenn-aus-besuchern-pilger-werden/
(...)"Dentre outros milagres, o mais importante sem dúvida alguma é o que ocorreu na região de Münster, por volta do ano 800. Neste momento houve uma praga de gansos cinzas, que comiam as plantações. Segundo a história, São Ludgero os expulsou da região e, por isso, o santo é representado com gansos entre os seus pés."(...)
ResponderExcluirFonte:http://www.santacatarinavirtual.com.br/produtos/sao-ludgero/
Obrigado pela informação
ExcluirHá uma outra versão para os gansos. Ao descobrir que um funcionário havia roubado os gansos para servirem de refeição , o santo perdoou o funcionário e trouxe os gansos de volta à vida, inclusive o que já tinha sido preparado para a ceia.
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