Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude.
Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente.
Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane.
No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano.
Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal.
No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas.
O bispo Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral.
Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra.
Ele transformou a sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos e as viúvas com seus órfãos.
Possuindo o dom da cura, socorria a todos, incansável, andando por todos os cantos, descalço.
Doava tudo o que fosse possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as crianças.
Todavia esse século também foi um período conturbado para a história da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos e os que viviam em santidade.
Rugero estava entre os que entendiam o episcopado como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício próprio.
Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de São Paulo: "Tudo para todos".
Por tudo isso e por seus dons de conselho e sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II.
Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação.
Entrou rico de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde foi sepultado na catedral.
Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos divulgaram a sua santidade.
No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já não existia.
Ruínas de Canne
Antiga Tumba de São Rugero
A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta.
Busto com relíquias de São Rugero, em procissão.
Procissão com o Busto relicário de São Rugero
Depois, foi acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual Santuário de São Rugero.
Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo de Cane e o padroeiro de Barleta.
Em 1946, São Rugero foi canonizado pela Igreja.
Oração
Ó Deus, que fostes glorificado
pela vida e a morte do Bispo São Rugero,
renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça,
de modo que nem a morte
nem a vida nos possam separar do vosso amor.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
AMÉM
Rogai por nós, São Rugero,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo!
(Quadro de 1859, de M. De Napoli) São Sabino, São Rugero (meio) e São Ricardo.
ORAÇÃO
São Rugero, exemplo de Bispo dedicado para com o povo, convertei aqueles ministros que não vivem conforme os mandamentos do Senhor e da Igreja
e intercedei para que nossa Igreja tenha sempre dignos Bispos.
São Rugero, orai pelos Bispos!
São Rugero orai por nós!
http://andriarte.it/Cattedrale/cappellaSRiccardo.html
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