Religioso da Primeira Ordem (1668-1750). Primeiro santo canonizado por João Paulo II no dia 20 de junho de 1982.
São Crispim nasceu em Viterbo de uma humilde família, a 13 de
Novembro de 1668.
Recebeu no baptismo o nome de Pedro Fioretti.
Eram
seus pais Ubaldo e Márcia que lhe deram uma profunda e cuidadosa
educação cristã. Frequentou os primeiros anos da escola.
Apesar da sua
frágil constituição física, logo se começou a impor penitências
voluntárias.
O seu primeiro trabalho foi o de aprendiz de sapateiro.
Desejoso de levar uma vida austera e de se consagrar a Deus, a 22 de
Julho de 1693, foi admitido no noviciado dos Capuchinhos em Palanzana,
junto à sua terra natal.
Feita a profissão religiosa, logo a seguir, foi
destinado ao Convento de Tolfa, como ajudante de cozinha.
A sua personalidade de asceta, o seu estilo de cantor do bom Deus e
de Nossa Senhora, bem depressa mostraram aquilo que iria ser.
Amante da
pobreza, dotado de espírito generoso e sensível às manifestações da
alegria, cheio de caridade e de atenções fraternas para com os
pecadores, os pobres, os encarcerados e as crianças abandonadas, sabia
tornar-se útil e agradável nos mais variados ofícios.
Era, ao mesmo
tempo, encarregado do quintal, enfermeiro, cozinheiro e ainda ia pedir
esmola de porta em porta.
Jovial por temperamento e por coerência com o ideal franciscano,
sabia fazer amar a virtude e consolar os que sofriam.
Com simplicidade
edificante, entoava canções, compunha e recitava poesias.
Levantava
pequeninos altares a Nossa Senhora, sua Mãe e Senhora dulcíssima.
A um
seu irmão que lhe chamava a atenção por este seu modo de ser e de se
comportar como inconveniente para o estado religioso, ele respondia:
"Eu
sou o arauto do grande Rei. Deixai-me cantar como São Francisco.
Estes
cantos hão-de fazer bem ao espírito de quem me ouve. Sempre, é claro,
com a ajuda de Deus e da sua grande Mãe."
A sua confiança sem limites na Divina Providência e a sua união com
Deus foram muitas vezes premiadas com milagres e carismas.
Era procurado
por prelados, nobres e sábios que lhe pediam conselhos, porém, nunca
mudou a sua atitude simples e modesta.
Durante 40 anos pediu esmola, de porta em porta, em Orvieto e
arredores, procurando os meios necessários de subsistência para a sua
comunidade e para os necessitados da “grande família de Orvieto”.
Neste
trabalho praticou obras notáveis no campo da assistência e no campo
religioso, sobretudo com os doentes, os encarcerados, as mães solteiras,
as famílias pobres, as pessoas desesperadas.
Homem de paz, no meio dos
seus irmãos, no seio das famílias, entre os cidadãos, entre o povo e a
autoridade civil ou religiosa e, tudo isto, sempre com uma santa
alegria.
Devotíssimo do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora, foi cumulado
de sabedoria celeste que o levava a ser consultado, como se disse, por
homens da cultura.
Desgastado pelo trabalho e pelas penitências, passou os últimos anos
da sua vida em Roma, no Convento da Imaculada Conceição, na rua Vittorio
Veneto.
O Cardeal Trémouille, embaixador do rei de França, encontrando-se
gravemente doente, pediu que lhe chamassem o nosso santo que o curou com
a sua oração.
De outra vez, quando o Papa Clemente XIV tomava parte na
eucaristia da igreja dos Capuchinhos, um dos seus camareiros foi
acometido de dores gravíssimas. Era frequente suceder-lhe este fenômeno.
Médico algum conseguia descobrir a cura para o seu mal.
São Crispim
levou-o diante do altar de Nossa Senhora e a cura foi instantânea.
No
dia 19 de Maio de 1750, com 82 anos de idade, entrega santamente sua
alma ao Pai.
Fonte: “Santos franciscanos para cada dia”, edição Porziuncola
ORAÇÃO -
Ó Deus,
que conduzistes
o vosso servo São Crispim
até o cume da
Perfeição evangélica,
seguindo-vos
pelo caminho da alegria,
concedei-nos, por seu exemplo
e intercessão,
praticar sempre a autêntica
virtude,
que nos garante a paz e a felicidade nos céus.
Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho,
na unidade
do Espírito Santo
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