Expedito foi possivelmente um cristão martirizado no século IV em Melitene, na Armênia.
Nada se sabe sobre sua vida nem onde foi sepultado, e muitos pesquisadores questionam se ele de fato existiu.
Contudo, formou-se um folclore ao seu redor e ele é objeto de grande devoção popular em muitos países como o santo das causas urgentes, às vezes em sincretismo com figuras de outros credos.
Nome
O nome Expeditus (Expedito) pode ser uma corruptela de Elpidius, conforme sugerem os beneditinos de Paris.
Outra hipótese é de que o nome tenha derivado de spedito, palavra inscrita numa caixa com relíquias de um santo desconhecido retiradas das catacumbas de Roma e enviada a Paris no século XVII.
Contudo, spedito
em italiano significa "rápido", e pode significar simplesmente que a
caixa devia ser enviada com presteza ao seu destino.
As freiras
interpretaram a inscrição como se fosse o nome do santo e passaram a
divulgar sua devoção, latinizando o nome para Expeditus.
Esta história, relatada pelo religioso inglês Alban Butler em sua famosa obra hagiográfica The Lives of the Fathers, Martyrs and Other Principal Saints (1756–1759), tampouco tem fonte segura, e circulam várias outras versões mais ou menos parecidas, que mudam datas e locais.
Assinale-se que expeditus também era uma categoria militar do exército romano, correspondente ao soldado da infantaria ligeira, e daí pode ter derivado seu nome.
Lendas
A lenda mais corrente sobre sua vida o mostra como um militar romano, Comandante-em-chefe da 12ª Legião, conhecida como "Fulminante", aquartelada em Melitene, e encarregada de proteger o Império das invasões dos bárbaros orientais com um efetivo de mais de 6.800 soldados.
Sendo cristão, como
era a maioria de seus subordinados, todos nativos da Armênia, teria
sido condenado durante as perseguições de Diocleciano no dia 19 de abril do ano 303, sendo martirizado e por fim decapitado com a espada por recusar-se a adorar os deuses pagãos.
Outra lenda diz respeito à sua conversão ao cristianismo.
Tentado por um demônio em forma de corvo que gritava cras! cras! (em latim, "amanhã"), que surgiu para adiar sua conversão, teria pisado a criatura dizendo hodie! ("hoje"), significando sua disposição heroica de converter-se de imediato.
Devoção e iconografia
Não há qualquer registro de haver se formado uma tradição sobre ele na Antiguidade, mas no século VIII ele já recebia culto na Germânia e na Sicília.
Seu culto só iniciou uma difusão mais larga por volta do século XVII, talvez a partir da França, ou da Alemanha, onde era representado como um advogado pisando um corvo que grita cras! cras!, significando as intermináveis delongas nos processos judiciais, contra as quais ele era invocado.
Em 1781 foi designado padroeiro de Acireale, na Sicília, e desde então sua devoção se espalhou rapidamente por muitos países.
É possível que sua ligação com as causas urgentes derive unicamente do significado do seu nome.
Tradicionalmente também é o patrono dos mercadores, navegantes, estudantes e dos que vão prestar exames, mas em anos recentes ele tem sido invocado por hackers, geeks e procastinadores habituais da Slacker generation como seu protetor.
No Brasil sua veneração ganhou corpo nos anos 80 e hoje ele tem
multidões de devotos, e sua imagem circula em chaveiros, cartazes, panfletos e santinhos distribuídos aos milhares.
Deu seu nome ao município de Santo Expedito, em São Paulo.
Sua posição oficial na Igreja Católica é incerta.
No Martyrologium Hieronymianum ele aparecia ao lado de outros mártires comemorados entre os dias 18 e 19 de abril.
A Igreja reconhece a devoção popular e existem igrejas e capelas a ele
dedicadas em muitas partes do mundo, mas não foi incluído na edição de
2001 do Martyrologium Romanum.
Sua representação mais comum é a de um soldado romano, com traje de legionário,
vestido de armadura, túnica curta e manto jogado atrás das espáduas,
com postura marcial.
Em uma mão sustenta a palma do martírio e na outra
uma cruz que ostenta a palavra hodie, em referência ao episódio do espírito do mal, o corvo que lança seu grito habitual cras!.
MAS UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DE SANTO EXPEDITO
Há pouquíssima documentação histórica sobre Santo Expedito.
A referência
mais antiga encontra-se nos martirológios Romanos, a lista da Igreja
Católica de seus santos e mártires.
Ali se registra a existência de legionários Romanos martirizados na
cidade de Melitene(hoje Malatia), na atual Turquia, em 19 de Abril de
303, à época do imperador Diocleciano:
Hermógenes,Caio,Aristónico,Rufo,
Gálatas e Expedito, ou Expeditus.
Esses militares eram cristãos e
morreram por não renunciar a sua fé quando isso lhes foi exigido pelo
governo Romano.
Foram flagelados e decapitados por ordem de Galero,
genro de Diocleciano, que era então o César, ou alto dirigente, das
províncias Romanas na Ásia menor.
Conta-se que o imperador Diocleciano
não impediu o avanço do cristianismo sob seu governo, mas seus
assessores, como o genro de Galero, argumentando que era preciso
fortalecer a religão Romana nas àreas dominadas pelo impéro,
desencadearam uma grande perseguição aos que acreditavam em Cristo.
Nessa época, toda a àrea onde hoje se encontram a Armênia e a Turqui já
era cristianizada, daí o grande número de mártires na região.
A história
de Santo Expedito nos chegou por meio de relatos colhidos por
hagiógrafos(pesquisadores da vida dos santos) e devotos ao longo dos
séculos.
Nessa tarefa destacaram-se os Bolandistas-Jesuítas seguidores
de João Bolland(1596-1665) que se preocupavam com uma reconstituição
mais verdadeira possível sobre a história da Igreja Católica.
De acordo
com a tradição, Expedito foi comandante da XII legião Romana, também
chamada de legião Fulminante(ou fulminata, em latim), com um efetivo de
6.821 homens.
Santo Expedito era o tribuno, o primicerius desse
exército , a primeira dignidade da legião.
Hoje, diríamos que ele era um
general-de-divisão.
Sobre a Legião Fluminante, a história assinala um
feito extraordinário:
conta-se que estava em luta contra bárbaros na
Germânia, e os soldados romanos,desesperançados, passavam fome e muita
sede, pois a água e os suprimentos haviam terminado.
Encontravam-se numa
planície, cercados de surpresa pelo inimigo, e sentiam que seriam
derrotados.
Então todos se ajoelharam e rezaram, de braços abertos,
implorando aos céus por uma solução.
Os Bárbaros, perplexos com a cena,
demoraram a atacar. E eis que de repente formou-se uma enorme
tempestade, em seguida começou a chover torrencialmente e raios caíram
por todos os lados, provocando confusão e atingindo principalmente os
Germanos que se encontravam em posição mais elevada.
Os Romanos colheram
água em seus capacetes, mataram a sede e reencontraram ânimo para
lutar, obtendo a vitória.
Sem dúvida o episódio influenciou o destino da
Fulminante e levou muitos dos soldados a refletir que aquele modo de
rezar aprendido com os cristãos- de joelhos, erguendo suas preces a um
único DEUS-era realmente eficaz.
Na época de Santo Expedito a maioria de
seus legionários já havía aceito a fé cristã e a ela se convertido.
A
própria conversão de santo Expedito muito nos diz sobre seu caráter e
determinação.
Ao conhecer a palavra de Cristo, sentiu o chamado de DEUS e
decidiu tornar-se cristão sem hesitar um instante sequer, mesmo que
isso significasse enfrentar a repressão do Império Romano e a
perseguição ferrenha que exitia na época.
FONTES:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Expedito
http://www.santoexpedito.com/index.php?option=com_content&view=article&id=318:mas-quem-e-santo-expedito-afinal&catid=38:oracoes-a-santo-expedito&Itemid=27
http://www.angelfire.com/ar2/jcarthur/stoexpedito2.htm#para
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