Páginas

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

SÃO ZEFERINO - PAPA E MÁRTIR - 26 DE AGOSTO









São Zeferino (em latim: Zephyrinus) foi o primeiro Papa do século III e décimo quinto da Igreja, sucedendo a São Vítor I.

Natural de Roma, foi eleito em 199. 

    Após o glorioso martírio do Papa São Vitor, ocorrido no dia 28 de julho de 199,  o povo de Deus, unido ao clero,  reuniu-se  em intensas  orações, a fim de que o Senhor iluminasse o rebanho para a escolha de um digno vigário.  Depois de onze dias de intensas orações, o Espírito Santo manifestou-se em forma de pomba e desceu sobre a cabeça do então presbítero Zeferino,  onde repousou por um breve espaço de tempo, desaparecendo em seguida.  Os fiéis  logo identificaram a escolha de Deus. Por unanimidade,  o elegeram no mês de agosto daquele ano, quando assumiu honrosamente o divino governo da Igreja.


O seu pontificado se caracterizou por duras lutas teológicas que levaram, por exemplo à excomunhão de Tertuliano. Assim como, durante seu pontificado a heresia patripasiana da negação da Santíssima Trindade, incutida por Praxeas, reergueu-se furiosamente e, por isso, foi duramente combatida pelo Papa . Seu crítico, São Hipólito, o descreveu como um homem simples, sem educação e dominado pelo seu assessor, Calisto.








    Logo no início de seu pontificado, o imperador Septímio Severo moveu, por decreto, intensa  perseguição contra a Igreja, fato que levou São Zeferino a tomar as primeiras providências no sentido de zelar pelo rebanho, levando seu auxílio e consolo naqueles dias de grande tribulação. Pessoalmente,  de dia e de noite,  percorreu infatigavelmente diversas  casas, cavernas e locais subterrâneos.  Colocou em risco a própria vida, visitando e consolando não só os encarcerados, mas também os condenados, que acompanhava até aos cadafalsos.   




A todos alentava com palavras e esmolas, levando a eles o Pão dos fortes, regado com o Sangue de Cristo. A cruel perseguição perdurou por nove anos consecutivos, até a morte do imperador Severo, quando a  Igreja recobrou um certo período de paz. 



                                               Editou  importantes regras canônicas, especialmente as  relativas à disciplina eclesiástica.  Foi ele  quem  determinou que  os fiéis católicos , depois dos 14 anos, comungassem,  pelo menos na ocasião da Festa da Páscoa.  Também, quanto aos  cálices sagrados e as patenas,   até então confeccionados em madeira,  determinou  que deveriam  ser feitos, ao menos de  vidro.












Zeferino foi o primeiro Pontífice que desejou criar uma catacumba na Via Ápia, cujos cuidados foram por ele confiados ao diácono Calisto (e, por isso, chamada de catacumba de Calisto).

 São Zeferino foi o 15º Papa a tombar, martirizado, em defesa da Igreja de Cristo, sob o governo do imperador Antonino.

Foi martirizado em 20 de dezembro de 217, sendo venerado como santo no dia 26 de agosto.







Claro espelho de virtude,
homem santo, bom pastor, 
ouve o hino que, em ti, louva 
os prodígios do Senhor, 

que, Pontífice perpétuo, 
os mortais a Deus uniu, 
e, por nova Aliança, 
nova paz nos garantiu. 

Previdente, ele te fez 
do seu dom o servidor, 
para dar ao Pai a glória 
e a seu povo vida e amor. 

Tendo em mãos do céu as chaves, 
governastes com amor
o rebanho de São Pedro 
nos caminhos do Senhor 

Não te esqueças, pede a Deus, 
tu que ao céu foste elevado: 
que as ovelhas busquem todas 
do Pastor o verde prado. 

Glória à Trina Divindade, 
que, num servo tão fiel, 
recompensa os ministérios 
com o júbilo do céu.


Ó Deus, nosso Pai, nós Te pedimos que, mediante teu Espírito Santo, nos concedais o dom do discernimento, para percebermos os sinais de teu amor e de tua ação na história humana. E que, a exemplo de São Zeferino, sejamos capazes de exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em consideração raça, cultura e religião.
Amém.
São Zeferino, rogai por nós.

















Nenhum comentário:

Postar um comentário