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domingo, 2 de setembro de 2012

SANTA ROSÁLIA - PROTETORA CONTRA DOENÇAS INFECCIOSAS - 04 DE SETEMBRO














Santa Rosália, em siciliano "Santa Rusulìa", nascida Rosalia Sinibaldi (1130 — 1160) foi uma nobre virgem de Palermo (Sicília). 




O nome Rosália resulta da contração dos nomes "Rosa" e "Lilia" (Lirium).

 Segundo a tradição católica, pertencia a uma nobre família normanda, descendente de Carlos Magno. 

Era filha de Sinibaldo, senhor de Quisquina e Rose, na província de Agrigento, então chamada Girgenti

Viveu na corte de Rogério II, até retirar-se como eremita em uma gruta no Monte Pelegrino, nas proximidades de Palermo, onde morreu.

A reverência a Santa Rosália é documentado desde 1196. Promovido pelos Beneditinos, já no século XIII era bastante difundido.

 É tida como protetora contra doenças infecciosas.

Segundo a lenda, em 1624 "salvou" Palermo da peste. 

Naquele ano, grassava uma terrível epidemia na cidade, quando a "santa apareceu em sonho" a um caçador e indicou-lhe onde estariam seus restos mortais, ordenando que fossem levados em procissão. 








O caçador obedeceu e, segundo esta lenda, a epidemia "cessou". 




Desde então, seria venerada como santa padroeira de Palermo - "desbancando" Santa Cristina, Santa Olívia, Santa Ninfa e Santa Ágata.


 




 Procissão de santa Rosália, em Palermo.

É chamada "a Santuzza" (a santinha), pelos palermitanos.

Em 25 de agosto de 1624 , quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, enquanto executavam trabalhos junto ao convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam, numa gruta, uma inscrição latina, muito rudimentar, que dizia:  










Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo, decidi morar nesta gruta de Quisquina.





  Confirmando, assim, as tradições orais da época. 

Um santuário foi edificado na gruta onde seus restos mortais foram encontrados.



 

 










 Santuário de Santa Rosália, em Palermo.















 Gruta onde foi encontrada Santa Rosália, transformada agora uma igreja.









Anualmente acontece em Palermo a sua celebração, denominada Festino di Santa Rusulia, na noite de 14 para 15 de julho, sendo uma grande festa religiosa na cidade. 

Também no dia 4 de Setembro mantém-se a tradição de caminhar, com os pés descalços, de Palermo até o Monte Pelegrino.










Detalhe do altar da gruta de Santa Rosália. Acima do sacrário do altar , a imagem da Virgem Maria.






















 Imagem de santa Rosália, banhada em ouro, em seu santuário.













MAS UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DE SANTA ROSÁLIA:


 Durante a adolescência foi ser dama da corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava sua companhia amável e generosa.

 Porém, nada disso a atraía ou estimulava. 


 





Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida monástica.







 Aos catorze anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a corte e se refugiou solitária numa caverna nos arredores de Palermo. 






 


O local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a reclusão monástica. 









Ficava próximo do convento dos beneditinos que possuía uma pequena igreja anexa.

 Assim mesmo vivendo isolada, podia participar as funções litúrgicas e receber orientação espiritual. 




 




 Rosália nasceu no ano 1125 em Palermo, na Sicília, Itália. 

Era filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos Montes "da Quisquinia e das Rosas", e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando Rogério II. 



Portanto, Rosália era muito rica e vivia numa corte muito importante da época, uma família nobre do sul da Itália e mesmo distantemente, era descendente do grande imperador Carlos Magno.



















Depois a jovem ermitã se transferiu para uma gruta no alto do Monte Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga a rainha Margarida. 








Alí já existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores os beneditinos com outro convento. 

Eles puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. 

Muitos habitantes do povoado subiam o Monte, atraídos pela fama de santidade da ermitã.

 Até que no dia 04 de setembro de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de Monte Pellegrino em Palermo.

Vários milagres foram atribuídos a intercessão de Santa Rosália, como a extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. 




 






 Santa Rosália intercedendo pelo fim da praga.







O seu culto se difundiu enormemente entre os fiéis que invocavam como padroeira de Palermo.

 Embora para muitos esta celebração era apenas uma antiga tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da Santa. 

Sinais estes que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de morrer em 1620. 



 




Só três anos depois tudo foi esclarecido, parece que pela própria Santa Rosália.

 Consta que ela teria aparecido à uma mulher doente (em outras lendas afirmam ter sido um caçador) e lhe contou onde estavam escondidos os seus restos mortais. 




Esta mulher comunicou aos frades franciscanos do convento próximo de Monte Pelegrino, os quais de fato encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15 de julho de 1624.


Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando no convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: 






 





"Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquina." 



Isto confirmou todos os dados pesquisados pelo falecido Gaietani.


A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma Comissão científica, reacendendo o culto à Santa Rosália, padroeira de Palermo. 

Contribuiu para isto também o Papa Ubaldo VIII que incluiu as duas datas no Martirológio Romano, em 1630.

 Assim, Santa Rosália é festejada em 15 de julho, data que suas relíquias foram encontradas e em 04 de setembro, data de sua morte. 

A urna com os restos mortais de Santa Rosália está guarda no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.




Ó admirável Santa Rosália, 
tu te aplicaste aos rigores das mais ásperas penitências, 
na solidão de uma gruta por amor a Jesus,
 teu esposo. 
Concede-nos a graça de saber abraçar 
com fortaleza as provações desta vida,
 controlar nossas paixões
 e perdoar sempre a quantos nos ofendem.
 Intercede junto ao Senhor Jesus 
que nos inunde com Seu amor,
 para que possamos estar prontos a socorrer os que sofrem no corpo e no espírito 
e atingir, assim, a salvação eterna.
 Amém!






Gloriosa santa Rosália, que despojastes de todas as vaidades vãs deste mundo para vos dedicar inteiramente a uma vida de penitência e orações, temendo desagradar a Deus com as ocasiões de pecado que o mundo nos oferece, peço-vos, com toda a alma, vossa contínua proteção contra os embustes do Inimigo de Deus, que anda ao nosso redor - e mais que nunca em nossos dias, pronto para devorar vorazmente as almas. Dai-me o espírito da piedade, oração constante e que nos momentos de solidão e provações possa eu portar-me dignamente para poder um dia merecer os momentos felizes e eternos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.







Eu me decido livremente pelo Cristo:
com ardente coração eu quero amá-lo
e desejo estar com ele para sempre.




Bendizei o Senhor, santas virgens,
que vos chama ao amor indiviso
e coroa em vós os seus dons!






Glorifiquemos a Cristo, esposo e prêmio das virgens; e lhe supliquemos com fé:
 
 Jesus, prêmio das virgens, ouvi-nos!





Coroação de Santa Rosália











 
 Cristo, amado pelas santas virgens como único Esposo,  concedei que nada nos separe do vosso amor.






Coroação de Santa Rosália








Por intercessão de Santa Rosália,
 uma das virgens sábias e prudentes, concedei-nos sabedoria e uma vida sem mancha. 























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