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sábado, 3 de dezembro de 2011

SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL ( JOANA DE CHANTAL) - 10 DE DEZEMBRO













 














No século XVI, a heresia protestante devorara como um câncer quase toda a Alemanha.



Lançando metástases pela Europa, penetrou tão perigosamente na França, que em breve seu poderio foi o de um Estado dentro do Estado.



Aproveitando-se da fraqueza e omissão da dinastia francesa dos Valois, dirigida efetivamente pela inescrupulosa Catarina de Medicis, e do apoio de membros da mais alta nobreza, seduzidos pela nova heresia, esta ameaçava a própria existência da única e verdadeira religião, a Católica.



Diante do perigo, os católicos, liderados pela família dos duques de Guise, formaram uma Liga Santa para a defesa de sua Religião. Dissolvida por Henrique III, a referida Liga renasceu em 1587, quando o Tratado de Beaulieu favoreceu demasiadamente os huguenotes, como eram chamados os protestantes na França.



Da Liga fazia parte o enérgico e ardente católico Benigno Fremyot, Presidente do Parlamento da Borgonha, casado com Margarida de Berbisey. Foi nesse ambiente, carregado das guerras de religião, que nasceu Joana, segunda filha deste casal.



Não há dúvida de que o amor materno é insubstituível na formação moral e religiosa da prole. O caso do Presidente Fremyot foi uma das notáveis e raras exceções a essa regra.


Joana tinha apenas 18 meses quando faleceu a mãe, no parto do terceiro filho, André. Benigno Fremyot supriu a falta da esposa dando aos filhos uma educação ao mesmo tempo afetuosa e viril. Dos três que teve, a primeira faleceria piedosamente poucos anos depois de casada; a segunda seria elevada à honra dos altares; e o último, por sua virtude e qualidades morais, tornar-se-ia, aos 21 anos, Arcebispo de Bourges e amicíssimo de São Francisco de Sales.



O Presidente Fremyot os reunia de manhã e à noite para ensinar-lhes a rezar, conhecer e amar a verdadeira Igreja e o Papa.



Desde cedo, enérgica rejeição da heresia


A pequenina Joana foi dotada pela Providência de um carisma especial, que a levava, mesmo antes do uso da razão, a discernir os hereges. Quando, nos braços da ama, via um deles, começava a chorar.

E se este queria acariciá-la, gritava e escondia a cabeça no peito da ama, não se tranqüilizando até que o perdesse de vista.



Um fato muito conhecido, mas que vale a pena relembrar, foi o que se passou quando ela tinha apenas cinco anos.



Devido à sua profissão, o Sr. Fremyot recebia muitas vezes influentes protestantes em sua casa.

 Havia um que, como é característico deles, não deixava escapar a ocasião para uma discussão teológica. Ora, uma vez em que a pequena Joana estava presente na sala, aparentemente absorta com algum brinquedo, o herege negou a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Hóstia consagrada.

Ao ouvir isto, a menina não pôde conter-se; aproximando-se dele, olhou-o com emoção e disse:

 "Senhor, é preciso crer que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse! Se vós não O credes, fá-Lo-eis passar por mentiroso".



O protestante, admirado, começou a argumentar com ela. Mas Joana, dotada da sabedoria da inocência, respondia-lhe à altura. Para terminar amigavelmente a conversa, o herege ofereceu-lhe um punhado de caramelos.

A menina os recebeu em seu avental e foi jogá-los diretamente na lareira fumegante, dizendo-lhe:



"Vede, senhor, vede. Assim arderão os hereges no fogo do inferno por não quererem crer nas palavras de Nosso Senhor!"



Em outro dia em que o renitente herege recomeçou a discussão, a pequena Joana acercou-se dele e lhe disse energicamente:

 "Senhor, se tivésseis ofendido o Rei, meu pai vos mandaria enforcar. Se desmentis a Nosso Senhor, estes dois Presidentes (apontou para um quadro representando São Pedro e São Paulo) mandar-vos-ão enforcar" .



Quando seus filhos foram crescendo, o Presidente Fremyot contratou mestres escolhidos para reforçarem sua formação. "Joana aprendia com grande facilidade e viveza de imaginação. E, dado seu bom talento e a posição que ocupava no mundo, foi-lhe ensinado tudo o que deveria saber uma jovem de sua classe: ler, escrever, dançar, tocar instrumentos de música, canto, os labores próprios ao seu sexo etc." .


Ao receber a Confirmação, por devoção ao Poverello de Assis, Joana acrescentou ao seu o nome de Francisca.



No matrimônio e na viuvez: fortaleza e generosidade




 

Aos 20 anos, Joana Francisca foi dada pelo pai em casamento ao Barão de Chantal, valoroso oficial do exército francês e católico, embora desde a morte da mãe ele levasse uma vida um tanto dissipada.



O primeiro cuidado de Joana foi conquistar o coração do marido para levá-lo inteiramente a Deus. Isso não foi difícil, pois o Barão, além das boas predisposições que possuía, percebeu logo que Deus lhe tinha dado por esposa uma santa. A união entre eles foi tão grande que se dizia que tinham um só coração. Ao mesmo tempo a baronesa estabeleceu, com bondade e firmeza, a ordem e a disciplina no seio da numerosa criadagem do castelo.



Quando seu marido estava ausente, Joana entregava-se mais a Deus e ao exercício da caridade. Cuidava dos pobres e dos enfermos com suas próprias mãos e supria a todas suas necessidades. Em breve, ficou conhecida na região como a santa Senhora. Deus quis, em duas ocasiões, demonstrar a virtude de Sua serva mediante o milagre da multiplicação do trigo para alimentar os pobres, em época de grande fome.



O casal foi abençoado com seis filhos, dos quais os dois primeiros faleceram apenas nascidos. Sucederam-lhes outro filho e três filhas, tendo a última nascido poucas semanas antes da morte do Barão.



Mortalmente ferido por seu melhor amigo num acidente de caça, recebeu os últimos Sacramentos, perdoou seu homicida e recomendou à Baronesa que se resignasse à vontade de Deus.



Joana ficava assim viúva aos 28 anos, com quatro filhos para educar e o baronato para dirigir. Foram-lhe necessárias toda sua fé e energia para aceitar o rude golpe. Mas recebeu muitas graças nessa época, o que a levou a afirmar mais tarde que, não fossem os filhos tão pequenos, teria tudo abandonado para ir terminar seus dias em Jerusalém, consagrada inteiramente a Deus.



Essa alma forte e generosa foi submetida na viuvez a novas provações! O Barão de Chantal – sogro de Joana, cujo caráter orgulhoso, vaidoso e extravagante ela conhecia -- sentindo-se muito só em sua velhice, queria que a jovem viúva, com os filhos, fosse lhe fazer companhia.



No novo domicílio – cuja desordem era igualmente de seu conhecimento -- Joana entregou-se a todas as obras de apostolado e misericórdia por ela desenvolvidas no anterior. Mas sentindo a necessidade de encontrar um bom diretor espiritual, pediu insistentemente a Deus essa graça.



Conjugação de dois Santos transpõe obstáculos insuperáveis





 


Em 1604, o já merecidamente célebre Bispo de Genebra, São Francisco de Sales, foi pregar a quaresma em Dijon, cidade natal de Joana. Esta convenceu o sogro a trasladarem-se para a casa de seu pai para seguirem os sermões.


O grande pregador, a quem Deus mostrara em sonhos sua futura penitente, imediatamente a reconheceu, atenta e recolhida, em meio aos fiéis. Esta também reconheceu com emoção aquele que Deus designara para seu pai espiritual. Começou assim um dos mais belos parentescos espirituais da História da Igreja, que tantos e tão belos frutos produziria.




 

São Francisco de Sales traçou-lhe uma minuciosa regra de vida. Sob sua direção, Santa Joana de Chantal progrediu tão rapidamente, que o santo se admirava, dando graças a Deus.



Aos poucos maturava na mente do Bispo de Genebra o projeto de uma nova congregação religiosa, com regras adaptadas a virgens e viúvas que, desejando servir a Deus, não se sentiam atraídas pelas grandes austeridades das famílias religiosas já existentes. Teriam como oração em comum somente o Ofício Parvo de Nossa Senhora; deveriam dedicar-se também à assistência dos pobres e enfermos.



Joana pôs-se à sua disposição para a realização da obra assim que seus filhos estivessem encaminhados.



A mão de Deus fez-se então sentir para abreviar o tempo de espera. A Baronesa de Chantal tornara-se amicíssima da Baronesa de Boissy, mãe de São Francisco de Sales, senhora virtuosíssima, viúva e mãe de 13 filhos. Tal era a confiança que esta tinha em Joana que, a conselho de São Francisco, confiou à jovem viúva a educação de sua caçula, de nove anos. Esta veio a falecer poucos anos depois nos braços de Santa Joana.



Para unir por laços mais fortes que os da amizade as duas famílias, a Senhora de Boissy propôs o casamento de seu filho, Barão de Thorens, de 14 anos, com Maria Amada, filha mais velha de Santa Joana, então com 12. O casamento foi oficiado por São Francisco de Sales e, como era costume na época, a jovem esposa foi viver com a família do marido até atingir a idade núbil.



Santa Joana confiou o filho, Celso Benigno, ao avô, Presidente Fremyot, que com a ajuda de um virtuoso preceptor completaria a educação do adolescente. Levando as duas filhas para terminar sua educação no convento, a Baronesa de Chantal ficava assim livre para a realização da grande obra.



Antes de partir, renunciou a todos seus bens em favor dos filhos e embarcou para Annecy, que fazia parte então do Ducado da Sabóia. Pouco depois, Deus chamou a Si a filha caçula de Joana, aquela a quem ela mais amava por sua inocência e docilidade.



Cofundadora e alma da Congregação da Visitação


Em Annecy já a esperavam três donzelas virtuosas, dirigidas de São Francisco de Sales, que com ela principiariam a obra.



A Congregação idealizada pelo Bispo de Genebra era uma inovação. Até então só havia conventos de reclusas. Na recém-fundada Congregação – denominada da Visitação – as religiosas não guardariam clausura, pois deveriam cuidar dos pobres, o que suscitou muitas controvérsias.



Apesar da pobreza e das críticas recebidas, novas postulantes foram ingressando na Congregação e três jovens viúvas de Lyon pediram licença para lá fundar uma casa. Nessa ocasião, interveio o Cardeal Arcebispo local, convencendo São Francisco de Sales a erigir e transformar a Congregação em Ordem religiosa e aceitar a obrigação da clausura perpétua. O Fundador, tendo aceito a proposta, estipulou contudo que em seus conventos se pudessem receber senhoras e donzelas que quisessem retirar-se temporariamente para pôr em ordem sua consciência.



Embora muito atenuada em relação às regras existentes, no que se refere a penitências, jejuns e longos ofícios em comum, São Francisco de Sales reforçou a pobreza e a obediência da nova instituição. Nenhuma religiosa poderia ter nada seu, nem mesmo o hábito ou o rosário que usava. Cada ano havia uma rotação de tudo, inclusive livros e objetos de piedade.


A finalidade visada por São Francisco de Sales para sua Congregação seria levada avante pouco depois por seu grande amigo, São Vicente de Paulo, mediante a criação das Filhas da Caridade.



Foi cedendo a instâncias da Madre Chantal e dedicando-o a suas filhas da Visitação, que São Francisco de Sales escreveu seu famoso Tratado do Amor de Deus.



"Minha filha, disse-lhe o santo Bispo, o Tratado do Amor de Deus está escrito para vós".

No prefácio da obra, ele diz:

"Como Deus sabe o muito que estimo essa alma, não foi pouco o que ela influiu nesta ocasião ... o que mais me moveu a levar avante meu projeto foram as reiteradas instâncias desta alma".



Sofrimento modela "alma das mais santas"



Àqueles a quem ama, Nosso Senhor presenteia com sua Cruz. Como alma eleita e muito sensível ao afeto, a Providência foi tirando de Santa Joana suas mais caras afeições para que se desapegasse inteiramente das criaturas.



Sua mãe morreu muito cedo. Apenas casada, foi-lhe arrebatada a irmã que com ela compartira a orfandade, deixando-lhe como herança três orfãozinhos. Dois de seus filhos faleceram recém-nascidos e o marido foi-lhe arrebatado num acidente de caça, deixando-a viúva aos 28 anos. Viu morrer, sucessivamente o pai, o sogro, os quatros filhos, a nora e um genro, tornando-se, aos 60 anos e já superiora da Visitação, a "mãe" de seus netos. Cabe mencionar que seu único filho varão, Celso Benigno, morreu heroicamente aos 31 anos, lutando contra os protestantes na ilha de Rhé. Sua esposa seguiu-lhe na tumba pouco depois, deixando uma filhinha de um ano, que viria ser a famosa epistológrafa Madame de Sevigné.


A cada novo luto, Santa Joana de Chantal superava-se a si própria, saindo do convento para cuidar dos interesses de seus filhos com um tino e uma habilidade superiores. Não deixava, em meios aos negócios do mundo, de ser menos religiosa que no mosteiro. Irradiava por toda parte o reflexo de sua santidade, suscitando verdadeira veneração. Só ao contemplá-la, várias donzelas foram atraídas ao seu convento.



A estas provações somaram-se as espirituais, como tentações terríveis, algumas vezes contra a fé. Conheceu a noite escura e a secura espiritual para chegar a um grau sublime de contemplação. São Vicente de Paulo afirmou que, embora aparentando paz e tranqüilidade, Santa Joana "sofria terríveis provas interiores. Via-se tão assediada de tentações abomináveis, que tinha que apartar os olhos de si mesma com horror para não contemplar esse espetáculo insuportável .... Em meio a tão grandes sofrimentos, jamais perdeu a serenidade nem esmoreceu na plena fidelidade que Deus lhe exigia. Por isso a considero como uma das almas mais santas que encontrei sobre a terra".



Após a morte de São Francisco de Sales, não só consolidou a obra nascente, mas a fez expandir. Durante sua vida, os mosteiros da Visitação elevaram-se a 65. A todos visitou para satisfazer o desejo que muitas de suas filhas espirituais tinham de conhecê-la.



Em 1641, a rainha Ana d’Áustria convidou-a para ir a Paris, cumulando-a de honras e distinções. Era a exaltação que a Realeza prestava à Santa que foi, em vida, comparável à própria Mulher forte do Antigo Testamento.






Meses depois, foi ela receber, no Céu, a recompensa demasiadamente grande que Deus reserva a seus eleitos.




 


Entregou sua alma a Deus em Moulins, a 13 de dezembro de 1641. Foi beatificada por Bento XIV a 13 de novembro de 1751 e canonizada por Clemente XIII em 16 julho de 1767.




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OCUPAI-VOS COM TUDO O QUE É VERDADEIRO,
NOBRE, JUSTO E PURO, AMÁVEL, HONROSO;
E CONVOSCO ESTARÁ O SENHOR, DEUS DA PAZ.
PENSAI NO QUE É BOM
E EM TUDO AQUILO QUE MERECE LOUVOR
FL 4,8-9


Ó DEUS,
 QUE ORNASTES DE GRANDES MÉRITOS
 A SANTA JOANA FRANCISCA DE CHANTAL
NOS DIVERSOS ESTADOS DE VIDA, CONCEDEI-NOS, POR SUAS PRECES,
CORRESPONDER FIELMENTE À NOSSA VOCAÇÃO
E SER EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS UM EXEMPLO PARA TODOS.
POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
VOSSO FILHO,
NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
AMÉM










" HÁ OUTRO MARTÍRIO QUE SE CHAMA MARTÍRIO DE AMOR,
EM QUE DEUS, CONSERVANDO EM VIDA SEUS SERVOS E SERVAS A FIM DE TRABALHAREM PARA A SUA GLÓRIA, OS FAZ AO MESMO TEMPO MÁRTIRES E CONFESSORES."
SANTA JOANA DE CHANTAL

RELICÁRIO COM O CORAÇÃO DE SANTA JOANA
DO MOSTEIRO DE NEVER, FRANÇA





SANTA JOANA DE CHANTAL,
EXEMPLO DE ESPOSA , MÃE E RELIGIOSA,
ORAI POR NÓS
PARA QUE IMITANDO VOSSO EXEMPLO DE FIDELIDADE
E AMOR A DEUS,
 SUPERANDO TODO SOFRIMENTO COM PACIÊNCIA,
POSSSAMOS TAMBÉM NOS REGOZIJAR CONVOSCO NA GLÓRIA DO CÉU.

SANTA JOANA DE CHANTAL , ORAI POR NÓS!









































 






































































quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SÃO FRANCISCO XAVIER - PADROEIRO DOS MISSIONÁRIOS - 03 DE DEZEMBRO










São Francisco Xavier, nascido Francisco de Jaso y Azpilicueta, (Xavier, 7 de Abril de 1506 - Sanchoão, 3 de Dezembro de 1552) foi um missionário cristão do padroado português e apóstolo navarro.






 Pioneiro e co-fundador da Companhia de Jesus, a Igreja Católica Romana considera que tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo do Oriente".

Ele exerceu a sua actividade missionária no Oriente, especialmente na Índia e no Japão.

 É o padroeiro dos missionários, da Diocese de Registro (SP) e também um dos padroeiros da Diocese de Macau.



Índice 

1 Infância e juventude

2 Missionário do padroado português

2.1 Goa

2.2 Primeira Missão

2.3 Malaca

2.4 Regresso à Índia

2.5 Japão

2.6 De novo na Índia

3 Morte

3.1 Beatificação e Canonização

3.2 Milagres



Infância e juventude




O castelo da família em Javier (Espanha), província de Navarra, mais tarde adquirido e recuperado pela Companhia de JesusFrancisco Xavier nasceu no castelo da família em Xavier, no Reino de Navarra, a 7 de Abril de 1506, segundo o registo mantido pela sua família.

Filho de famílias aristocráticas navarras, era o filho mais novo de Juan de Jasso (conselheiro da corte do Rei João III de Navarra) e de Maria de Azpilicueta y Xavier, única herdeira de duas famílias nobres de Navarra.

 Seguindo a tradição basca de atribuição do sobrenome, foi baptizado herdando o nome de sua mãe, de Xavier.











O seu nome é correctamente escrito Francisco de Xavier e não Francisco Xavier, já que Xavier provém do nome da terra da qual a família é originária.








Nem Francisco Javier, já que essa é a grafia castelhana. Além disso, Francisco de Xavier desempenhou o seu apostolado em território português e essa é a pronúncia portuguesa da mesma palavra.



Em 1512, tropas castelhanas e aragonesas, comandadas por Fadrique Álvarez de Toledo, 2º Duque de Alba, atacam o Reino de Navarra.

A família de Francisco está do lado da resistência ao invasor estrangeiro, mas a conquista consolida-se em 1515, quando Francisco tem oito anos.

Depois de uma tentativa de reconquista franco-navarra em 1516, na qual os irmãos de Francisco tomam parte, a muralha, os portões e duas torres do castelo da família são destruídos, assim como o fosso que é tapado, a altura da torre de menagem reduzida para metade e as propriedades da família confiscadas.

Só a residência da família dentro do castelo é poupada. Os irmãos de Francisco são encarcerados nas masmorras e condenados à morte, tendo no entanto obtido uma amnistia e sido libertados.



Durante muito deste período conturbado, Francisco não se encontrava em casa.

O pai de Francisco morrera quando este tinha apenas nove anos e sua mãe, querendo que o filho estudasse, procurara enviá-lo para a universidade.

No entanto, apesar das boas universidades castelhanas, como a de Salamanca e a de Alcalá, a mãe de Francisco não desejara naturalmente instruí-lo nas escolas do invasor, pelo que, aos catorze anos, o enviara para o Colégio de Santa Bárbara, em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia.



No Colégio de Santa Bárbara, Francisco de Xavier foi preparado para prestar provas de admissão à universidade, completando estudos em filosofia, literatura e humanidades. É ainda aqui, que aprende a dominar as línguas francesa, italiana e alemã. É lá que vive todo o período que passa em Paris, primeiro como aluno e mais tarde como professor de filosofia do Colégio de Beauvais.

Consta que terá feito grande sucesso entre os colegas por ser um rapaz muito inteligente, de espírito vivo e conversa fácil, bem constituído e bonito.

Há relatos de que numa competição entre estudantes na ilha do rio Sena ter-se-á consagrado como campeão do salto em altura.

 É neste período que tem como colegas de quarto o francês Le Fèvre e o basco Inácio de Loyola, que dão ao seu grupo o nome de Societas Jesus, latim para Sociedade de Jesus, que mais tarde se viria a tornar a Companhia de Jesus.



É no ano de 1534 que este grupo de devotos amigos, com mais quatro companheiros: Alfonso Salmeron, Diego Laynez, Nicolau Bobedilla e o português Simão Rodrigues, fundam a Companhia de Jesus, congregação religiosa destinada ao ensino, à conversão e à caridade.

 Fazem voto de pobreza e pedem ao Papa que os reconheça oficialmente.



Enquanto anseia o reconhecimento do Papa, que só acontecerá em 1541, o grupo parte para Veneza com o objectivo de alcançar a Terra Santa.

 É aí, a 24 de Junho de 1537, que Francisco de Xavier é ordenado padre.

Não chegando a pisar a Terra Santa em virtude da guerra entre venezianos e turcos, o grupo parte para Roma, onde Francisco serve por um breve período.


Missionário do padroado português

Viagens de São Francisco Xavier na Ásia






Em Roma, Francisco de Xavier sente-se muito abalado pela conquista do Reino de Navarra pelo Reino de Castela.

 É nesse momento que Dom João III, Rei de Portugal, depois dos sucessivos apelos ao Papa Paulo III para que este lhe envie missionários para espalhar a fé cristã pelos territórios descobertos pelos portugueses, é aconselhado entusiasticamente pelo director do Colégio de Santa Bárbara, Diogo de Gouveia, a chamar para os Reino de Portugal os jovens cultos e inteligentes da Companhia de Jesus, que este lhe recomenda.

Dom João III pede assim ao embaixador de Portugal em Roma que sonde o grupo e é aí que Francisco de Xavier descobre um caminho para pôr em prática a sua vocação missionária.













 É escolhido por Inácio de Loyola e chega a Portugal em 1540.



Francisco de Xavier parte de Lisboa para a Índia no ano seguinte, a 7 de Abril, acompanhado de outros dois jesuítas, Francisco de Mansila e Paulo Camarate.

 Partem a bordo da nau Santiago, onde viajava Martim Afonso de Sousa, que ia tomar posse do cargo de governador na Índia.



Em Agosto ancoraram junto da ilha de Moçambique. Nessa altura do ano, os ventos adversos impediram a continuação regular da viagem, tendo a nau invernado ali durante seis meses.

Francisco dedicou o seu tempo ao auxílio e tratamento dos doentes. Tendo-se feito de novo ao mar, a nau voltou a aportar em Melinde.


Aí, Francisco de Xavier conseguiu de imediato converter alguns africanos, e desejou por força lá permanecer, ao que não foi autorizado por Martim Afonso de Sousa, por essa decisão ser contrária às instruções do Rei.



A nau Santiago ancorou em Goa, a então capital do Estado Português da Índia, a 6 de Maio de 1542.



 Goa







Sabe-se, através das cartas a Inácio de Loyola, que as primeiras impressões de Francisco Xavier sobre Goa foram muito favoráveis, tendo ficado entusiasmado com a quantidade de indianos que falavam português, com a quantidade de igrejas e de convertidos.






No entanto, à medida que foi conhecendo melhor a cidade, apercebeu-se de que muitos dos convertidos praticavam ainda paralelamente cultos hindus e que muitos portugueses davam também eles mau exemplo, defendendo as virtudes cristãs mas não as praticando.

 Estrategicamente, decidiu assim dedicar-se numa primeira fase a reencaminhar os portugueses para a verdadeira fé, tendo só posteriormente iniciado o seu trabalho de conversão.



Quando iniciou as conversões, dedicou-se primeiramente às crianças e só depois aos adultos.

Todo o tempo que lhe sobrava era dedicado a visitar as prisões, a tratar dos doentes no Hospital Real e dos leprosos no Hospital de São Lázaro.










É aí que começa a escrever um catecismo que veio a ser traduzido para várias línguas asiáticas.


 Primeira Missão

A 20 de setembro de 1543, parte na sua primeira acção missionária para a costa a que os portugueses chamavam “Costa de Pescaria”, na costa este do Sul da Índia, a norte do Cabo Comorim, território dos paravás.

 Nesta região, a prática da pesca era muito popular, prática essa que não era bem encarada pela religião hindu, que reprova a morte de animais.

Os pescadores da região foram, portanto, muito receptivos à religião cristã, que não os criticava pela profissão que levavam, usava um peixe como um dos seus símbolos e cujos primeiros apóstolos eram pescadores de peixe tornados “pescadores de homens”.



Ficou a viver numa gruta nas rochas junto ao mar em Manapad, catequizando as crianças paravás intensivamente durante três meses em 1544.

Concentrou-se então em converter o rei de Travancore ao Cristianismo, tendo visitado também o Ceilão (actual Sri Lanka).

Insatisfeito com os resultados da sua actividade, partiu ainda mais para oriente em 1545, planejando uma viagem missionária a Macáçar, na ilha de Celebes (actual Indonésia).

Francisco levou alguns destes paravás consigo até Goa, onde os pôs a estudar no seminário, tendo-se eles tornado por sua vez missionários.



Sendo o primeiro jesuíta na Índia, Francisco cometeu alguns erros que levaram a que as suas missões não fossem mais bem sucedidas.

Não respeitando a religião hindu, não tentou fazer a transição desta para o Cristianismo de forma gradual, caindo na tentação de apostar em fazer uma conversão demasiado rápida e brusca.

 Também não tentou converter primeiro as classes altas para depois chegar aos pobres.

 Pelo contrário, procurou converter os pobres directamente, como Jesus Cristo.


 Malaca

Francisco Xavier. Retrato japonês do período Nanban.








Em outubro, aportou na também portuguesa Malaca. Tendo sido forçado a esperar três meses por um barco para Macáçar, desistiu desse objectivo e partiu de Malaca a 1 de janeiro de 1546 para as ilhas de Amboino, onde permaneceu até meados de junho.



Visitou, depois, outras das ilhas Molucas, incluindo Ternate e Morotai. Pouco depois da Páscoa de 1546, regressou às ilhas de Amboino e, posteriormente, a Malaca.

Nesse período, frustrado pelas elites de Goa, São Francisco escreve ao Rei Dom João III de Portugal pedindo que fosse instalada em Goa uma Inquisição.

Esta Inquisição, à qual o rei se mostrou resistente, como se mostrara à sua presença em Lisboa, viria a ser instalada só oito anos após a morte de Francisco de Xavier.



O trabalho de Francisco de Xavier inaugurou mudanças permanentes nas ilhas que configuram a Indonésia Oriental, tendo-se tornado conhecido como o “Apóstolo das Índias” quando, entre 1546 e 1547, trabalhou nas ilhas Molucas, cavando os alicerces para uma missão permanente.

Baptizou milhares de pessoas.

Depois de partir desta região, o seu trabalho foi continuado por outros, sendo que na década de 1590 já havia entre 50.000 e 60.000 católicos na região, sobretudo nas ilhas de Ambonio.



Em dezembro de 1547, em Malaca, Francisco de Xavier conhece o aventureiro e futuro escritor Fernão Mendes Pinto, que regressava do Japão e trazia consigo um nobre japonês de nome Angiró, natural de Cagoxima.

Angiró ouvira falar de Francisco em 1545 e viajara de Cagoxima para Málaca com o propósito de o conhecer. Angiró tinha sido acusado de assassínio e fugira do Japão. Abriu o seu coração a Francisco, confessando-lhe a vida que levara até ali, mas também os costumes e cultura da sua amada terra natal.

Angiró é baptizado por Francisco Xavier e adopta o nome português de Paulo de Santa Fé.

Angiró era samurai e, como tal, tornar-se-ia um valiosíssimo mediador e tradutor para uma missão ao Japão que assim se tornava cada vez mais próxima da realidade.



“Perguntei a Angiró se os japoneses se tornariam cristãos se eu fosse com ele ao seu país e ele respondeu-me que eles não o fariam imediatamente, mas que primeiro me fariam muitas perguntas para saberem o que eu sabia. Acima de tudo, que eles quereriam saber se a minha vida corresponderia ao meu ensinamento”.



 Regresso à Índia






Regressado à Índia em janeiro de 1548, passa os quinze meses seguintes com variadas viagens e tomando medidas administrativas na Índia.

Devido ao que considerou um estilo de vida não-cristão por parte de muitos portugueses, que lhe impedia o trabalho missionário, viajou para o sudeste.

Partiu de Goa a 15 de abril de 1549, parou em Málaca e visitou Cantão, na China.

 Foi acompanhado por Angiró, pelo padre Cosme de Torres, pelo irmão João Fernandes e por outros dois homens japoneses que estudaram em Goa para servirem de intérpretes. Levou também consigo inúmeros presentes para o “rei do Japão”, já que tencionava apresentar-se perante ele como representante da cristandade.


 Japão















Alcançaram o Japão a 27 de julho de 1549, mas só a 15 de agosto é que foram autorizados a aportar em Kagoshima, o principal porto da província de Satsuma, na ilha de Kiushu.

 Foi recebido amigavelmente e ficou hospedado pela família de Angiró até outubro de 1550. Entre outubro e dezembro desse ano, residiu em Yamaguchi. Pouco antes do Natal, partiu para Quioto, mas não conseguiu autorização para visitar o imperador.

Regressou a Yamaguchi em março de 1551, onde o daimio daquela província o autorizou a pregar.

Contudo, faltando-lhe a fluência na língua japonesa, teve de se limitar a ler alto a tradução do catecismo feita com Angiró.



Francisco teve um forte impacto no Japão, tendo sido o primeiro jesuíta a lá ir em missão.

Levou com ele pinturas da Virgem Maria e da Virgem com Jesus. Estas pinturas ajudaram-no a explicar o Cristianismo aos japoneses, já que a barreira de comunicação era enorme, visto o japonês ser uma língua diferente de todas as que os missionários tinham até aí encontrado.




A estátua de São Francisco Xavier (ao centro), Angiró (à esquerda) e Bernardo de Kagoshima (direita) no Parque Xavier (Cidade de Kagoshima, Japão).










Os japoneses não se revelaram pessoas facilmente conversíveis. Muitos eram já budistas.

Francisco Xavier teve dificuldade em explicar-lhes um conceito de Deus segundo o qual Deus criara tudo o que existe.

Aos seus olhos, Deus seria então responsável também pelo Mal e pelo pecado, algo que era para eles uma acção incompreensível da parte de Deus.

O conceito de Inferno foi também difícil de explicar, pois os japoneses não aguentavam a concepção de que os seus antepassados podiam estar num Inferno eterno do qual era impossível libertá-los.

Apesar das diferenças religiosas, Francisco de Xavier terá sentido que os japoneses eram um povo bom, como os povos europeus, e que por isso poderiam ser convertidos.



Xavier foi bem acolhido pelos monges da escola de Shingon, por ter usado a palavra “Dainichi” para descrever o Deus Cristão.

Depois de ter aprendido mais sobre as nuances da palavra, Francisco pasou a usar a palavra “Deusu”, da palavra latina e portuguesa “Deus”.

Foi nesse momento que os monges se aperceberam que ele pregava uma religião rival.

No entanto, Francisco sempre respeitou o povo que o acolheu, tendo aprendido japonês, deixado de comer carne e peixe, e cumprimentava os senhores com vénias profundas, tendo chegado em algumas circunstâncias a vestir-se com trajes japoneses, tudo para ser melhor aceite.



Com a passagem do tempo, a missão de Francisco Xavier no Japão pôde ser considerada muito frutuosa, tendo conseguido estabelecer congregações em Hirado, Yamaguchi e Bungo.

 Xavier continuou a trabalhar durante mais de dois anos no Japão, tendo escrito um livro em japonês sobre a criação do mundo e a vida de Cristo, até a chegada dos jesuítas que o vieram suceder, cujo estabelecimento supervisionou.



 De novo na Índia





É aí que decide regressar à Índia.







Nessa viagem, uma tempestade força-o a parar numa ilha perto de Cantão, na China, onde já estivera.

 Encontra assim o rico mercador Diogo Pereira, um velho amigo de Cochim, que lhe mostra uma carta proveniente de portugueses mantidos prisioneiros em Cantão, pedindo um embaixador português que intercedesse a seu favor junto do Imperador.



Mais tarde durante a viagem, pára de novo em Malaca a 27 de Dezembro de 1551 e estava de volta a Goa em Janeiro de 1552.



É a 17 de Abril que parte com Diogo Pereira a bordo da nau Santa Cruz, a caminho da China.

Apresenta-se como representante da cristandade e Pereira como embaixador do Rei de Portugal.

É pouco depois que se apercebe que se esquecera das suas certidões que o confirmavam como representante da Igreja Católica na Ásia.

De novo em Malaca, é confrontado pelo Capitão Álvaro de Ataíde de Gama que tinha agora controlo total do porto e se recusa a reconhecê-lo como representante da Igreja Católica e que exige a Pereira que resigne ao seu título de embaixador.

O Capitão nomeia então uma nova tripulação para a nau e ordena que os presentes para o Imperador sejam deixados em Malaca.



De volta a Goa, Xavier não baixou os braços, ocupando-se em enviar para várias regiões da Índia os muitos grupos de novos jesuítas recém-chegados à Índia, com o objectivo de fundarem missões.

Ocupou-se também com a direcção do Colégio de São Paulo em Goa, que formava catequistas e padres asiáticos, promovendo ainda a tradução de livros religiosos para as línguas locais.



Apesar da intensa actividade, Francisco Xavier acalentava o sonho de ir missionar na China, onde era proibida a entrada de estrangeiros.

 Parte a 14 de Abril de 1552, convencido de que conseguiria infiltrar-se secretamente e cativar chineses para o cristianismo.

Desembarcou na ilha de Sanchoão e, quando se encontrava em negociações com um mercador chinês que prometera levá-lo consigo, foi atacado por febres violentas.




Caixão de São Francisco Xavier na Basílica do Bom Jesus de Goa.














 
 Morte

São Francisco Xavier morre a 3 de dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes, abraçado ao crucifixo que o velho amigo Inácio de Loyola, um dia, lhe tinha oferecido.

















Foi primeiramente sepultado em Sanchoão, mas, em fevereiro de 1553, os seus restos mortais, encontrados incorruptos, foram transportados da ilha e, temporariamente, sepultados na Igreja de São Paulo em Malaca.

 Uma campa aberta na igreja mostra ainda hoje o lugar onde São Francisco Xavier esteve sepultado.

 Depois de 15 de abril de 1553, Diogo Pereira vem de Goa, remove o corpo de Xavier e, a 11 de dezembro desse ano, o corpo de Xavier é levado para Goa.

O seu corpo está hoje na Basílica do Bom Jesus de Goa, onde o seu corpo foi colocado numa caixa de vidro e prata, a 2 de dezembro de 1637, e se tornou lugar de peregrinação.




Úmero de São Francisco Xavier. Igreja de São José (Macau).











Um osso do úmero direito de Xavier foi levado para Macau, onde é mantido num relicário de prata.

 Esta relíquia destinava-se ao Japão, mas a perseguição religiosa na região levou a que fosse mantida na Igreja da Madre de Deus em Macau, cujas ruínas são actualmente conhecidas como Ruínas de São Paulo.

Hoje, é na Igreja de São José, em Macau, que está depositada essa relíquia sagrada de São Francisco Xavier.



Muitas igrejas foram desde então erguidas em honra de Xavier, muitas delas fundadas por jesuítas.

Um parente seu, João de Azpilcueta Navarro, foi um famoso missionário jesuíta no Brasil. São Francisco Xavier figura no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.







Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, onde é homenageado São Francisco Xavier, ao lado dos descobridores.









Beatificação e CanonizaçãoFrancisco Xavier é um santo católico.

Foi beatificado pelo Papa Paulo V a 25 de outubro de 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV, a 12 de março de 1622, em simultâneo com Inácio de Loyola.

 É o santo patrono dos missionários. O seu dia festivo é 3 de dezembro.


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Milagres




Enquanto missionava pelo Oriente, contavam-se muitas histórias a seu respeito, e dizia-se que Francisco era capaz de prever o futuro, ver acontecimentos que se desenrolavam à distância e acalmar as tempestades marítimas com boas palavras.

 A imagem de São Francisco Xavier surge geralmente associada a um símbolo composto com um caranguejo com um crucifixo nas tenazes.

 Este símbolo relaciona-se com um dos milagres que lhe é atribuído.



Segundo a tradição, esse milagre deu-se certo dia, quando São Francisco Xavier navegava ao largo das ilhas Molucas, em que rebentou um temporal medonho.

Os marinheiros, aflitíssimos, julgando que chegara o último dia das suas vidas, gritavam em altas vozes pedindo a Deus misericórdia.

Como de costume, São Francisco manteve a serenidade, pegou no crucifixo de madeira que sempre trazia consigo e mergulhou-o nas águas revoltas. Os vagalhões desfizeram-se logo e o crucifixo desapareceu no mar.








Quando o navio chegou à praia e os tripulantes desembarcaram, viram sair das ondas um enorme caranguejo que trazia o crucifixo perdido para o devolver ao dono.









São Francisco Xavier recolheu-o sem dizer palavra e o caranguejo voltou para o mar.

FONTE:




É GRANDE A COLHEITA E OS OPERÁRIOS SÃO POUCOS
POR ISSO PEDI AO SENHOR DA COLHEITA
QUE MANDE OPERÁRIOS À SUA COLHEITA
LC 10,2


Ó DEUS,
QUE PELA PREGAÇÃO DE SÃO FRANCISCO XAVIER
CONQUISTATES PARA VÓS MUITOS POVOS DO ORIENTE,
CONCEDEI A TODOS OS FIÉIS O MESMO ZELO,
PARA QUE A SANTA IGREJA POSSA ALEGRAR-SE
COM O NASCIMENTO DE NOVOS FILHOS EM TODA A TERRA.

POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
VOSSO FILHO,
NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
AMÉM





CORPO DE SÃO FRNCISCO XAVIER







RECEBEREIS VOSSA FORÇA DO ESPÍRITO,
QUE HAVERÁ DE DESCER SOBRE VÓS;
E SEREIS TESTEMUNHAS DE MIM
AT 1,8

SENHOR,
QUE DESTES A FORÇA DO ESPÍRITO SANTO
AO VOSSO SERVO SAÕ FRANCISCO XAVIER,
DAI-NOS POR SUA INTERCESSÃO
SERMOS VOSSAS TESTEMUNHAS
SEGUINDO SEU VALOROSO EXEMPLO.
POR CRISTO.
AMÉM 




FRANCISCO EM VISÃO





POR INTERCESSÃO
DO BEM-AVENTURADO FRANCISCO,
VOSSO CONFESSOR,
CONCEDEI-NOS, A GRAÇA DO VOSSO AUXÍLIO OPORTUNO PARA NOSSAS NECESSIDADES.
AMÉM





SANTO INÁCIO, SÃO GREGÓRIO, O GRANDE,
E SÃO FRANCISCO XAVIER.







FRANCISCO SENTIA TANTO AMOR A DEUS
QUE SEU CORAÇÃO SE ABRASAVA.
ELE SENTIA COMO UM FOGO QUEIMANDO.




SÃO FRANCISCO XAVIER,
OARAI POR NÓS.





A MINHA VERDADE E A MINHA MISERICÓRDIA ESTARÃO COM ELE;
E PORQUE INVOCOU O MEU NOME, O SEU PODER SERÁ EXALTADO.
SL 88,25









FRANCISCO XAVIER RESSUCITA UM JOVEM

Seguindo, logo mais, para a costa pesqueira de Mutan, topa com um cortejo fúnebre, que leva um jovem cristão ao último descanso. Os pais jogam-se aos pés de Francisco, pedindo ajuda. O coração sensível do Padre Francisco, mistura as suas lágrimas com as dos pais, toma a água benta, asperge o defunto, traça o sinal da cruz sobre o corpo, que toma pela mão e ordena que se levante. Em seguida, com fizera Jesus em Naim, devolveu o filho à sua mãe.








Depois de haver passado por dificuldades e combates de toda ordem, o chamado de Deus se fez ouvir:

"Francisco, meu filho, cessa tua luta e vem a Mim!"










FRANCISCO XAVIER RESSUCITA UM MORTO

Pregando diante de uma multidão gélida em Coulão, de repente, os olhos de Xavier se iluminam e fixam os ouvintes. E vem o desafio: “Abri a sepultura, que fechastes ontem, e tirai o corpo!” Na véspera fora enterrado um homem. A multidão corre à sepultura. Alguns protestam, dizendo: “Cheira mal; não convém”.



Xavier insiste: “Quer dizer que está morto mesmo!” O povo recua alguns passos. Xavier aproxima-se da sepultura aberta e inclina-se em oração sobre o cadáver. Daí a pouco sua voz reboa com um trovão: “Em nome do Deus vivo, te ordeno que te levantes, para provar as verdades que prego!”.



No mesmo instante, o morto levantou-se cheio de vida. O povo cai aos pés do “santo padre”, pedindo o batismo. Xavier se emociona: acabou de realizar um milagre de sabor evangélico. O morto parecia um sósia de Lázaro.