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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SANTA MARGARIDA DE CORTONA - 22 DE FEVEREIRO








Margarida nasceu na cidade de Laviano, diocese de Chiusi, na Toscana, em meados o século XIII.

De sua primeira infância, nada se sabe a não ser que perdeu a mãe quando tinha sete ou oito anos de idade.

Como acontece com certa freqüência, a madrasta que veio preencher o lugar de sua progenitora, dois anos depois de sua morte, começou a tratá-la mal, encontrando defeito em tudo o que ela fazia.


Ora, Margarida tinha um coração terno e uma natureza ardente. E não encontrando em casa o afeto de que necessitava, foi procurá-lo fora.







Tornou-se uma formosa adolescente, cheia de graças e encantos. Isso constituiu sua desgraça.

Quando contava 15 anos, o filho do senhor de Montepulciano dela se enamorou e convenceu-a a ir viver com ele pecaminosamente, prometendo-lhe que futuramente haveriam de se casar.

 
Os remorsos de consciência foram abafados.

 

Em meio ao luxo, às festas, aos passeios, Margarida reprimia sua consciência, que de tempos em tempos, como um aguilhão, a torturava.

 Mais tarde ela dirá:

Em Montepulciano perdi a honra, a dignidade, a paz; perdi tudo, menos a fé”.


E era essa fé que aflorava e a fazia sonhar com outra vida muito diferente da que então levava.

Algumas vezes, por exemplo, vendo certos lugares recolhidos, comentava:

 “Como seria bom rezar aqui!

Que lugar próprio para se levar uma vida penitente e solitária”.


 
Mas novas jóias, novas festas, novas promessas abafavam esses bons movimentos de seu coração.

 
Certa vez em que algumas damas elogiavam sua beleza, ela respondeu profeticamente:

Não façam caso disso.

Chegará o dia em que vocês me tratarão como santa e irão, com o bordão na mão, visitar meu túmulo”.


Assim, Margarida viveu nove anos nessa união ilícita, contrária à Lei de Deus, quando sobreveio um acontecimento dramático que deveria mudar sua vida.




Visão funérea e graça da conversão

Certo dia seu concubino não voltou para casa, e nem no dia seguinte.

Aflita, Margarida viu chegar apenas a cadelinha dele, que, ganindo tristemente, a puxava pelo vestido, indicando-lhe que a seguisse.


Margarida, ansiosa, seguiu o animal até um bosque nas imediações, onde encontrou um amontoado de galhos que o animalzinho esforçava-se para levantar.








Tirando os galhos de cima, deparou com o cadáver de seu concubino apunhalado, envolto em sangue, e que já começava a dar os primeiros sinais de putrefação.








Ante essa sinistra visão, ela deu um grito e caiu desmaiada.


Foi o golpe de misericórdia da Providência.

Apenas voltando a si, Margarida pensou sobre o destino eterno daquele de quem fora cúmplice no pecado.

 Encheu-se de tal horror de sua existência pecaminosa, que, naquele momento, fez o propósito de mudar inteiramente de vida.




No lar paterno, rejeitada pela madrasta

Depois do enterro do infeliz jovem, Margarida vendeu tudo o que tinha, distribuiu entre os pobres e, vestida muito simplesmente de preto, retornou à casa do pai, pedindo perdão e abrigo.

O pai comoveu-se, mas a seu lado estava a madrasta, que imediatamente exclamou: “Ou ela ou eu!”.


A porta da casa paterna foi-lhe então cruelmente fechada.


Desolada e sem saber o que fazer, sem recursos e sem residência, no auge da provação, Margarida sentou-se num tronco à beira do caminho.






 O demônio logo entrou em cena, tentando-a:

Você tem somente 26 anos e está no auge de sua formosura.

Muitos outros pretendentes surgirão.

Vamos, erga a cabeça e recomece de novo a vida de fausto e de alegria!”.








Não! –– exclamou Margarida, resoluta.

Já ofendi muito a Nosso Senhor, que verteu seu sangue inocente por mim.

Mais vale a pena mendigar o pão que voltar ao pecado”.


Nesse momento outra voz, a da graça, se fez ouvir:


“Em Cortona os filhos de São Francisco compadecer-se-ão de ti e dir-te-ão o que fazer”.


Nessa época Cortona era uma república, com administração autônoma.

Era próspera e tinha vida religiosa intensa.

A pobre Margarida, sem conhecer ninguém, procurou o convento dos frades franciscanos.







Duas damas locais, Marinaria e Romeria Boscari, a encontraram e ficaram comovidas ao ver sua profunda tristeza e o sofrimento que se exprimia em seu rosto.

Com bondade, perguntaram-lhe se precisava de algo.








Margarida abriu-lhes a alma, contou seus pecados e sua inspiração de procurar os franciscanos da cidade.

As duas nobres senhoras ofereceram-lhe abrigo em sua casa, e elas mesmas a apresentaram a Frei Bevegnati, varão venerável por sua virtude, que depois viria a escrever a história de Margarida.

 Esta, entre lágrimas e suspiros, fez uma confissão geral tão minuciosa, que durou oito dias.

Pediu depois admissão na Ordem Terceira franciscana, também chamada da Penitência.









Radicalidade na penitência obtém o perdão divino








Preocupada em evitar uma recaída no pecado, Margarida cortou a formosa cabeleira, que tanto orgulho lhe causara, expôs o rosto ao sol para perder seu frescor, e examinava como reparar seu escândalo.

 Passou a dormir no solo e a alimentar-se apenas de ervas.



Certo domingo apareceu ela em Laviano na hora da Missa mais freqüentada, com uma corda ao pescoço, e ali, em altas vozes, pediu perdão a seus concidadãos pelo mau exemplo que lhes dera.









Outra vez, em Cortona, Margarida fez-se arrastar com uma corda ao pescoço pelas ruas da cidade, enquanto uma mulher gritava:

“Eis esta Margarida, que perdeu tantas almas;

eis esta pecadora, que profanou tanto nossa cidade”.


No intuito de se humilhar, muito mais coisas teria feito, se a obediência lhe tivesse permitido.











Margarida passava horas e horas de joelhos diante do Crucifixo, chorando por seus pecados.












 Seu arrependimento foi tão profundo e sincero, que um dia o Crucificado disse-lhe:


 
“Teus pecados te são perdoados”.


Outra vez, quando em prantos meditava na Paixão de Nosso Senhor, Este perguntou-lhe:

“Que queres, minha pobre pecadora?”.



 
E Margarida, num transporte de amor, respondeu:

“Senhor Jesus, não quero senão a Vós, e não procuro senão a Vós”.






Participação na Paixão do Divino Redentor


Em pouco tempo Margarida passou a ser visitada por elevadas graças místicas.

 Narra seu confessor e biógrafo:

“Pediu-me que não me ausentasse do convento, porque Deus lhe preparava algo extraordinário.

Depois da Missa conventual, ela foi arrebatada em espírito.

À sua vista desenrolou-se o drama da Paixão.

Viu o Salvador vendido pelo beijo de Judas, negado por São Pedro, abandonado pelos Apóstolos, insultado pelos pretorianos.

Ouviu os golpes dos açoites, os gritos do populacho, o ruído do martelo quando Lhe cravavam mãos e pés.








 Explicou-me as cenas da Paixão, sem conhecer a presença da população de Cortona, que havia vindo para presenciar tão extraordinário fato.

Tinha os braços em cruz, e as contrações de seu rosto refletiam a violência de suas emoções.













 À mesma hora em que expirou a vítima do Calvário, inclinou a cabeça e pareceu também que ela expirava.

Os que estavam presentes não cessavam de soluçar”.

Outra vez, acabrunhada pelo peso das tentações, gemia aos pés do Crucifixo.











 Disse-lhe Nosso Senhor:

Tem ânimo, minha filha, por mais violentos que sejam os esforços do demônio, pois Eu estou contigo no combate, e sempre sairás vitoriosa.

 Sê fiel a todos os conselhos do teu diretor;

confia cada dia mais e mais em minha bondade,

desconfia de ti mesma, e com o socorro de minha graça triunfarás do inimigo”.






De vários lugares, desde Roma até a Espanha, vinham pessoas ver a que se tornou “a taumaturga de Cortona”, pela fama dos milagres por ela operados.



 
Pedia-se, por sua mediação, a conversão de pecadores, a cura de enfermos, a liberação de endemoniados.


Foi graças a Margarida que os güelfos, partidários dos Papas, fizeram as pazes com os gibelinos, partidários do Imperador alemão, depois que ela, por ordem de Deus, correu pelas ruas de Cortona gritando:

Cortonenses, fazei penitência e reconciliai-vos com vossos inimigos”.

Nosso Senhor afirmou lhe nessa ocasião:

“Cortona merecia ser castigada,

 mas, pelo amor que te tem, Eu a perdoarei”.


O Divino Salvador também fez-lhe o seguinte elogio:

Tu és a terceira luz dada à Ordem de meu bem-amado Francisco.

Ele foi a primeira, entre os Frades Menores;

Clara foi a segunda, entre as monjas;

tu és a terceira, na Ordem da penitência.






Com esmolas recebidas Margarida fundou o Hospital de Santa Maria da Misericórdia, para cuidar dos pobres da cidade, a cargo de suas irmãs da Ordem Terceira Franciscana reunidas em uma Congregação por ela fundada, a das Poverelle.






 

Muitos milagres, que o limite deste artigo não permite transcrever, foram operados por intercessão da penitente de Cortona.













Seu corpo, transcorridos mais de 700 anos de sua morte, continua incorrupto.













 
 Ele pode ser visto num relicário de cristal, exposto na Basílica dedicada à sua honra, em Cortona.










Corpo de Santa Margarida de Cortona
















ALTAR TÚMULO DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA







A visão porém, mais consoladora que Cristo lhe concedeu, foi uma, pouco antes do feliz trânsito, em que Jesus, anunciando-lhe a proximidade da morte, assegurou-lhe a completa remissão dos pecados passados e que sua alma iria para o céu, acompanhada de todas as almas do Purgatório, que deviam a libertação às suas orações e boas obras.


Com santa impaciência aguardou Margarida a chegada desta feliz data.

Era o dia 22 de fevereiro de 1297.




 










 














 Margarida contava 48 anos.

 

 
O corpo foi, em grande solenidade, enterrado na Igreja da Ordem de São Francisco, onde até hoje é conservado intacto.









 
Muitos milagres têm provado a santidade da serva de Deus.

Bento XIII inseriu-a solenemente no catálogo dos Santos, em 1728.




LEIA SOBRE ALGUNS MILAGRES DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA EM:












Igreja onde seu corpo encontra-se guardado.



MARGARIDA TENDO UMA DE SUAS VISÕES MÍSTICAS







Orações:

Ó Deus, Pai de bondade,
pela intercessão de Santa Margarida de Cortona,
 eu Te suplico,
 sustenta minha esperança nas provações da vida
 para que ao dizer-te:
“Senhor, que queres que eu faça?”,
seja capaz de ouvir e de aceitar tua resposta.
Amém.

Santa Margarida de Cortona, rogai por nós.










"O VOSSO ADORNO NÃO CONSISTA EM COISAS EXTERNAS,
TAIS COMO CABELOS TRANÇADOS, JOIAS DE OURO, VESTIDOS LUXUOSOS,
MAS NA PERSONALIDADE QUE SE ESCONDE NO VOSSO CORAÇÃO,
MARCADA PELA ESTABILIDADE DE UM ESPÍRITO SUAVE E SERENO,
COISA PRECIOSA DIANTE DE DEUS."
Pd 3,3






Imagem retratando as penitências de Santa Margarida



APESAR DE SER AMANTE DE UM HOMEM RICO
MARGARIDA TINHA REMORSOS
E PENSAVA EM CASAR-SE.

ATÉ QUE SEU CONCUBINO MORREU EM PECADO.
ELA , ENTÃO, TORNOU-SE PENITENTE.






A DEUS ORAVA COM LÁGRIMAS
FIEL A SANTA ORAÇÃO,
ENTRE JEJUNS E VIGÍLIAS,
FIEL À SANTA ORAÇÃO.







DO MUNDO A GLÓRIA PISOU,
FIRMANDO A MENTE NO BEM.
E, NA PERFEITA JUSTIÇA,
DOS CÉUS SUBIU MAIS ÁLÉM.





SANTA MARGARIDA DE CORTONA,
ESTRELA DA ORDEM FRANCISCANA,
ORAI POR NÓS!




SENHOR JESUS,
QUE PERDOASTES À MULHER PECADORA TODOS OS SEUS PECADOS
PORQUE ELA MUITO AMOU,

PERDOAI-NOS TAMBÉM NOSSOS MUITOS PECADOS
E PELA INTERCESSÃO
DA VOSSA SERVA
A BEM-AVENTURADA MARGARIDA DE CORTONA,
CONCEDEI-NOS PAZ E PROTEÇÃO.





POR SUAS PRECES MOVIDO,
JESUS, SALVAI OS CULPADOS,
E ASSIM A VÓS LOUVAREMOS
DE CORAÇÃO RENOVADOS.




Máscara mortuária de Santa Margarida


A CADELINHA QUE MOSTROU O CORPO DE SEU AMANTE
É MOSTRADA EM MUITAS DAS SUAS REPRESENTAÇÕES
ICONOGRÁFICAS.






PELA INTERCESSÃO DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA,
CONCEDEI-NOS FORTALEZA NAS PROVAÇÕES,
SENHOR.








PELA INTERCESSÃO DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA,
CONCEDEI-NOS, SENHOR,
QUE SEMPRE VOS AGRADEMOS
EM PALAVRAS E AÇÕES.





PELOS MÉRITOS DE SANTA MARGARIDA DE CORTONA,
CONCEDEI-NOS SAÚDE
NO CORPO E NA ALMA.








LOUVOR E PODER A DEUS PAI,
QUE O MUNDO INTEIRO GOVERNA
E RESERVA PARA OS SEUS
A GLÓRIA DA VIDA ETERNA.






Santa Margarida mantinha colóquios com seu anjo da guarda






Ícone com a vida de Santa Margarida






"NÃO VOS CONFORMEIS COM O MUNDO,
MAS TRANSFORMAI-VOS,
RENOVANDO VOSSA MANEIRA DE PENSAR E JULGAR,
PARA QUE POSSAIS DISTINGUIR O QUE É DA VONTADE DE DEUS,
ISTO É,
O QUE É BOM,
O QUE LHE AGRADA,
O QUE É PERFEITO. "
Rm 12,2





A glória de Santa Margarida



Milagre de Santa Margarida - ressucita um menino



CORPO DE MARGARIDA DE CORTONA






A MÃO DO SENHOR VOS DÁ FORÇA,
VÓS SEREIS PARA SEMPRE BENDITA!










CONCEDEI-NOS, Ó DEUS,
A SABEDORIA E O AMOR QUE INSPIRASTES
À VOSSA FILHA SANTA MARGARIDA DE CORTONA,
PARA QUE, SEGUINDO SEU EXEMPLO DE FIDELIDADE,
NOS DEDIQUEMOS AO VOSSO SERVIÇO,
E VOS AGRADEMOS PELA FÉ E PELAS OBRAS.

POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
VOSSO FILHO,
NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
AMÉM





MEU CORAÇÃO E MINHA CARNE REJUBILAM
E EXULTAM DE ALEGRIA NO DEUS VIVO











Santos e Santa Margarida contemplando a Virgem Mãe






A visão de Santa Margarida








ORAI POR NÓS!




























































































































































SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHORA DAS DORES - 27 DE FEVEREIRO






Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luiz Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti.



INFÂNCIA
 No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do batismo, na mesma pia, em que foi batizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino.



O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis.

Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade.

A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver.

 Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo.

 Este, no batismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.



Dando testemunho da educação que recebiam na família, no Processo da beatificação do Servo de Deus, os seus irmãos declararam:

“Nós fomos educados com o máximo cuidado, no que diz respeito à piedade e à instrução. Nossa mãe era piedosíssima e nos educou segundo as máximas da nossa santa Religião”.

Nos braços, sobre os joelhos de uma mãe profundamente religiosa o pequeno Francisco aprendeu os rudimentos da vida cristã e pronunciar os santos nomes de Jesus e Maria.



A grande felicidade que na infância reinava, experimentou um grande abalo, quando inesperadamente o anjo da morte veio visitar aquele lar e arrebatar-lhe a mãe.

D. Inês sentindo a última hora se aproximar, na compreensão do seu dever de mãe cristã reuniu todos os filhos à cabeceira do leito mortal, estreitou-os, um por um, ao seu coração, selou a sua fronte com o último beijo, deu-lhes a bênção, distinguindo com mais carinho os de tenra idade, entre estes, Francisco; munida de todos os sacramentos, confortada pela graça de Deus, na idade de 38 anos deixou este mundo, para, na eternidade, perto de Deus, receber o prêmio de suas raras virtudes.



Do pai, o próprio filho Francisco ao seu diretor espiritual deu o seguinte testemunho: Meu pai, declarou, tinha por costume levantar-se bem cedo.

Dedicava uma hora à oração e meditação; se neste tempo alguém desejava falar-lhe, havia de esperar pelo fim das práticas religiosas.

Terminadas estas, ia à igreja assistir a santa Missa e costumava levar consigo dos filhos os que não fossem impedidos. Finda a santa Missa metia-se ao trabalho.

 À noite reunia seus filhos e dava-lhes sábios conselhos e úteis exortações. Falava-lhes dos deveres para com Deus, do respeito devido à autoridade paternal e do perigo das más companhias. “Os maus companheiros, dizia ele, são os assassinos da juventude, os satélites de Lúcifer, traidores escondidos e por isso para os temer e deles ter cuidado”.



Os biógrafos de Francisco fazem ressaltar em primeiro lugar a extraordinária bondade de coração do menino, principalmente para com os pobres.

 Muitas vezes ficou ele sem a merenda, por tê-la dado aos pobres.

Entre seus irmãos era ele o anjo da paz, sempre pronto para desculpar e para defendê-los, quando acusados injustamente. Não suportava a injúria, fosse ela atirada a si ou a um dos seus. Com a maior facilidade se desfazia de objetos de certo valor, com que tinha sido homenageado.

 Assim presenteou a um de seus irmãos de uma bela corrente de prata, que tinha recebido de um parente. Estes belos traços no caráter de Francisco não afastam certas sombras que nele subsistiam também.

Os que o conheciam meigo, bondoso, compassivo, sabiam-no também ser nervoso, impaciente, irascível.



Por felicidade sua o senhor Sante, seu pai não era daqueles que desculpam os caprichos de seus filhos, pretextando serem crianças, sem pensar que mais tarde terão de pagar bem caro esta condescendência e fraqueza.

O verdadeiro amor cristão fê-lo combater sem tréguas todos os defeitos. Francisco era obediente e tinha grande respeito ao pai, o que aliás não impedia que diante de uma severa repreensão desse largas ao seu gênio impulsivo, com palavras e gestos demonstrando o seu descontentamento, sua raiva.

Mas tudo isto era fogo fátuo. Logo voltava às boas; sua boa índole não permitia, que estas revoltas interiores durassem muito tempo. Era encantador ver, momentos depois, o menino desfeito em pranto, procurar o pai e por seus modos ingênuos e infantis, assegurar-se do perdão e do amor do Sr. Sante.

 Este, fingindo não dar crédito a estas demonstrações, retrucava bruscamente: “Nada de carícias; quero ver fatos”.

 Então o menino se atirava ao colo do pai, beijava-o e sentia-se feliz, em ter voltado a paz, com o perdão paterno. Nesta escola de sábia pedagogia Francisco cedo aprendeu combater e vencer seus defeitos.



Por algum tempo Francisco ficou entregue aos cuidados de um mestre; depois freqüentou o colégio dos Irmãos das Escolas Cristãs, onde fez rápidos progressos, figurando sempre entre os melhores alunos. Na idade de sete anos fez a sua primeira confissão.



Um ano depois, em junho de 1846 recebeu o sacramento da confirmação.

Tudo isto prova que o menino já se achava bem instruído nas verdades da nossa fé, graças ao sólido ensino que lhe dispensavam os beneméritos Irmãos Sallistas.



Nesse mesmo tempo caiu também a data da sua primeira comunhão, para qual se preparou com todo o esmero.

Testemunha de vista desse grandioso ato diz: “O fervor com que o vi chegar-se da sagrada mesa, o espírito de fé, que se estampava no seu semblante, o vigor dos seus afetos foram tais, que se chegava a crer ser ele levado por um Serafim”.

Esses sentimentos de fé e de piedade, aquelas chamas de amor ao SS. Sacramento não mais se separaram do coração de Francisco nos anos de sua mocidade, nem no meio de uma vida dissipada de certo modo mundana.

Não menos certo é que a freqüente recepção da santa comunhão preservou-o de graves desvios no meio das tentações do mundo.



Terminados os estudos elementares, o pai pensou em procurar para Francisco uma educação mais elevada, de acordo com a sua posição social e confiou seu filho aos Padres Jesuítas que na cidade de Spoleto dirigiram um colégio.

 Neste educandário passou Francisco os anos todos de sua mocidade no mundo e chegou a cursar os quatro semestres de estudos filosóficos. Estudante inteligente e cumpridor exato de seu dever que era, deixou boa memória naquele colégio e formavam-se as mais belas esperanças a seu respeito.

 Ano não passava, que não tirasse um prêmio; no fim dos seus estudos foi distinguido com uma medalha de ouro.

Mestres e colegas igualmente o estimavam. Tudo nele encantava: os seus modos delicados e gentis, a modéstia no falar, o sorriso benévolo que lhe afloravam aos lábios, o garbo com que se sabia ver em circunstâncias mais solenes, os sentimentos nobres que dominam em todo o seu proceder.

Aos seus mestres devotava sempre a máxima estima e profunda gratidão.

Das práticas de piedade era rígido observador e com regularidade freqüentava os santos sacramentos. Não há dúvida, que, dada a ocasião, o seu gênio impetuoso e quente o levava a transportes de veemência e de cólera. Mais estes excessos eram sempre seguidos de lágrimas de arrependimento e de penitência .


 Desde a sua infância mostrou devoção particular a Nossa Senhora das Dores, uma imagem da qual se conservava em sua família; e cabia-lhe a ele adorná-la de flores e manter acesa uma lâmpada diante da estátua.

 Afirma um dos seus irmãos, Eurique Possenti, que viu Francisco, no último ano que passou em casa, usar de cilício de couro com pontinhas de ferro. Outro testemunho, da família Parenzi, declara: “Sua conduta religiosa e moral tem sido irrepreensível; dada a grande vigilância de meus pais, não teria sido admitido em nossa família, se não fosse realmente virtuoso”.



Para completar a imagem do jovem estudante e assim melhor poder compreender a mudança que nele mais tarde se efetuou, tenha aqui lugar a descrição da solene distribuição de prêmios, da última em que Francisco tomou parte no colégio dos Jesuítas em Spoleto, em setembro de 1856.


Os melhores alunos tinham sido escolhidos para abrilhantar a cerimônia com discursos e declamações poéticas. Entre eles Francisco ocupava o primeiro lugar. Ninguém se lhe igualava em elegância exterior, no garbo de representar, na graça de declamar, na graciosidade da gesticulação, no timbre encantador da voz. Podendo representar no palco, parecia estar no seu elemento e fazia-o com toda a naturalidade e perfeição.

Em sua aparência não deixava nada a desejar: tudo obedecia às exigências da última moda: o cabelo esmeradamente penteado, o traje elegante e ricamente adornado, as luvas brancas, gravata de seda, sapatos luzidios e artisticamente acabados, a tudo isso Francisco ligava máxima importância.


 Em certa ocasião recitou com tanto ardor e tamanho foi o entusiasmo que excitou no auditório, que o delegado apostólico Mons. Guadalupe, que presente se achava, ao pai de Francisco que ao seu lado se achava disse: “se vosso filho aqui presente estivesse, abraçava-o em vosso lugar”.



As raras qualidades morais, que o adornavam, a figura simpática e atraente na flor da mocidade, a extrema vivacidade que nele se observava, não deixaram de emprestar-lhe um leve sombreado de vaidade, que de algum modo chegou a dominá-lo.

Esta vaidade se lhe patenteava na exigência que fazia no modo de se trajar, sempre na última moda, de perfumar o cabelo e este sempre tratado com cuidado, de se aborrecer com uma nódoa por mais insignificante que fosse, no fato, no amor que tinha a divertimentos alegres e aos esportes mundanos.



O inimigo das almas tirou proveito dessas fraquezas. Se não conseguiu roubar-lhe a inocência, não foi porque não lhe poupasse contínuos assaltos, bem sucedidos.

A paixão pelo teatro, a verdadeira mania por bailes, o amor à leitura de romances eram tantos escolhos, tantos perigos, que é de admirar que o jovem Francisco não caísse presa das ciladas diabólicas. Tão pronunciada era sua paixão às danças, que lhe importou a alcunha de “bailarino”.

 Assim um dos seus mestres, Pe. Pinceli, Jesuíta, quando soube da inesperada fuga de Possenti do mundo para o convento, disse: “O bailarino fez isto? Quem esperava uma tal coisa! Deixar tudo e fazer-se religioso no noviciado dos Padres Passionistas!”



Francisco bem conhecia o perigo em que nadava, e não faltava quem o chamasse à atenção, o lembrasse da necessidade da oração, da vigilância, da mortificação, da devoção a Jesus e Maria, de não perder de vista a eternidade, etc.

Em uma carta que lhe escreveu o Pe. Fedeschini, S. J. há todos estes avisos; o conselho de fugir das más companhias, de dar desprezo à vaidade no vestir e falar, de largar o respeito humano, de fazer meditação diária e receber os sacramentos.



Com todas as leviandades e suas perigosas tendências para o mundo, Francisco não deixava de ser um bom e piedoso jovem, a quem homens sábios e virtuosos não pudessem escrever com confiança, benevolência e estima e cujas palavras não fossem aceitas com respeito e gratidão.



“Muitas vezes” – diz quem bem o conhecia – “Possenti sentiu o chamado de Deus, de deixar a vida no mundo e trocá-la com o estado religioso”. Seu diretor, Pe. Norberto, Passionista, declara: “A vocação, se bem que descuidada e sufocada, estava nele havia muito tempo e ele a sentiu desde os mais tenros anos. Muitas vezes o servo de Deus disse-me isto, lastimando a sua ingratidão e indiferença”.



O mesmo sacerdote relata: “A sua vocação se manifestou do seguinte modo: Não sei em que ano foi, sentiu-se ele acometido de um mal, que o fez pensar na morte. Teve então a inspiração de prometer a Deus entrar numa Ordem religiosa, caso recuperasse a saúde. A promessa foi aceita, pois melhorou prontamente e em pouco tempo se achou restabelecido. A promessa ficou como se não fosse feita. O jovem tornou a dar o seu afeto ao mundo e se entregou à dissipação como antes.


Não tardou que Deus lhe mandasse outra enfermidade, uma inflamação interna e externa da garganta, tão grave, que parecia a morte iminente já na primeira noite, tornando-se-lhe dificílima à respiração.

Novamente o enfermo recorreu a Deus e invocando Santo André Bobola, aplicou ao lugar dolorido uma estampa do mesmo Santo,e renovou a promessa de abraçar o estado religioso.

As melhoras se acentuaram quase instantaneamente e teve o enfermo uma noite tranqüila e não mais voltaram as angústias da dispnéia.

 Deste extraordinário favor o jovem se lembrou sempre com muita gratidão. Manteve também por algum tempo o propósito de fazer-se religioso, mas diferindo-lhe a execução, o amor ao mundo voltou e no mundo continuou a viver.



Das paixões de Francisco, uma das mais fortes foi a da caça. A esta paixão ele pagava tributos bem pesados e seu diretor espiritual não hesitou em atribuir a este esporte a cruel moléstia, que o ceifou na flor da idade. Certa vez, em pular uma cerca, chegou a cair e com tanta infelicidade, que quebrou-lhe um osso do nariz. O fuzil disparou e o projétil passou-lhe rentinho pela testa, pouco faltando que lhe rebentasse o crânio. Francisco reconhecendo logo a providência deste aviso, renovou a sua promessa. Ficou com as cicatrizes, mas deixou-se ficar no mundo.



A graça divina também não se deu por vencida. Rejeitada três vezes, tentou um quarto golpe, mais doloroso ainda. De todos de sua família Francisco dedicava terníssima amizade a sua irmã Maria Luzia, nove anos mais velha que ele, e esta amizade era correspondida com todo afeto.

 Em 1855 irrompeu em Spoleto a cólera e Maria Luiza foi a primeira vítima da terrível epidemia. Foi no dia Corpus Christi, e a notícia alcançou Francisco, quando, na procissão, levava a cruz.


 A morte da irmã feriu profundamente o coração do jovem e mergulhou sua alma em trevas nunca antes experimentadas. Perdeu o gosto de tudo e se entregou a uma tristeza inconsolável. Parecia, que com este golpe a graça divina tivesse removido o último obstáculo de a promessa se cumprir. Assim ainda não foi.


Todo acabrunhado, Francisco manifestou ao pai sua resolução de entrar para o convento chegando a dizer que para ele tudo se tinha acabado nesta vida. Possenti, receando perder seu filho a quem muito amava, não recebeu bem a comunicação e pediu-lhe nunca mais tocasse neste assunto.

Aconselhou-o a se distrair, a afastar os pensamentos tristes a procurar a sociedade, freqüentar o teatro; chegou a insinuar-lhe a idéia de procurar a amizade de uma donzela distinta, de família igualmente conceituada, na esperança de nos entendimentos inocentes ela conseguir de fazê-lo esquecer-se dos seus intentos religiosos.



Na igreja metropolitana de Spoleto gozava de uma veneração singular uma imagem de Nossa Senhora; a esta imagem chamava simplesmente “a Icone”. Na oitava do dia 15 de agosto esta imagem era levada em solene procissão por dentro da igreja e não havia quem não se ajoelhasse à sua passagem. Em 1856 Francisco Possenti achava-se no meio dos fiéis e todo tomado de amor por Maria Santíssima, os seus olhos se fixavam na venerada imagem como que esperando por uma bênção especial. Pois, quando a “Icone” vinha aproximando-se do jovem, parecia ela lhe atirar um olhar todo especial e lhe dizer: “Francisco, o mundo não é para ti; a vida no convento te espera”.


Esta palavra, qual uma seta de fogo cravou-lhe no coração; assim saiu da igreja desfeito em lágrimas. Estava resolvido a realizar desta vez o plano de alguns anos. Tratou, porém, de não dar por enquanto nenhuma demonstração do seu intento.



Embora certo de sua vocação, mas desconfiando da sua fraqueza, e para não ser vítima de uma ilusão procurou seu mestre no liceu e diretor espiritual Pe. Bompiani, Jesuíta e a ele se abriu inteiramente, fazendo do conselho do mesmo depender sua resolução definitiva. O exame foi feito com toda sinceridade e tendo tomado em consideração todos os fatores influentes no passado da vida do jovem, o Pe. Bompiani não duvidou de se tratar de uma vocação verdadeira e animou o jovem a seguí-la. Consultas que fez com mais dois sacerdotes de sua inteira confiança, tiveram o mesmo resultado.


Francisco se resolveu então a pedir sua admissão na Congregação dos Passionistas.




 Comunicar ao pai a resolução tomada, não foi fácil. Mas desta vez o Sr. Sante, homem consciencioso, vendo a aflição e a firmeza de seu filho, não mais se opôs; tomado, porém, de espanto quando soube que a Congregação por Francisco escolhida, a dos Passionistas, era de todas a mais austera.


Se bem que não se opusesse à vontade do filho, tratou de procrastinar a execução do seu plano e impor condições. Francisco, porém, ficou firme. Tomou ainda e pela última vez, parte na solenidade da distribuição dos prêmios, no colégio dos Jesuítas, fez como sempre um papel brilhante no palco, despediu-se dos seus professores, dos seus amigos e em companhia de seu irmão Luiz, da Ordem Dominicana, por ordem de seu pai, fez uma visita a seu tio Cesare, cônego da Basílica de Loreto e a um parente de seu pai, Frei João Batista da Civitanova, guardião de um convento dos capuchinhos, levando para ambos carta de Sante Possenti em que este pedia examinassem a vocação do jovem. Tanto o cônego como o capuchinho carregaram bastante as cores da vida austera na Congregação dos Passionistas, que absolutamente não lhe conviria, a ele, moço de dezoito anos, acostumado a seguir às suas vontades, sem restrição de comodidades. A visita à Santa Casa em Loreto Francisco aproveitou largamente para recomendar-se a N. Sra. Não mais arredou do caminho encetado.


 De Loreto foi para convento Morrovale, dos Passionistas onde já em 21 de setembro de 1856 recebeu o hábito com o nome de Gabriel dell’Adolorata.


Admitido no noviciado, escreveu ao pai e aos irmãos, comunicando-lhes o fato. Ao pai pede perdão, aos irmãos recomenda amor filial e boa conduta. A carta, embora de simplicidade encantadora, é um documento admirável de sentimento filial e católico. Aos companheiros seus de estudo dirigiu cartas também. Despede-se, pede perdão de maus exemplos que julgava ter dado; aconselha-os a fugir das más companhias, do teatro, das más leituras e das conversas inúteis.



Convencidíssimo da sua vocação religiosa, longe do mundo, da sociedade e da família, não mais teve outro ideal que subir as culminâncias da perfeição.



Inconfundível era sua personalidade no meio dos seus companheiros do noviciado. Sem perder as notas características do seu caráter, a jovialidade, a alegria de espírito, a amenidade de trato, era ele inexcedível não só na exatidão do cumprimento dos exercícios regulares, como também na prática das virtudes cristãs e monásticas.


E se perscrutarmos as causas profundas desta mudança radical na vida de Gabriel, duas conseguiremos encontrar, aliás suficientes e esclarecedoras: o ardente amor a Jesus Crucificado, à Santa Eucaristia, sua devoção singular a Mãe de Deus, em particular à Nossa Senhora das Dores e sua inalterada mortificação, por meio da qual deu morte aos seus desordenados apetites, um por um.


Tendo corrido o ano de provação, Gabriel foi admitido à profissão e mandado para várias casas da Congregação, com o fim de completar os seus estudos de teologia. Durante os anos de preparação para o sacerdócio, superiores e companheiros viram no santo jovem o modelo mais perfeito de todas as virtudes, e cumpridor exatíssimo dos seus deveres.



Quando chegou à idade de vinte e três anos, anunciaram-se os primeiros sintomas da moléstia, que no prazo de um ano havia de levá-lo ao túmulo: a tuberculose pulmonar.


O longo tempo da sua enfermagem Gabriel o aproveitou para ainda mais se aprofundar na sua devoção predileta à Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo e à Maria Santíssima, mãe das dores.


Em fevereiro de 1862 ainda pôde andar e receber a santa comunhão na igreja, junto com seus companheiros. Inesperadamente o mal se agravou; foi preciso avisá-lo para receber os últimos sacramentos. A notícia assustou-o por um momento só; mas imediatamente recuperou a habitual calma, que logo se transformou numa alegria antes nunca experimentada.

O modo de receber o santo viático comoveu e edificou a todos que assistiram. Não mais largava a imagem do crucificado, que cobria de beijos, e ao seu alcance tinha a estátua de N. Sra. das Dores, que freqüentemente apertava ao seu peito, proferindo afetuosas jaculatórias, como estas: “Minha mãe, faze depressa!” – “Jesus, Maria, José, expire eu em paz em vossa companhia!” – “Maria, mãe da graça, mãe da misericórdia, do inimigo nos protegei, e na hora da morte nos recebei”.





– Poucos momentos antes do desenlace, o agonizante, que parecia dormir, de repente, todo a sorrir, virou o rosto para esquerda, fixando olhar para um determinado ponto.

Como que tomado de uma grande comoção diante de uma visão impressionante, deu um profundo suspiro de afeto e nesta atitude, sempre sorridente, com as mãos apertando as imagens do crucifixo e da Mater dolorosa, passou desta vida para a outra.



Assim morreu o santo jovem na idade de vinte e quatro anos, na manhã de 27 de fevereiro de 1862.

Foi sepultado na igreja da Congregação, em Isola Del Gran Sasso. Trinta anos depois fêz-se o reconhecimento do seu corpo.

 Nesta ocasião com o simples contacto de suas relíquias verificou-se a cura prodigiosa de uma jovem que a tuberculose pulmonar tinha reduzido ao último estado. Reproduziram-se aos milhares os prodígios que foram constatados à invocação do Santo.


Em 1908 o Papa Pio X inscreveu o nome de Gabriel da Virgem Dolorosa no catálogo dos Beatos e em 1920 Bento XV decretou-lhe as solenes honras da canonização.



Pio XI estendeu a sua festa a toda a Igreja, em 1932.









 


Oração